quarta-feira, 29 de maio de 2019

The Way It Is - BRUCE HORNSBY AND THE RANGE


1 On The Western Skyline   4:42
2 Every Little Kiss   5:47
3 Mandolin Rain   5:18
4 The Long Race   4:22
5 The Way It Is   4:56
6 Down The Road Tonight   4:25
7 The Wild Frontier   4:02
8 The River Runs Low   4:26
9 The Red Plains   5:00  

Foi em 1986 que o norte americano Bruce Hornsby se apresentou ao mundo como autor, pianista e intérprete, acompanhado pelos The Range. "The Way It Is" iniciou um percurso que este coletivo percorreu durante três álbuns e depois Hornsby seguiu sozinho por essa estrada fora. Partilha o mesmo espaço que Bob Seger e Bruce Springsteen mas não se apresenta como um rebelde na medida em que estes o foram nem se alimenta do mesmo romantismo que sustenta as canções desses dois grandiosos artistas pelo que, apesar de também escrever sobre vivências, as suas histórias são mais adultas, algo elaboradas e bastante visuais. Os caminhos e as paisagens que cruzam a américa do norte são uma das grandes inspirações de Bruce Hornsby que assim escreve canções/histórias, muitas vezes co-escritas com o irmão J.Hornsby, sobre viagens, estradas e fronteiras, apoiadas por uma estrutura musical caraterística, séria e honesta, onde a sua prestação ao piano se evidencia graças ao seu talento para as teclas. Deste registo destaca-se imediatamente a faixa título "The Way It Is" que ainda hoje se mantêm como um tema icónico na carreira de Bruce Hornsby e "Down The Road Tonight" que conta com a participação de Huey Lewis na harmónica e nas vozes, ele que foi um dos principais impulsionadores da carreira de Hornsby. "Every Little Kiss", "Mandolin Rain", "The Wild Frontier" contam também como momentos distintos e dinâmicos. 

sábado, 25 de maio de 2019

Synchronicity - POLICE


1 Synchronicity I   3:23
2 Walking In Your Footsteps   3:35
3 O My God   4:00
4 Mother   3:03
5 Miss Gradenko   2:00
Synchronicity II   4:59
7 Every Breath You Take   4:13
8 King Of Pain   4:59
9 Wrapped Around Your Finger   5:12
10 Tea In The Sahara   4:11
11 Murder By Numbers   4:31  

Synchronicity é um final não anunciado. Editado em 1983, conclui-se como um registo inteligente e complexo que roça a perfeição e inconscientemente assinala o último fôlego em disco de uma das bandas mais emblemáticas da primeira metade da década de 80. Ou talvez não. Há por aqui fortes indícios de que o alter ego de Gordon Sumner (Sting) movia-se já, certamente, com ideias de independência relativamente aos restantes membros dos Police. A estrutura musical deste trabalho salienta-se pela forte determinação das oito músicas escritas por Sting, povoadas de ambientes fantásticos, dominadas por sintetizadores e algum exotismo e até mesmo um pouco de jazz, o que torna este registo como sendo provavelmente o trabalho mais elitista dos Police ou...a liderança de Sting a sobressair realmente cada vez mais e aqui temos momentos como "Walking In Your Footsteps", "King Of Pain", "Wrapped Around Your Finger" e "Tea In The Sahara" que se destacam como as peças que melhor encaixam neste perfil. O sucesso do single "Every Breath You Take" revelou-se como o principal impulsionador deste trabalho mas é impossível ignorar a extraordinária vitalidade com que "Sychronicity I" abre o registo e depois o retoma mais à frente, de forma ainda mais vertiginosa, para uma nova versão em que se sente mais a banda como um todo com "Synchronicity II". Do trabalho de composição de Sting falta ainda referir "O My God" que se insere no estilo habitual da banda. Stewart Copeland contribui com uma peça humilde como "Miss Gradenko" e o guitarrista Andy Summers surpreende com "Mother", uma arrojada peça de sua autoria que contrasta totalmente com o restante trabalho através de uma música gritante que evoca as origens punk de uma banda que na realidade nunca o foi. Para o final sobra "Murder By Numbers", uma parceria Sting/Summers escrita e gravada em cima do joelho mas que já não entrou para a edição em vinil por falta de espaço sendo depois remetida para as edições de fita e posteriormente em formato cd.  

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Blue Pacific - MICHAEL FRANKS


1 The Art Of Love   4:10
2 Woman In The Waves   5:58
3 All I Need   4:46
4 Long Slow Distance   5:09
5 Vincent's Ear   6:21
6 Speak To Me   5:01
7 On The Inside   5:12
8 Chez Nous   4:29
9 Blue Pacific   4:58
10 Crayon Sun (Safe At Home)   6:20       

