quarta-feira, 30 de maio de 2018

The Soul Sessions - JOSS STONE


1 The Chokin' Kind (H.Howard)   3:35
2 Super Duper Love (Are You Diggin' On Me) Pt.1 (W.Garner)   4:20
3 Fell In Love With A Boy (J.White)   3:38
4 Victim Of A Foolish Heart (C.Buckins/G.Jackson)   5:31
5 Dirty Man (B.Miller)   2:59
6 Some Kind Of Wonderful (J.Ellison)   3:56
7 I've Fallen In Love With You (C.Thomas)   4:29
8 I Had A Dream (Jon B.Sebastian)   3:01
9 All The King's Horses (A.Franklin)   3:03
10 For The Love Of You Pts.1&2 (E.Isley/M.Isley/K.Isley/R.Isley/R.Isley/C.Jasper)   7:33

A relevância deste trabalho acentua-se pela tenra idade com que a britânica Joss Stone se apresentou ao mundo em 2003, com apenas dezasseis anos. Acima de tudo, "The Soul Sessions" revela a segurança e expressividade de uma voz jovem que apresenta já alguma da força e caráter da época de ouro da soul music. Detentora de um timbre de respeito, Joss Stone evidencia maturidade e expõe-se sem medo, com muito dinamismo e à vontade, numa sessão em que interpreta vários autores num registo soul marcante, gerido e apoiado por músicos de alto gabarito. Um trabalho de estreia, revelador e surpreendente, bastante caraterizado pelas circunstâncias que o envolvem.  

terça-feira, 22 de maio de 2018

Forever Changes - LOVE


1 Alone Again Or   3:15
2 A House Is Not A Motel   3:25
3 Andmoreagain   3:15
4 The Daily Planet   3:25
5 Old Man   2:57
6 The Red Telephone   4:45 
7 Maybe The People Would Be The Times Or Between Clark And Hilldale   3:30
8 Live And Let Live   5:24
9 The Good Humour Man He Sees Everything Like This   3:00
10 Bummer In The Summer   2:20
11 You Set The Scene   6:49   

Em 1967, na plenitude do Verão do Amor, os californianos Love surgiam algo deslocados do movimento peace and love que influenciava os meios artísticos e sociais da época e ao terceiro álbum demonstravam que nem tudo era realmente flores. Do alto das colinas de L.A. o líder Arthur Lee escrevia canções essenciais enquanto observava a cidade, isto numa altura em que a banda se encontrava um pouco desorientada tendo o 
produtor Bruce Botnik chegado ao ponto de contratar músicos de estúdio para gravar convencido de que os Love não o iriam conseguir fazer. Ultrapassada esta fase, a banda organizou-se e o resultado foi um trabalho ponderado, dominado por uma vertente mais acústica enriquecida com arranjos de orquestra. Num registo encabeçado por "Alone Again Or", a música mais conhecida da edição, as exceções residem em "A House Is Not A Motel", "Live And Let Live" e "Bummer In The Summer" cuja sonoridade roça realmente os domínios do rock enquanto "The Red Telephone" proporciona o momento mais meditativo de Arthur Lee, que várias vezes afirmou ter escrito as músicas para este álbum sob uma aura de morte pois achava que iria morrer em breve. Outros momentos bem interessantes encontram-se em "Andmoreagain" e "Maybe The People Would Be The Times...". Pela sua magia e divergência, ao longo do tempo Forever Changes foi ganhando cada vez mais importância como registo fundamental.

sábado, 12 de maio de 2018

Live - ALBERT KING


1 Watermelon Man (Hancock/Hendricks/Brooks)   3:48
2 Don't Burn Down The Bridge (Jones/Wells)   4:00
3 Blues At Sunrise   10:40
4 That's What The Blues Is All About (Patterson/Strickland)   6:25
5 Stormy Monday (Walker)   7:12
6 Kansas City (Leiber/Stoller)   6:59
7 I'm Gonna Call You As Soon As The Sun Goes Down   8:22
8 As The Years Go Passing By (Malone)   8:48
9 Overall Junction   4:25
10 I'll Play The Blues For You   6:40 

Edição de clube, em formato cd, publicada como parte integrante da coleção Mestres Do Blues da editora espanhola Altaya, também distribuída em Portugal. Esta edição, não integral, reedita o duplo vinil gravado na Suíça em 1977 durante uma atuação de Albert King no famigerado festival de Montreux e serve como um ótimo registo de uma grande sessão de blues que contou com a participação, em parte do concerto, do guitarrista irlandês Rory Gallagher. O irlandês faz a entrada e o primeiro solo em "As The Years Go Passing By". O registo revela um concerto distinto em que a mestria e a classe de Albert King se evidenciam pela sua forte expressão como guitarrista e como frontman ativo contando ainda com o apoio de uma banda igualmente notável que inclui um irrequieto naipe de metais. Um bluesman de excelência, Albert King apresenta aqui tudo aquilo que os blues são através de uma atuação eficiente preenchida por uma sonoridade bastante sólida e intensa.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

The Crown - GARY BYRD AND THE G.B.EXPERIENCE


Side A
1 The Crown (Vocal)   10:40
Side B
1 The Crown (Instrumental)   10:40    

Editado em 1983, The Crown é um single em formato de 12" a 33rpm que resulta de um projeto pensado pelo DJ de radio Gary Byrd. A meio da década de 70, com o rap ainda na sua fase primordial, este DJ dirigia um programa radiofónico denominado G.B.E.(Gary Byrd Experience) durante o qual declamava pequenos textos por cima da música que passava. Stevie Wonder era um seguidor habitual e em 1976 convidou Gary Byrd a participar na escrita de alguns temas para o seu álbum Songs In The Key Of Life. Em 1981 Gary Byrd teve a ideia de criar uma música cujo conteúdo lírico, em formato rap, se baseava numa lição de história social da cultura negra, matéria que as escolas norte-americanas não abordavam nas suas aulas. Stevie Wonder gostou da ideia e associou-se logo ao projeto. Estamos assim perante um registo histórico em várias frentes; edição Motown, raramente associada ao mercado rap, Stevie Wonder a colaborar num álbum rap e até a capa é motivo de novidade por ser então raro ver um disco rap com foto na capa. Devido a ser um trabalho paralelo, o projeto demorou cerca de três anos a ficar concluído e nele Stevie Wonder assume o trabalho de produção e canta mesmo numa pequena parte da música para além de estar creditado com os seus teclados e bateria. Musicalmente, o registo soa funky/soul/disco com Gary Byrd em rap, intercalado por refrões cantados por um coro e pela já referida parte vocal de Stevie Wonder. A edição single em formato de 12" deve-se ao facto da música ser longa, tendo pouco mais de dez minutos, contendo a versão vocal do lado principal e a versão instrumental do lado "secundário".