quarta-feira, 30 de maio de 2007

A SPECIAL TRIBUTE TO PINK FLOYD

01 - Tommy Shaw, Ritchie Kotzen, Tony Levin, Mike Beard, Edgar Winter - Money 6.06
02 - Doug Pinnick, Gary Hoey, Mike Porcaro, Gregg Bissonette, Derek Sherinian - Welcome To The Machine 7.51
03 - Billy Sherwood, Chris Squire, Alan White - Comfortably Numb 6.54
04 - Steve Lukather, Marco Mendoza, Vinnie Colaiuta - Shine On You Crazy Daimond 6.50
05 - Jeff Scott Soto, Bob Kulik, Jimmy Haslip, Scotty Page, Pat Torpey - Us And Them 6.18
06 - Glenn Hughes, Elliot Easton, Tony Franklin, Aynsley Dunbar - Young Lust 4.20
07 - Jason Sheff, Dweezil Zappa, Tony Franklin, Aynsley Dunbar - Run Like Hell 5.09
08 - Robben Ford, Tony Franklin, Aynsley Dunbar, Steve Porcaro - Any Color You Like 4.13
09 - Fee Waybill, Ronnie Montrose, Mike Porcaro, Gregg Bissonette - Another Brick In The Wall 4.02
10 - Bobby Kimball, Bob & Bruce Kulick, Mike Porcaro, Gregg Bissonette - Have A Cigar 5.18
11 - Rick McAuley, Jeff 'Skunk' Baxter, Phil Soussan, Eric Singer - Breathe (In The Air) 4.51


O património dos Pink Floyd é sempre complicado de mexer e o respeito é muito bonito. Apesar de um tributo ser uma homenagem nem sempre é bem visto, pois há sempre sérios riscos do trabalho ser deturpado em mãos alheias. Para mais, de tributos já estamos todos fartos mas no entanto há sempre um ou outro que tem o seu quê de interesse, ou que nos suscita uma maior curiosidade e é este o caso.
Curiosidade estava em ouvir o que esta malta teria feito aquelas músicas que tão bem conhecemos. Interessantes são os nomes que se dedicaram a este trabalho, temos grandes músicos como membros dos Toto (Steve Lukather, Mike Porcaro, Bobby Kimball, Steve Porcaro), dos Yellow Jackets (Robben Ford, Jimmy Haslip), dos Yes (Chris Squire, Allan White), e nomes como o de Tony Levin, Vinnie Collaiuta, Jeff "Skunk" Baxter, Dweezil Zappa, que ajudam a levar este tributo mais a sério. A maior curiosidade estava em saber se cada um destes nomes iria empregar o seu estilo à versão escolhida, e tal acaba por não acontecer na generalidade dos casos, os temas são interpretados sem fugir à estrutura original.
Há um uso excessivo de solos de guitarra, David Gilmour era simples, directo e eficaz, em detrimento dos sintetizadores que foram pouco explorados. Esta situação tambem pode revelar um maior fascinio por D.Gilmour, da parte dos músicos. Um tema como "Welcome to the Machine" merecia uma melhor exploração por parte dos teclados, por exemplo.
A escolha dos temas é sempre subjectiva e se bem que agradeço ninguem ter escolhido "Wish you were here", sinto a falta de "Time". Desconfiei de "Confortably Numb" mas acaba por ser o momento preferido do album. Dando o beneficio da dúvida "Wish you were here" até podia ter tido aqui uma nova vida. Não quero com isto dizer que não goste do tema mas, de tão batido que está, uma nova roupagem podia trazer uma nova vontade de o voltar a ouvir.
Dos músicos destaco Tony Franklin, no baixo, que não se limitou a seguir as linhas de Roger Waters, e a participação de Jimmy Haslip. Billy Sherwood conseguiu dar uma grande aura a "Comfortably Numb".
É bom, mas fica a ideia que podia ter sido melhor. Melhor só ouvindo mesmo os originais.

domingo, 27 de maio de 2007

Mr.Bungle - MR.BUNGLE

1 Quote Unquote 6:56 2 Slowly Growing Deaf 6:59 3 Squeeze Me Macaroni 5:38 4 Carousel 5:13 5 Egg 10:38 6 Stubb (A Dub) 7:19 7 My Ass Is on Fire 7:47 8 The Girls of Porn 6:42 9 Love Is a Fist 6:01 10 Dead Goon 10:02
 
