quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Beyond Good And Evil - THE CULT


1 War (The Process)   4:12
2 The Saint   3:34
3 Rise   3:38
4 Take The Power   3:54
5 Breathe   4:59
6 Nico   4:49
7 American Gothic   3:56
8 Ashes And Ghosts   5:00
9 Shape The Sky   3:29
10 Speed Of Light   4:22
11 True Believers   5:07
12 My Bridges Burn   3:51        

Com "Beyond Good And Evil", editado em 2001, os Cult de Ian Astbury, Bill Duffy e Matt Sorum voltavam a mostrar-se ativos e, após um intervalo de sete anos, demonstravam estar em boa forma. O trabalho de produção foi entregue a Bob Rock e desta parceria nasceu um registo realmente pesado e intenso em que os Cult se assumem mais rockers do que nunca. No entanto, por entre potentes riffs de guitarra e um poderoso trabalho de bateria, o registo torna-se asfixiante e pouco dinâmico. Tamanha capacidade de força e de energia acaba por roubar algum fôlego ao álbum levando a que se sinta alguma falta de espaço entre as músicas, apenas os temas "Nico" e "True Believers" conseguem atenuar um pouco do efeito da descarga elétrica que por aqui se soltou. Para além da filosófica dicotomia Nietzchiana, Beyond Good And Evil é um potente registo de Heavy Rock que ajudou os Cult a reerguerem-se das cinzas e afugentou velhos fantasmas. 

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Dog Man Star - SUEDE


1 Introducing The Band   2:38
2 We Are The Pigs   4:18
3 Heroine   3:18
4 The Wild Ones   4:49
5 Daddy's Speeding   5:20
6 The Power   4:30
7 New Generation   4:36
8 This Hollywood Life   3:47
9 The 2 Of Us   5:44
10 Black Or Blue   3:45
11 The Asphalt World   9:24
12 Still Life   5:22          

Apesar de ser um registo ensombrado pela conflituosa relação entre o vocalista Brett Anderson e o guitarrista Bernard Butler, Dog Man Star confirma os Suede como sendo belos, poderosos, sensuais e fatais. Editado em 1994, o registo está complementado por uma escrita intensa, apoiada em músicas harmoniosas, onde se ocultam sujos riffs de guitarra. Algumas canções encontram-se envolvidas por pomposos arranjos de orquestra mas a estética provocante destes britânicos que em 1994 tinham o mundo da Pop rendido a seus pés não consegue, ou pretende, esconder uma certa agressividade. Tendo o portentoso single "We Are The Pigs" como uma poderosa imagem do registo, Dog Man Star é um álbum notável por conter ainda a ansiosa "Heroine", a sonhadora "The Wild Ones, a sinistra "Daddy's Speeding", a glamourosa "The Power", o incontornável universo Bowie em "New Generation", o desesperante "This Hollywood Life", a ponderação de "The 2 Of Us", a enormidade de "The Asphalt World" e a expressividade de "Still Life".        

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

A Luta Continua! - ENA PÁ 2000


1 Dr. Bayard   3:07
2 Tamagoxi   4:25
3 O Teu Pipi   4:14
4 Bóbó Bem Bom   3:07
5 Eu Já Mi Vim   3:27
6 No Meu Ford Capri   2:35
7 A Luta Continua   2:44
8 Paedophilia Com A Minha Tia   2:59
9 Barbarella   5:13
10 Uma Casa À Beira Mar   2:19
11 Mulher Do Norte   2:33
12 Pudim   0:38
13 Doce Susana   3:13
14 Xcabeça Grand-Macaronésia   5:46
15 Porque Já Cabia   4:12
16 Talibã Da Mamã   2:12
17 Tourada   2:57
18 Menina Bonita   2:02
19 Rosário   3:31
20 Vila Franca De Xira   1:12
     Faixa Extra   3:45   

Foi em 1991, ano em que editaram o primeiro registo oficial, que o coletivo Ena Pá 2000 começou a acompanhar o depravado estado da nação lusitana. Considerem-se a partir daí como sendo a banda de rock, ou de pop, ou de swing, ou da canção ligeira, ou de cabaret, ou de salão, latina ou africana ou do quer que seja, como sendo do politicamente mais correto que há por terras portuguesas. Em 2004 a luta continua através desta edição em Cd, abençoada pela D.Urraca. Sem qualquer pudor, os Ena Pá 2000 continuam a chamar as coisas pelo seu nome e teimam em nos presentear com a sua ofensiva boa disposição. Somos devorados pelo sugestivo e contagiante humor malicioso que tem mais de bom gosto do que de perversidade. Munidos de boa música, com inúmeras referências musicais, e muito kitsch, os Ena Pá 2000 pensaram então que não foi isto que eles pensaram na altura em que pensaram. De facto, a luta continua. 
E ainda conseguiram convencer o Phil Mendrix a participar no disco.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Urban Hymns - THE VERVE


1 Bitter Sweet Symphony (M.Jagger / K.Richards)   5:57
2 Sonnet   4:21
3 The Rolling People   7:01
4 The Drugs Don't Work   5:03
5 Catching The Butterfly   6:26
6 Neon Wilderness   2:36
7 Space And Time   5:35
8 Weeping Willow   4:49
9 Lucky Man   4:53
10 One Day   5:02
11 This Time   3:49
12 Velvet Morning   4:57
13 Come On   6:37   

Urban Hymns é um registo notável da Brit Pop dos anos 90. Editado originalmente em 1997, o terceiro álbum de originais dos Verve está impregnado pela aura mística que envolve trabalhos memoráveis. O registo é formado por um naipe de canções capazes de perdurar no tempo pela sua carga emotiva e pela forte reminiscência retirada de influências evidentes, tanto das mais antigas como algumas bem mais recentes. O single "Bitter Sweet Symphony" surge à cabeça como o momento mais marcante do álbum através da utilização do sampler da orquestração da Andrew Oldham Orchestra sobre o tema original dos Rolling Stones "The Last Time". Imponentes e inesquecíveis são as prestações de temas como "Sonnet", The Rolling People", "Space And Time", "Weeping Willow", "Lucky Man" e "Come On". "Urban Hymns" apenas peca pelo tamanho pelo que não se pode afirmar que seja um dos álbuns mais práticos da BritPop mas é claramente um dos seus registos mais completo, cuidado e inteligente.