quinta-feira, 30 de maio de 2013

First Time! The Count Meets The Duke - COUNT BASIE/DUKE ELLIGTON

Side A
1 Battle Royal (D.Ellington) 5:32
2 To You (T.Jones) 3:55
3 Take The “A” Train (B.Strayhorn) 3:47
4 Until I Met You (F.Green/D.Wolf) 4:57
Side B
1 Wild Man (D.Ellington) 5:42
2 Segue In C (F.Wess) 8:26
3 BDB (D.Ellington/B.Strayhorn) 4:02
4 Jumpin’ At The Woodside (C.Basie) 3:07

Duke Ellington e Count Basie, duas figuras incontornáveis na história do Jazz, juntaram as suas orquestras em estúdio num momento único da história do Jazz que ficou registado nesta edição de vynil gravada em Nova Iorque no ano de 1961. Pondo hierarquias de parte, estes dois homens nutriam uma grande admiração e respeito mútuo e a saudável rivalidade entre as duas orquestras proporcionou Swing de qualidade ao longo de alguns anos e ajudou a enriquecer qualitativamente o estatuto do género. O encontro das duas orquestras nesta sessão resultou num álbum ímpar e liberal em que a música flui naturalmente de forma organizada, liderada pelos dois simpáticos nobiliárquicos que conduzem a extraordinária entrega e gosto de tocar dos seus fiéis e maravilhosos súbditos. Por norma, nas grandes orquestras, destacavam-se os líderes e a evidência da qualidade colectiva mas para além desses valores prevalecem nesta gravação a solene sucessão de solistas disponíveis dos dois lados com nomes como: Frak Wess, Cat Anderson, Thad Jones, Johnny Hodges, Ray Nance, Harry Carney, Jimmy Hamilton, Frank Foster, Lawrence Brown, Paul Gonsalves, Quentin Jackson, Budd Johnson ou Louis Blackburn entre outros. O Pianista e Compositor Billy Strayhorn tambem aparece em alguns momentos da gravação.
Sente-se história quando se ouve este trabalho. Sente-se a sonoridade cheia, sente-se o prazer e a alegria da sessão e sente-se a alma cheia pelo privilégio de poder disfrutar este som.

sábado, 4 de maio de 2013

Color Visions - ROLAND PRINCE

Side A
1 Samba de Unity 5:11
2 Iron Band Dance 7:18
3 Red Pearl 8:17
4 Giant Steps (J.Coltrane) 4:19
Side B
1 Aldon B. (Ed Bland) 6:01
2 Eddie A. (Ed Bland) 6:49
3 Genevieve 11:26

Roland Prince é um desconhecido Guitarrista natural das Caraíbas, ilha de Antígua, que fez parte das formações de Jack McDuff, Stanley Turrentine e Elvin Jones. Influenciado pelas cores e pela música das suas origens Caribenhas, Roland Prince estreava-se a solo em 1976 com este Lp “Color Visions” onde começa por visitar a música do Brasil, com “Samba De Unity”, a música Caribenha, em “Iron Band Steel” com a presença de Art Jardine nos Steel Drums, outro Caribenho, e só ao terceiro tema começa mesmo por entrar no terreno do Jazz.
Guitarrista de destreza mas algo comedido, Roland Prince conta nesta estreia com o apoio de excelentes músicos que ajudam a colorir ainda mais o resultado final deste trabalho. As presenças de Joe Farrell em Flauta e Buster Williams no Baixo, em “Samba de Unity”, reforçam o ambiente e a estrutura do tema. Em “Iron Band Dance” recria-se algum do ambiente Caribenho através da sonoridade Calipso e dos Steel Drums, com Roland Prince a solar destacado numa fusão em que o Pianista John Hicks e o Trompetista Randy Brecker contribuem com dois solos, intenso o do Piano e curto o do Trompete. “Red Pearl” arranca tímido para um tema Jazz que demora a encontrar-se, sustentado por uma linha de Baixo repetitiva, Bob Cranshaw é o Baixista de serviço, e um ritmo evidente conduzido por Al Foster na Bateria, “Red Pearl” revela-se forte perto do final aquando dos solos de Kenny Barron no Piano Elétrico e de um enorme Frank Foster no Sax-Tenor, daqui para a frente a formação da banda não se volta a alterar, com exceção dos Bateristas. A interpretação de “Giant Steps” encontra-se ao nível do que lhe é exigido, com intensidade, destreza, segurança e ritmo. O lado B arranca com dois interessantes temas do Produtor Ed Bland, a sobriedade do ligeiro Funky “Aldon B.” e a ascensão dos Sintetizadores numa fusão de Jazz com Caribenho em “Eddie A.”, Frank Foster a aparecer a solar em Sax-Soprano desta vez. “Genevieve” é o tema que encerra este álbum, uma balada que vai ganhando contornos nos solos à medida que evolui.
Roland Prince revela-se assim como um modesto Guitarrista, com noção, que aqui sobressai pela força e qualidade dos músicos que o acompanham e que tornam este trabalho de estreia como uma mais valia, mérito lhe seja concedido pela sábia escolha.