Projecto de Mike Patton, anterior aos Faith No More, Mr.Bungle é uma progressão de ideias e estilos em grande nível, com muita inventividade, destreza e ousadia. Não é um álbum que se possa aconselhar a qualquer um, isto é mesmo para estômagos fortes. Nunca se sabe o que vêm a seguir, é uma autêntica caixinha de surpresas. Tem muitas semelhanças com o projecto nova-iorquino de John Zorn "NAKED CITY", com a diferença que aqui o formato é mais de "canção" e em Naked City é puramente instrumental, as vozes são usadas como um instrumento também e a voz de Patton foi uma das usadas por Zorn. Zorn é inclusive o produtor deste ousado álbum de 1991. O primeiro álbum de Naked City era de 1990. Este é o primeiro álbum dos Mr.Bungle para uma major, a Warner Bros. neste caso. Mr.Bungle não tem um estilo que se possa definir, pois são tantos os géneros que eles percorrem. O metal será um dos que mais presença assegura e também temos muito funk assim como grandes doses de experimentalismo, mas também podemos ter jazz como reggae e tudo no mesmo tema. A voz de Patton acompanha na perfeição estes caminhos podendo ser muito poderosa em registos loucos, como ser muito ternurenta em registos mais calmos. Não é fácil destacar algumas faixas em particular pois não é fácil defini-las, mas ainda assim arrisco a dar atenção a "Slowly Growing Deaf"que é ternurenta em alguns momentos para depois explodir. "Carousel" tem ambiente de festa mas, como já disse, não se sabe o que vai acontecer a qualquer momento. "The Girls of Porn" é a faixa mais fácil de ouvir, começa com um riff potente, mas logo passa a funk. Bom ritmo com linha de baixo contagiante. "Egg" é uma grande experiência. Grande experiência é também ouvir este álbum.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Avenidas - RUI VELOSO

1 O Meu Guru 4:01
2 Todo o Tempo do Mundo 4:17
3 Jura 3:29
4 Inimiga de Classe 3:58
5 Ninguem Escreve à Alice 4:59
6 As Regras da Sensatez 3:39
7 Golden Days 4:10
8 Limpa-Corações 3:41
9 Presépio de Lata 4:15
10 Avenidas 3:57
11 Moby Dick 2:29
12 Corações Periféricos 4:06

Eis o primeiro álbum português a ser aqui comentado. Rui Veloso já não tem de provar nada há muito tempo e é isso mesmo que aqui se passa, um álbum ao nivel que ele já nos habituou quer se goste ou não. Integralmente gravado em Londres em 1998, tem produção de Luis Jardim que tambem assegura as partes do baixo, e é totalmente acompanhado por músicos ingleses.
Canções como "O Meu Guru", o single "Todo o Tempo do Mundo" com Paul Carrack em Hammond, "Limpa-Corações" ou "Presépio de Lata" são daquela estirpe que toda a gente vai cantar por muito tempo. Os momentos de "As Regras da Sensatez", "Jura" entretanto convertido em tema/titulo de tele-novela, ou "Avenidas" são para quem os souber apreciar, cada um à sua maneira. "Golden Days" é o espaço em que Rui Veloso decerto gostaria de se poder movimentar mais vezes, não fosse o nosso mercado discográfico tão limitado. É o seu momento particularmente "blues", com um cheirinho a "Steely Dan". "Ninguém escreve à Alice" tem um bom ambiente que podia ser mais bem conseguido caso fosse inserido num outro contexto, ou noutro panorama geográfico, se é que me faço entender.
Não vou acabar sem voltar a referir o belo tema "Jura" que tem arranjo de cordas de Jacques Morelembaum, e "Avenidas" do qual gostei mesmo a sério.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Music From Big Pink (w/ bonus tracks) - THE BAND


1 Tears of Rage 5:23
2 To Kingdom Come 3:22
3 In a Station 3:34
4 Caledonia Mission 2:59
5 The Weight 4:38
6 We Can Talk 3:06
7 Long Black Veil 3:06
8 Chest Fever 5:18
9 Lonesome Suzie 4:04
10 This Wheel's on Fire 3:14
11 I Shall Be Released 3:19
12 Yazoo Street Scandal [*/outtake] 4:01
13 Tears of Rage [alternate take/*] 5:32
14 Katie's Been Gone [*/outtake] 2:46
15 If I Lose [*/outtake] 2:29
16 Long Distance Operator [*/outtake] 3:58
17 Lonesome Suzie [alternate take/*] 3:00
18 Orange Juice Blues (Blues for Breakfast) [*/demo version/outtake] 3:40
19 Key to the Highway [*/outtake] 2:28
20 Ferdinand the Imposter [*/demo version/outtake] 3:59


