quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019
The Best Of (volume one) - UB40
Side A
1 Food For Thought 4:07
2 King 4:31
3 My Way Of Thinking 3:20
4 1 In 10 4:28
5 Red Red Wine (N.Diamond) 3:00
6 Please Don't Make Me Cry (W.Tucker) 3:21
7 Many Rivers To Cross (J.Cliff) 4:30
Side B
1 Cherry Oh Baby (E.Donaldson) 3:16
2 If It Happens Again 3:39
3 I Got You Babe (S.Bono) 3:05
4 Don't Break My Heart 3:46
5 Sing Our Own Song 4:03
6 Rat In Mi Kitchen 3:02
7 Maybe Tomorrow (The Corporation) 3:21
Uma década de trabalho sintetizada em quatorze singles que preenchem a edição inglesa em vinil e celebram dez anos de existência de uma banda corajosa que iniciou a sua atividade musical como alternativa ao infortúnio do desemprego que assolou a Inglaterra em finais da década de 70. Inspirando-se na sigla UB40, que identificava os documentos que davam acesso ao subsídio de desemprego, estes jovens rapazes de "variadas cores e credos" decidiram partir à aventura e juntaram-se em 1977 para fazer música e assim tentarem obter algo mais da vida, por outra via que não o deteriorado mercado laboral. Escolheram o reggae como género musical, com laivos de rock/pop, e a ascensão da banda até ao sucesso nem demorou muito. O primeiro single dos UB40 data de 1980, corresponde às duas primeiras músicas desta edição, e ao longo do registo, em sequência cronológica, os singles vão desfilando até à inclusão da inédita versão de "Maybe Tomorrow", a única música desta edição que não corresponde a nenhum dos álbuns originais da banda britânica. Para além do já referido single inicial; "1 In 10", "Red Red Wine", "Many Rivers To Cross", "I Got You Babe" (que conta com a participação vocal de Chrissie Hynde dos Pretenders), "Don't Break My Heart" ou "Sing Your Own Song" estão entre os grandes momentos da carreira dos UB40. Uma retrospetiva muito interessante e bem equilibrada que permite perceber a evolução da banda dentro do género e da época.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019
Virgin Hits - VÁRIOS
Side A
1 Airport - Motors 4:22
2 Generals And Majors - XTC 3:37
3 Chercher Le Garçon - Taxi Girl 3:27
4 Tenement Steps - Motors 4:35
5 Silly Thing - Sex Pistols 2:47
6 Enola Gay - Orchestral Manoeuvres In The Dark 3:29
Side B
1 (I Can't Get No) Satisfaction (M.Jagger/K.Richards) - Devo 2:38
2 Forget About You - Motors 2:48
3 Electricity - Orchestral Manoeuvres In The Dark 3:27
4 Play To Win - Heaven 17 3:30
5 Bein' Boiled - Human League 4:14
6 Echo Beach - Martha And The Muffins 3:32
Em 1982, o ano desta edição, Portugal tentava ainda acompanhar, a vários níveis, o que se passava no exterior das suas fronteiras, pelo que o tempo perdido ia sendo lentamente absorvido enquanto se procurava modernizar o estado da nação e aqui as editoras discográficas esforçavam-se em introduzir "novidades" para atualizar o mercado discográfico nacional. É provavelmente neste contexto que a Edisom, representante na altura da editora inglesa Virgin, cria este registo que acaba por servir como amostra de catálogo uma vez que o alinhamento da edição não assenta num apanhado dos singles mais vendidos desse ano. Todas as músicas presentes nesta edição foram editadas originalmente como singles entre 1978 e 1980, exceção para "Play To Win" dos Heaven 17, editado em 1981 e o mais próximo da atualização desta edição. A mostra inclui uma boa variedade de estilos começando pelo chamariz comercial dos Motors, através de uma pop limpinha à la Supertramp, passando pelo manifesto punk dos Sex Pistols, que apesar de já estarem extintos à data eram ainda o principal nome do catálogo da editora inglesa, a pop eletrónica dos Orchestral Manoeuvres In The Dark, que já se impunham livremente graças ao single "Enola Gay", a de-construção de um êxito do anos 60 como "Satisfaction" nas mãos dos "estranhos" Devo ou a new wave dos XTC. A nova estética pop dos Heaven 17, o arrojado futurismo dos Human League e a inclusão do post-punk dos franceses Taxi Girl são outros pontos bastante fortes desta edição. Casualidade ou estratégia, as músicas que abrem e fecham cada um dos lados do registo são na realidade as mais emblemáticas, respetivamente "Airport" e "Enola Gay" no lado A e "(I Can't Get No) Satisfaction" e "Echo Beach" no lado B.
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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019
Mothers Milk - RED HOT CHILI PEPPERS
1 Good Time Boys 5:00
2 Higher Ground (S.Wonder) 3:20
3 Subway To Venus 4:24
4 Magic Johnson 2:55
5 Nobody Weird Like Me 3:47
6 Knock Me Down 3:40
7 Taste The Pain 4:24
8 Stone Cold Bush 3:04
9 Fire (J.Hendrix) 2:01
10 Pretty Little Ditty 1:34
11 Punk Rock Classic 1:45
12 Sexy Mexican Maid 3:19
13 Johnny, Kick A Hole In The Sky 5:08
É possível criar aqui uma analogia e referir que Mothers Milk é a laranja mecânica dos RCHP. Um registo excitante, travesso e provocador, simultaneamente devoto a Jimi Hendrix e ao basquetebolista Magic Johnson, com tempo ainda para uma pequena achega aos Guns'n Roses, encoberto pela sensualidade e ternura de uma capa que não permite antever um registo tão endiabrado e consistente como este acaba por se revelar. Editado em 1989, um ano depois da morte do guitarrista Hillel Slovak e do consequente abandono do baterista Jack Irons, Mothers Milk é o quarto trabalho de estúdio dos RHCP e o primeiro com John Frusciante na guitarra e Chad Smith na bateria, com ambos a passar no teste com elevada distinção. A prestação de John Frusciante é fenomenal, um claro seguidor das pisadas de Hendrix que logo na sua primeira prestação se mostra fundamental para o som da banda californiana. Uma potente fusão de Rock/Funk/Hip-Hop/Metal preenche todo o registo que inclui a soberba versão de "Higher Ground" de Stevie Wonder e uma versão justa de "Fire" de Jimi Hendrix recuperada de uma prestação ainda com os quatro membros originais. Um registo firme e seguro que define de vez o som dos RHCP.
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