quarta-feira, 29 de setembro de 2010

This Is The Sea - WATERBOYS


1 Don't Bang the Drum 6:46
2 The Whole of the Moon 4:58
3 Spirit 1:50
4 The Pan Within 6:13
5 Medicine Bow 2:45
6 Old England 5:32
7 Be My Enemy 4:16
8 Trumpets 3:37
9 This Is the Sea 6:29

Ao terceiro album, editado em 1985, os Escoceses Waterboys, liderados pelo carismático Mike Scott, mostravam estar já num bom nível e criavam um trabalho que não passou despercebido às hostes, muito por culpa tambem do êxito que foi o single "The Whole Of The Moon". Este album marca tambem o final da ligação do teclista Karl Wallinger com a banda.
"This Is The Sea" é um album inspirado, gravado numa das melhores fases da banda. Boas composições aliadas a uma boa Produção, de Mike Scott e Mick Glossop, e ainda uma boa qualidade de som. O album resulta de facto como uma peça singular, quase épica, no reino do panorama Pop/Rock. São nove temas a que se junta, por norma em fundo, alguma sonoridade mais tradicional com os violinos como suporte, cá está a presença de Steve Wickham um colaborador habitual da banda. A sequência dos temas é tambem de ter em conta pois está bem estruturada.
O album abre de forma insinuante com Piano e uma Trompete bastante reverberada que anuncia a entrada de "Don't Bang The Drum", um tema de batida forte e bastante afirmativo da sua posição. Segue-se o single "The Whole Of The Moon" que dispensa apresentações, pois é uma das referências obrigatórias da década de oitenta. "Spirit" marca um pequeno interregno para aparecer depois "The Pan Within", um daqueles temas que ficam para sempre connosco. Não esquecer aqui que a edição original foi em vinil e estes quatro temas criam um perfeito e equilibrado "lado" A do disco, a apresentação que faço agora é do Cd. Digo isto porque as próximas faixas seriam as do lado B e este abria logo com "Medicine Bow" que é um pequeno tema de puro Rock'n Roll bastante acelerado para se quebrar de seguida com o celestial "Old England", onde pontuam o Piano e o Saxofone, tocado por Anthony Thistlethwaite que completava o trio original da formação. "Be My Enemy" volta ao Rock acelerado e volta a ser quebrado, desta vez, por "Trumpets", um lindíssimo tema que tem uma estrutura muito semelhante à de "Old England" mas com um andamento mais Rock em que o Saxofone sola, nos intervalos da voz, quase de princípio ao fim. "This Is The Sea" encerra em formato acústico um album versátil, bem trabalhado, e de muito bom gosto.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Lcd Soundsystem - LCD SOUNDSYSTEM - CD02


1 Losing My Edge 7:53
2 Beat Connection 8:07
3 Give It Up 3:55
4 Tired 3:34
5 Yeah [Crass Version] 9:21
6 Yeah [Pretentious Version] 11:06
7 Yr City's a Sucker [Full Version] 9:22

A estrutura do segundo Cd assenta numa base mais experimental onde o formato canção se desvanece e a variedade de estilos se perde em batidas electrónicas, loops, e sintetizadores. Os temas "Give It Up" e o Hendrixiano "Tired" são neste lado do trabalho a excepção à regra com a sua forte carga Punk Rock mas no resto dos temas é evidente a tendência mais electrónica da banda roçando os limites do Indie mais dançável.
No meio disto tudo, "Yeah (Crass Version)" salienta-se como a faixa mais estimulante com o seu ritmo marcante e o devaneio delirante com que a música é trabalhada a partir de determinado momento. "Losing My Edge" foi um dos singles de apresentação do album e "Beat Connection" é uma sucessão de ritmos bem trabalhada a lembrar um pouco a da sonoridade de uns saudosos Frankie Goes To Hollywood.
Os Lcd Soundsystem apresentaram-se assim ao Mundo em grande estilo, e logo numa edição dupla.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Lcd Soundsystem - LCD SOUNDSYSTEM - CD01


1 Daft Punk Is Playing at My House 5:16
2 Too Much Love 5:42
3 Tribulations 4:59
4 Movement 3:04
5 Never as Tired as When I'm Waking Up 4:49
6 On Repeat 8:01
7 Thrills 3:42
8 Disco Infiltrator 4:56
9 Great Release 6:35
Ora aqui está um dos projectos mais interessantes que apareceram neste início de século. Os LCD Soundsystem são de Nova Iorque, a cidade onde tudo se passa, e talvez por isso mesmo a sua sonoridade denote uma miríade de bastas influências que pautuam solenemente cada faixa deste trabalho.
Editado em 2005 é o primeiro trabalho da banda, numa edição Cd dupla, e estamos na presença de uma banda em que a electrónica predomina, mas, sob o estigma do Punk e do mais clássico Rock, e tudo isto servido em grande dose minimal, repetitiva quanto baste.
Usando as influências sugeridas pela sonoridade evidente resumo o 1ª Cd da seguinte forma:
"Daft Punk Is Playing At My House", logo no começo do album a lembrança dos Britânicos Fall assume-se numa primeira audição.
"Too Much Love", está muito ao jeito do Prince mais experimental da primeira metade da década de 80.
"Tribulations" é uma excelente faixa, muito dançável, que pode remeter a uns New Order mais actualizados, e mais aguerridos.
"Movement" começa bastante electrónico e acaba de uma forma completamente Punk.
"Never As Tired As When I'm Waking Up", é puro Beatles da fase White Album.
"On Repeat", é o tema que assenta que nem uma luva no contexto geral do album, é uma faixa bastante repetitiva mas que vai crescendo de intensidade.
"Thrills", passa quase despercebido não fosse a sua marcação Industrial.
"Disco Infiltrator", é um tema que podia ter sido escrito por Beck, mas não foi.
"Great Release" encerra o 1º Cd da forma mais perfeita evocando as sonoridades de Brian Eno. Que melhor influência podia haver dentro do estilo?
Para já o album revela ser um bom exemplo do quanto as boas influências podem resultar num bom trabalho.