terça-feira, 30 de setembro de 2008

Strange Days - THE DOORS


Side A
1 Strange Days 3:09
2 You're Lost Little Girl 3:03
3 Love Me Two Times 3:16
4 Unhappy Girl 2:00
5 Horse Latitudes 1:35
6 Moonlight Drive 3:03
Side B
1 People Are Strange 2:12
2 My Eyes Have Seen You 2:29
3 I Can't See Your Face in My Mind 3:26
4 When the Music's Over 10:59

Após o sucesso inicial do primeiro album os Doors gravaram, e editaram, nesse mesmo ano de 1967, este "Strange Days" que surge como digno sucessor do promissor album de estreia. Este segundo trabalho da banda começa por se evidenciar em alguma experimentação, em relação ao album anterior, derivado do facto do estúdio de gravação ter dobrado o número de pistas, de 4 para 8, como tal houve que tirar o máximo proveito dessa nova possibilidade.
O tema "Strange Days" começa por abrir as hostes com uma das primeiras utilizações de um Moog no Rock. "You're Lost Little Girl" é uma balada cantada por um Jim Morrison em tom de Crooner. "Love Me Two Times" é o tema que mais semelhanças adquire com o trabalho anterior da banda. "Horse Latitudes" é o momento mais experimental deste trabalho com Morrison a declamar o poema sobre diversos efeitos sonoros criados em estúdio. "Moonlight Drive", que no início sugere um Tango, sempre foi uma das minhas músicas, e letra, preferidas. "People Are Strange" é único. "I Can´t See Your Face In My Mind" sugere ambiente nipónico, oportunidade subtil para ouvir Ray Manzarek deixar o Orgão e tocar Marimba, delicioso. A fechar vem a orgia dinâmica de "When The Music's Over", tema obrigatório nas actuações ao vivo da banda.
Em ano de Flower Power os Doors trocavam as flores por ácidos tenebrosos e reclamavam o Mundo.
"We want the world and we want it. NOW!"

sábado, 27 de setembro de 2008

18 - MOBY


1 We Are All Made of Stars 4:32
2 In This World 4:02
3 In My Heart 4:36
4 Great Escape 2:08
5 Signs of Love 4:26
6 One of These Mornings 3:12
7 Another Woman 3:56
8 Fireworks 2:13
9 Extreme Ways 3:57
10 Jam for the Ladies 3:22
11 Sunday (The Day Before My Birthday) 5:09
12 18 4:28
13 Sleep Alone 4:45
14 At Least We Tried 4:08
15 Harbour 6:27
16 Look Back In 2:20
17 Rafters 3:22
18 I'm Not Worried at All 4:11

Moby escolheu estes 18 temas de entre perto de 150 músicas que vinha preparando desde a digressão de "Play". Algumas foram pensadas e elaboradas durante essa digressão mas a maior parte delas foram escritas e trabalhadas em casa, no estudio particular, logo após o terminar dessa mesma digressão. Daí, talvez, a similariedade que se sente no ambiente de todo este Cd com o anterior, e bastante bom, "Play", mas neste caso torna-se fastidioso e cansativo bater numa formula que venceu, e convenceu, mas que agora já pedia outros caminhos, ou pelo menos uma maior criatividade. Não fosse o facto de todos estes temas terem sido elaborados pós-"Play" e seria capaz de jurar que este album teria sido feito com os restos de "Play", uma espécie de B-Sides & Rarities. Mas nem tudo é mau neste album, apenas carrega o fardo de ser o sucessor de um bom trabalho e a fasquia ter ficado alta, não cumpre ao nível, ou pelo menos esperava-se mais.
Depois de ter caído no erro da comparação resta-me dizer que há por aqui muitos bons momentos e muitos convidados. O single "We Are All Made Of Stars" abre as hostes com um bom momento Pop, "The Great Escape" teria ficado bem na voz de Elizabeth Fraser mas aqui são as Azure Ray quem encanta. "Another Woman" contêm uma asfixiante linha de baixo, "Fireworks" é um terno instrumental. "Extreme Ways", um tema Pop convincente, e "Jam For The Ladies", um piscar o olho às pistas de dança sob a potente voz de MC Lyte e a melodia de Angie Stone, são as minhas faixas favoritas. "At Least We Tried" é um triste tema cantado com muito feeling por Freedom Bremner, e Sinead O'Connor surpreende ao interpretar a bonita balada minimalista "Harbour".
Foi assim que em 2002, num Mundo ligeiramente diferente daquele em que gravou "Play", que Moby seguiu o seu caminho voltando a mostrar, mesmo assim, um som característico com que facilmente o indentificamos.