É sempre um deleite ouvir Michael Franks a cantar. A sugestiva fragilidade da sua voz transmite tanta frescura e encanto como impressiona e o inteligente trabalho de composição transmite um bom equilíbrio entre harmonia e melodia, habitualmente sustentado por músicos de qualidade que garantem a confiança de uma estrutura musical sólida e eficaz. Editado em 1990, Blue Pacific é o décimo primeiro registo original de Michael Franks e segue a caraterística leveza dos registos anteriores mantendo uma sonoridade adulta, dentro de um estilo soft jazz, muito aproximado do atualmente denominado smooth jazz, mas com mais caráter. Apesar de ser percetível alguma inteletualidade em termos líricos, Blue Pacific é um registo bastante acessível, muito completo e determinado, que conta com um distinto trabalho de produção dividido por três produtores. Jeff Lorber, Tommy LiPuma e o "Steely Dan" Walter Becker encarregaram-se de trabalhar a sonoridade deste álbum e uma forma de compreender algum do trabalho que compõem o disco é perceber-se que as sessões de Jeff Lorber se apresentam mais maquinais, muito trabalho de sequenciação, enquanto a fluidez dos músicos acaba por se evidenciar nas sessões de Tommy LiPuma e Walter Becker em que o jazz floresce naturalmente e as composições ficam mais coloridas. A acrescentar ainda que as músicas "Woman In The Waves", "Vincent's Ear" e "On The Inside" são peças integrantes de um musical de Michael Franks sobre a vida de Paul Gauguin. 

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Country's Greatest Hits - VÁRIOS - LP02


Side A
1 Jolene - Dolly Parton   2:35
2 Take Me Home Country Roads - John Denver   3:08
3 Me And Bobby McGee - Kris Kristofferson   4:22
4 Oh Lonesome Me - Don Gibson   2:30
5 Long Long Time (G.White) - Linda Ronstadt   4:20 
Side B
1 Theme From The Dukes Of Hazzard - Waylon Jennings   2:06
2 He'll Have To Go (J.Allison/A.Allison) - Jim Reeves   2:18
3 Snowbird (G.McLellan) - Anne Murray   2:07
4 Behind Closed Doors (K.O'Dell) - Charlie Rich   2:55
5 I Believe In You (R.Cook/S.Hogin) - Don Williams   4:04
6 Blanket On The Ground (R.Bowling) - Billie Jo Spears   3:35 

Enquanto o primeiro disco desta dupla edição continha algum Country Pop, o segundo disco envolve-se decididamente no espírito do country norte-americano. Clássicos emblemáticos como "Jolene", "Take Me Home, Country Roads", "Me And Bobby McGee", "Dukes Of Hazzard" e "Blanket On The Ground" marcam este segundo disco onde também se encontram as únicas músicas desta dupla coletânea que não se enquadram na década de 70, a época abrangida pela maioria do repertório apresentado nesta edição; "Oh Lonesome Me" de Don Gibson, editado em 1958, e "He'll Have To Go" de Jim Reeves, editado em 1959, representam aqui um regresso ao passado mais tradicional do género. Dois momentos de ouro a reter neste disco são a inclusão da encantadora Linda Ronstadt, ainda nos inícios de carreira, com "Long Long Time" e a genuína sobriedade de Don Williams com "I Believe In You". No final, são vinte e duas canções que esta dupla edição britânica disponibiliza e sendo o country um género musical tão real e tão genuíno, em que cada canção conta uma história vivida, é difícil não nos deixarmos arrebatar pela sua sinceridade e sentir a sua emoção e vitalidade. 

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Country's Greatest Hits - VÁRIOS - LP01


Side A
1 Lucille (R.Bowling/H.Bynum) - Kenny Rogers   3:38
2 Stand By Your Man - Tammy Wynette   2:38
3 By The Time I Get To Phoenix (J.Webb) - Glen Campbell   2:39
4 Ode To Billy Joe - Bobbie Gentry   4:11
5 Always On My Mind (J.Christopher/M.James) - Willie Nelson   3:32        
Side B
1 Honey (B.Russell) - Bobby Goldsboro   3:55
2 Rose Garden (J.South) - Lynn Anderson   2:54 
3 A Boy Named Sue (S.Silverstein) - Johnny Cash   3:40
4 Don't It Make My Brown Eyes Blue (R.Leigh) - Crystal Gayle   2:35
5 Funny How Time Slips Away - Willie Nelson   2:37
6 Games People Play - Joe South   3:20    

Dupla edição britânica de 1985 que reúne alguns hits da música country norte-americana que reinaram nos tops entre 1968 e 1980, o período de tempo maioritariamente abrangido por esta edição. É a época da chamada quarta geração do movimento country, uma "geração" que sofreu a influência do movimento pop/rock e acabou por fundir os dois géneros, facto que se encontra bem evidenciado em boa parte das músicas que compõem o alinhamento desta dupla coletânea. Neste primeiro disco encontram-se músicas como "By The Time I Get To Phoenix", "Always On My Mind", "Honey", "Don't It Make My Brown Eyes Blue" e "Games People Play" que facilmente se enquadram num patamar mais pop face ao tradicionalismo das restantes onde só os nomes de Kenny Rogers, Tammy Wynette, Bobbie Gentry, Lynn Anderson e Johnny Cash soam bem mais relevantes. Um claro destaque para o outlaw Johnny Cash e apontamentos muito interessantes para Crystal Gayle com "Don't It Make My Brown Eyes Blue".