Dá mesmo gosto ouvir este disco. Já lá vão quase 40 anos desde a sua edição original, em 1968, mas é daqueles discos que se vai ouvir sempre bem. A banda foi sempre muito respeitada por toda a comunidade musical, o final da banda em "The Last Waltz" testemunha bem isso e houve sempre uma espécie de aúrea mítica a envolvê-los, a sua ligação com Bob Dylan pode ter ajudado a tal, mas a banda era mais uma instituição. Apesar deste ser o seu primeiro album, a formação já tinha uma longa rodagem em estrada como banda de apoio de Roger Hawkins e tambem de Bob Dylan, em alguns espectáculos.
Big Pink, titulo do album, era a casa onde se sediaram e a partir daí trabalharam as suas músicas a fundo. Viveram e trabalharam como uma familia, uma comunidade. A mudança para esta casa/estudio deu-se a seguir ao acidente de mota de Dylan, e a banda assim estava mais perto dele para o poder apoiar. Dylan assina, neste album, o hoje famoso "I Shall be Released" e co-assina "Tears of Rage" com Richard Manuel e "This Wheel's on Fire" com Rick Danko. Nos bonus tracks tem ainda a faixa "Long Distance Operator".
As composições são divididas entre Richard Manuel e Robbie Robertson. Foram eles as veias criadoras deste album, não querendo dar algum descrédito à restante formação que é o complemento destes dois músicos sendo todos eles fundamentais para o trabalho final. Todos eles se dividem por diversos instrumentos, e todos contribuem vocalmente.
Este album contêm um dos temas mais importantes da carreira do grupo, "The Weight". Tambem grande momento para "Chest Fever".
Esta edição que aqui divulgo apresenta 9 faixas como bonus, retirados dos outtakes, tornando a audição desta obra ainda mais completa. É de ouvir com calma e saborear todos os pequenos minutos deste grande album.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Independent Worm Saloon - THE BUTTHOLE SURFERS


1 Who Was in My Room Last Night? 4:09
2 The Wooden Song 3:50
3 Tongue 2:06
4 Chewin' George Lucas' Chocolate :43
5 Goofy's Concern 3:03
6 Alcohol 3:19
7 Dog Inside Your Body 3:06
8 Strawberry 4:08
9 Some Dispute over T-Shirt Sales 2:06
10 Dancing Fool 2:59
11 You Don't Know Me 2:41
12 The Annoying Song 2:40
13 Dust Devil 6:39
14 Leave Me Alone 2:25
15 E.D.G.A.R. 3:34
16 The Ballad of Naked Man 6:05
17 Clean It Up 8:39

Esta rapaziada adoptou um daqueles nomes que não ajuda ninguem a ter uma carreira musical, ou seja do que for. Uma designação como esta repele tudo, nomeadamente a nivel dos meios de comunicação. São acima de tudo uma banda com vontade de fazer Rock'nRoll e é um Rock'nRoll muito interessante que nos é apresentado. As suas temáticas não são nada convencionais e é mesmo disso que eles gostam.
Num ano, 1993, em que o Grunge ofuscava tudo estes surfistas do olho do .... punham cá fora um album Rock-Punk, Rock-Sónico, Rock-Noise. Rock'nRoll acima de tudo e é disso que aqui se trata. Riffs poderosos, faixas curtas, o poder da guitarra, irrequieta, a gritar e assumir-se. Em certas ocasiões recordam-nos Dead Kennedys (Some Dispute Over T-Shirt Sales), noutras os Ministry (Dog Inside Your Body ou Dust Devil), os Sonic Youth tambem nos vêm à memoria, no final "noise" de Clean it up. Clean it up é a ultima faixa deste album e o seu ruido interior prenuncia o despejo gutural de tudo o que foi acumulando ao longo do processo para no fim ser limpo e poder recomeçar de novo.
Tive a curiosa sensaçao em "Tongue" de estar a ouvir uns R.E.M. em versão Heavy, e de ter ouvido Joe Jackson em inicios de carreira em "You Don't Know Me". Momentos Folk para "The Ballad Of Naked Man" e "Wooden Song".
Posso salientar, para todos os efeitos os temas "Who Was in my Room..", o potencial hit, "Wooden Song", "Goofy's Concern", "Annoying Song", mas seria injusto não os referir todos pois gostei mesmo muito do album no geral. Não posso acabar sem referir, novamente, "The Annoying Song" que se destaca das demais por ser cantada sob efeito muito original, fora do comum, comandado por uma marcação de bombo contagiante capaz de agarrar qualquer audiência.
Independent Worm Saloon é um album a ter como referência, e têm por trás de tudo John Paul Jones. Sim é esse, o dos Led Zeppelin. Tenho dito.

