sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Tom - TOM JONES


Side A
1 I Can't Turn You Loose (O.Redding)   2:09
2 Polk Salad Annie (Tony J.White)   3:47
3 Proud Mary (J.Fogerty)   2:44
4 Sugar, Sugar (J.Barry/A.Kim)   2:36
5 Venus (R. Van Leeuwen)   2:42
6 I Thank You (D.Porter/I.Hayes)   2:27       
Side B
1 Without Love (D.Small)   3:43
2 You've Lost That Lovin' Feelin' (P.Spector/B.Mann/C.Weil)   4:11
3 If I Ruled The World (C.Ornadel/L.Bricusse)   2:49   
4 Can't Stop Loving You (W.Bickerton/T.Waddington)   4:06
5 The Impossible Dream (M.Leigh/J.Darion)   3:15
6 Let There Be Love (B.Gibb/R.Gibb/M.Gibb)   3:34            

Detentor de um registo vocal poderoso, associado a uma forte imagem sexual que o tornava um favorito entre o público feminino, o britânico Tom Jones sempre brilhou como uma estrela através da interpretação de adocicadas versões de músicas dos mais variados estilos cujos novos arranjos assentavam em orquestrações intensas que combinavam de forma impecável com a sua voz possante. Editado em 1970, o registo "Tom" apresenta um repertório maioritariamente americano dividido pelos dois lados da edição em vinil; no lado A Tom Jones interpreta músicas R&B e Pop, com os arranjos centrados nos instrumentos de sopro, em que sobressaem os momentos "Polk Salad Annie" e "I Thank You", enquanto o lado B se manifesta por uma vertente mais romântica com Tom Jones a ser estimulado pela já referida orquestração intensa que aumenta o vigor das emocionantes interpretações de "Without Love", "If I Ruled The World", "Can't Stop Loving You" e "Let There Be Love". 
Adepto confesso do cancioneiro norte americano e uma grande admiração, igualmente retribuída, por Elvis Presley, neste ano de 1970 Tom Jones já tinha trocado as ilhas britânicas pela costa oeste do EUA, onde detinha um programa de televisão de sucesso, e a seguir, com o aval do agora amigo Elvis, conquistou Las Vegas.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

20/20 - GEORGE BENSON


1 No One Emotion (C.Magness/T.Keane/M.Mueller)   3:55
2 Please Don't Walk Away (S.Lukather/James N.Howard)   3:51
3 I Just Wanna Hang Around You (M.Sembello/D.Sembello/J.Sembello/C.Sembello)   4:41
4 Nothing's Gonna Change My Love For You (M.Masser/G.Goffin)   4:04
5 Beyond The Sea (La Mer) (C.Trenet/J.Lawrence)   4:10
6 20/20 (R.Goodrum/S.Kipner)   4:07
7 New Day (Cecil & L.Womack)   4:27
8 Hold Me (M.Sembello/D.Sembello)   4:02
9 Stand Up (N.Larsen)   5:07
10 You Are The Love Of My Life (M.Masser/L.Creed)   2:50          

Em 20/20, editado em 1985, George Benson vagueia entre o R&B, a Soul e a Pop, totalmente empenhado no seu desempenho vocal, com a guitarra completamente relegada para segundo plano, num registo de época categorizado por sessões com muito trabalho de programação e sequenciaçãoGeorge Benson dá voz a nove músicas, "Stand Up" é um instrumental sendo a exceção e o único momento em que Benson agarra realmente na guitarra, num alinhamento que contêm a versão original de "Nothing's Gonna Change My Love For You", que dois anos depois viria a ser um grande sucesso na voz de Glenn Medeiros, e uma notável interpretação jazz para "Beyond The Sea (La Mer)" com arranjo para big band. O registo complementa-se com a participação de uma grande variedade de experientes músicos de sessão e por um set composto por canções bastante polidas em estúdio, comercialmente eficazes para funcionar num mercado mainstream. "No One Emotion", "Please Don't Walk Away" e "20/20" são alguns dos momentos mais estimulantes do registo enquanto "I Just Wanna Hang Around You", "Nothing's Gonna Change My Love For You" e "You Are The Love Of My Life", em dueto com Roberta Flack, se apresentam como os momentos mais melosos. Um pequeno aparte para a bonita balada "New Day" pela plenitude das harmonias vocais.

domingo, 7 de outubro de 2018

Golden Heart - MARK KNOPFLER


1 Darling Pretty   4:27
2 Imelda   5:22
3 Golden Heart   4:56
4 No Can Do   4:48
5 Vic And Ray   4:33
6 Don't You Get It   5:11
7 A Night In Summer Long Ago   4:39
8 Cannibals   3:37
9 I'm The Fool   4:22
10 Je Suis Désolé   5:09
11 Rudiger   5:59
12 Nobody's Got The Gun   5:21
13 Done With Bonaparte   5:00
14 Are We In Trouble Now   5:54                               

Considerando que todos os álbuns a solo editados por Mark Knopfler antes de Golden Heart são bandas sonoras, este é na realidade o seu primeiro trabalho original em nome próprio. Dezoito anos depois de ter começado a editar com os Dire Straits, chegava a altura de Mark Knopfler trabalhar as suas ideias a solo sem a preocupação de dar continuidade ao trabalho iniciado com a sua antiga banda. Editado em 1996, "Golden Heart" é um álbum de histórias singulares que Knopfler preparou calmamente, inspirado pela influência de música Irlandesa e Hillbilly, embebendo ordenadamente o registo de músicas cuidadas, preenchidas com a naturalidade e excelência dos seus solos de guitarra, serenos e bem medidos. Em suma, um trabalho de requinte. A música Irlandesa faz parte das influências culturais de Mark Knopfler, frequentemente utilizada nas já referidas bandas sonoras, sendo logo introduzida como uma pequena intro para "Darling Pretty" reaparecendo depois em "A Night In Summer Long Ago" e "Done With Bonaparte". No geral, o registo apresenta-se sob a forma de rock maduro, inspirado nas suas raízes mais tradicionais, sentido-se reminiscências dos Dire Straits em "Imelda" e "Cannibals", que lembra a fórmula usada em "Walk Of Life", e até mesmo a cadência acelerada de "Don't You Get It" pode ser incluída neste grupo de referência. "No Can Do" é a composição que mais se aproxima do contexto musical atual à data de edição e em "Rudiger", inspirado em factos reais, encontra-se um dos momentos chave deste trabalho, não sendo possível contornar a vividez cinematográfica de "Vic And Ray" e o vigor acústico de "Je Suis Désolé" ou algo de Roy Orbison em "Nobody's Got The Gun".