domingo, 6 de maio de 2007

Time is of the Essence - MICHAEL BRECKER

1 Arc of the Pendulum 8:59
2 Sound Off 6:04
3 Half Past Late 7:54
4 Timeline 6:05
5 The Morning of This Night 7:42
6 Renaissance Man 8:36
7 Dr. Slate 7:40
8 As I Am 6:49
9 Outrance 10:08

Michael Brecker deixou-nos em Janeiro deste ano. Um cancro na medula levou-o. O seu inconfundível som fica registado em inumeros albuns de todas as areas, mas muito mais estaria para vir, certamente. Michael Brecker era detentor de um som muito próprio e, porventura, um dos músicos mais influentes dos ultimos tempos. Brecker Brothers com o irmão Randy no trompete, e Steps Ahead liderados pelo vibrafonista Mike Manieri, foram as formações mais conhecidas por onde passou.Era tambem dono de uma fabulosa carreira a solo.
Este album de 1999 tem a particularidade da formação, em quarteto, não incluir baixista e de ter 3 bateristas, repartidos pelas 9 faixas. Elvin Jones, Jeff "Tain" Watts e Bill Stewart preenchem na perfeição os requisitos da bateria. Larry Goldings no orgão, assegura tambem as partes do baixo, e Pat Metheny contribui com os seus dotes na guitarra.
Outrance é o grande momento do album.Neste tema Michael Brecker está imparável agarrando o tema desde o inicio até practicamente ao fim do mesmo, muito bem apoiado por Elvin Jones que finaliza com um pequeno e inspirado solo. Belo momento tambem para a balada The morning of this Night com Pat Metheny a dar ainda mais cor a esta bela composição. Apesar de referir estes 2 temas em particular, o album é todo ele resultado de uma excelente sessão em que a banda funciona bem como um todo. Os músicos estão ao seu melhor nivel, como seria de esperar com uma formação, apesar de invulgar, deste calibre. Larry Goldings, que assina a faixa Sound Off, preenche todo o album envolvendo-o com o seu som quente, cauteloso, sem grandes devaneios, mas sempre muito presente. Pat Metheny assina 2 temas, Timeline e As I Am, e sempre que intervêm está ao seu melhor nivel. Falta referir os outros 2 bateristas aqui presentes, Jeff "Tain" Watts poderoso nos seus momentos, e Bill Stewart que nos presenteia com a sua sensibilidade, que é sempre um deleite de ouvir. Excelente a sua marcação em Renaissance Man.
Sem grandes excessos e com tudo no sitio é o registo, digital, de mais um grande momento que Michael Brecker nos deu o prazer de saborear. Que descanse em paz.

Munia: The Tale - RICHARD BONA

1 Bonatology (Incantation) 1:42
2 Kalabancoro 4:06
3 Sona Mama 4:32
4 Painting a Wish 5:51
5 Engingilaye 4:45
6 Dina Lam (Incantation) 5:29
7 Balemba Na Bwemba 5:03
8 Muto Bye Bye 6:03
9 Bona Petit 4:50
10 Couscous 3:29
11 Playground 6:31

Richard Bona, natural dos Camarões, é já um nome muito conhecido, e referenciado, do meio actual do jazz a nivel mundial. Não querendo isto dizer que só ao jazz se dedique, antes pelo contrário, e este album é prova disso mesmo. Participou em albuns e digressões de Joe Zawinul e do Pat Metheny Group, para além de trabalhos com outros tantos musicos de renome como Paul Simon, Michael Brecker, Bobby McFerrin, nomeando, de relance, apenas alguns. É um músico muito completo, mais conhecido pelos seus dotes de baixista, mas tambem senhor de uma bela voz. Tambem toca guitarra, percussões e teclas.
Neste Cd de 2003 Bona explora várias áreas desde o Jazz, e a música brasileira, até ao formato mais vulgar da cançao pop, sem esquecer a sua origem, Africana, presente em todos os temas. A faixa puramente jazzistica que é Painting a Wish, tem a acompanhá-lo, Vinnie Collaiuta na bateria e Kenny Garret (Miles Davis) em sax-soprano. Excelente a bossa-nova Bona Petit com grande intervenção do guitarrista Romero Lubambo. Na faixa Playground, ultima do album, temos Bona num registo eléctrico muito próximo da sonoridade de Stanley Clarke. Os cânticos de Bona são também fabulosos, bem como as canções mais afro/pop, se assim as posso designar, como Kalabancoro (com Salif keita), Engingilaye, e Balemba Na Bwemba.
Em suma temos um cd maravilhoso, muito variado, e nada monótono. Tem inúmeros pormenores e as referências, a outras influências, sao muitas.É um album para se descobrir para quem, tal como eu nao conhecia o trabalho solo deste excelente músico. É certo que ninguem vai ficar desiludido e irá passar a palavra. Onde é que eu já ouvi isto?

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Stop Making Sense (Special Edition) - THE TALKING HEADS

1 Psycho Killer 4:24
2 Heaven 3:41
3 Thank You for Sending Me an Angel 2:09
4 Found a Job 3:15
5 Slippery People 4:00
6 Burning Down the House 4:06
7 Life During Wartime 5:51
8 Making Flippy Floppy 4:40
9 Swamp 4:30
10 What a Day That Was 6:00
11 This Must Be the Place (Naive Melody) 4:57
12 Once in a Lifetime 5:25
13 Genius of Love [Tom Tom Club] 4:30
14 Girlfriend Is Better 5:06
15 Take Me to the River 5:32
16 Crosseyed and Painless 6:11

Eis o cd que me tem acompanhado nestes últimos dias. Versão revista e aumentada da edição de 1984. Nesta re-edição já se encontra todo o alinhamento do filme/documentário realizado por Jonathan Demme (Silêncio dos Inocentes), ao longo de 3 noites em Dezembro de 1983. Captado no Hollywood's Pantages Theater testemunha o final da digressão Speak in Tongues, naquela que foi a última "grande" digressão dos Talking Heads.
David Byrne inicia o concerto sozinho, acompanhado apenas de uma guitarra acustica e de um leitor de cassetes, e arranca com Psycho Killer. Ao longo dos primeiros 4 temas a banda vai-se reunindo a pouco e pouco até chegar a Slippery People, uma das preferidas aqui do autor, em que já temos a banda num todo, acompanhada das vozes de Edna Holt e Lynn Mabry (Brides of Funkenstein), do teclista Bernie Worell (Parliament-Funkadelic), do percussionista Steve Scales, e do guitarrista Alex Weir (Brothers Johnson). Burning Down the House é arrebatador, envolvente e grandioso, muito grande mesmo. Este titulo, surge de um concerto dos Funkadelic, em que Chris Frantz (baterista dos Talking Heads) estava presente, e no qual a audiência esteve constantemente a entoar "burn down the house!". No gig seguinte, no qual foi criado o tema, Chris esteve o tempo todo a gritar esta mesma expressão. Presumo que deve ter sido essa a sensação de quem esteve presente nestes concertos. O concerto é muito ritmado, ninguém pára.
Temos um tema, What a Day That Was, do album solo de David Byrne "Catherine Wheel" e logo a seguir vem This Must be the place com a sua encantadora melodia. Once In a Lifetime dispensa apresentações.
Pausa para "Tom Tom Club", projecto paralelo de Chris Frantz e Tina Weymouth, com o tema Genius of Love e arranque para o final com Girlfriend Is Better. Temos ainda Take me To The River de Al Green e o fim electrizante de Crosseyed and Painless.
Ideal é ouvir o cd e ver o filme, combinação perfeita. No filme apercebemo-nos que David Byrne é, de facto, um frontman imparável, muito energético e criativo. A sua dança com o candeeiro em This must be the place é divertidissima, sem referir outras tantas situaçoes.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Ola, eu sou o cesar

Foi assim a minha primeira apresentação na rádio, em 1987. Os velhos tempos das rádios piratas, neste caso em particular, da RFM - Rádio Frequência Musical, de Alcobaça. O Gil faz uma breve apresentação do que irá ser o programa, pequena conversa com o Tó Mané, o meu parceiro de rádio e já batido na coisa, e eis que de repente me surge um microfone escancarado na cara e eles os dois, com os olhares fixos em mim, à espera que eu diga qualquer coisa. Em pânico, e sem qualquer especie de raciocinio, sai um timido "Olá, eu sou o César". Por ali ficou a coisa na altura, acompanhada de gargalhada geral.
Acho assim interessante voltar a apresentar-me da mesma forma, desta vez a solo, nesta "nova" e bastante interessante forma de comunicação. O tema forte vai, tambem, ser a musica em geral.
Devido a um critério que uso para audição dos meus registos musicais, por ordem de compra, e com reduzidas horas para este hobby já de longa data, vejo-me limitado a practicamente ouvir um album por semana. Será esse album semanal que irei, tentar, expôr daqui para a frente.
Como nem só de música se vive aqui em casa, tambem irei expôr pequenos textos que sempre gostei de escrever e falar um pouco de cinema, que tambem é um velho hobby.
Um abraço a todos(as) bloggers, e espero que um incentivo para outros tantos.
Vamos a isto.