Knebworth: The Album - LP02


Side A
1 Sunshine of Your Love - Eric Clapton 11:47
2 Think I Love You Too Much - Dire Straits 6:05
3 Money For Nothing - Dire Straits 6:42
4 Sad Songs (Say So Much) - Elton John 5:30
Side B
1 Saturday Night's Alright for Fighting - Elton John 4:56
2 Coming Up - Paul McCartney 4:55
3 Hey Jude - Paul McCartney 7:05
4 Comfortably Numb - Pink Floyd 8:57
5 Run Like Hell - Pink Floyd 7:00

O segundo Vynil desta edição arranca com Eric Clapton e uma longa interpretação do velho tema dos Cream, "Sunshine Of Your Love", com direito a solo de Bateria, Steve Ferrone, e de Percussão, Ray Cooper. A mesma banda acaba por se manter em palco para partilhar o palco com Mark Knopfler, os Dire Straits, e permanecem para complementar a actuação de Elton John. Nesta actuação dos Dire Straits saliente-se a oportunidade para ouvir Mark Knopfler interpretar "Think I Love You To Much", um tema de sua autoria que nunca gravou. O tema viria a ser gravado por Jeff Healey no album "Hell To Pay" editado no mesmo ano deste concerto. Tambem a ter em conta a dupla Knopfler/Clapton a partilhar os solos de guitarra.
O lado B centra-se nos dois momentos que encerram o concerto, Paul McCartney e os Pink Floyd, era-Gilmour. O clássico "Hey Jude" de McCartney dá voz ao recinto cheio e o sempre hipnótico "Comfortably Numb" dos Pink Floyd enche as medidas para depois encerrar com os delays de "Run Like Hell".
O documento, editado tambem em DVD, vale acima de tudo pela conjugação memorável de estrelas num concerto de solidariedade com uma instituição, Nordoff-Robbins, que desenvolve desde os anos 50 um processo terapêutico que acenta na crença de que qualquer mente, independentemente do estado em que se encontra, reage à música.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Knebworth: The Album - LP01


Side A
1 Everybody Wants to Rule the World - Tears For Fears 4:49
2 Dirty Water - Status Quo 4:17
3 Whatever You Want - Status Quo 4:15
4 Rockin' All over the World - Status Quo 4:06
5 On the Beach - Cliff Richard & The Shadows 2:28
6 Do You Wanna Dance - Cliff Richard & The Shadows 2:47
7 Hurting Kind - Robert Plant 5:05
Side B
1 Liars Dance - Robert Plant 3:52
2 Tall Cool One - Robert Plant 5:19
3 Wearing and Tearing - Robert Plant, Jimmy Page 6:16
4 Mama - Genesis 7:20
5 Sussudio - Phil Collins 7:19

Album duplo, em vynil, do concerto realizado em Knebworth, Reino Unido, em 1990, com os diversos vencedores do Silver Clef Award. O Silver Clef Award é um prêmio atribuido todos os anos, desde 1976, por uma instituição intitulada Nordoff-Robbins Music Therapy que premeia assim os artistas em prol das suas prestações "musicais" ao serviço da industria musical Britânica. Em 1988 a instituição necessitava de novas estruturas e para tal era necessária uma boa maquia de dinheiro que eles não possuiam, eis que a partir desta necessidade surge a ideia de criar um espectáculo grandioso com todos os nomes que receberam o prêmio da instituição ao longo dos anos, de forma a angariar valores. A data para o concerto foi marcada e todos os artistas, vencedores do dito prêmio, que estavam disponíveis à data aceitaram participar no evento.
Uma vez que estamos na presença de um album duplo começo pelo primeiro disco que curiosamente começa com os Tears For Fears, que não constam da lista de vencedores do prêmio da instituição. A banda à data gozava de boa reputação e ajudava assim a preencher o dote de bons nomes que por aqui se apresenta. Seguem-se os Status Quo, vencedores do prêmio em 1981, que apresentam o seu Rock honesto, tal como Cliff Richard & The Shadows, vencedores no ano de 1978, que complementam os momentos mais clássicos deste concerto.
Robert Plant apresenta-se em grande forma, ele foi o vencedor no corrente ano do concerto, 1990, e talvez por isso se apresente em grande estilo, e pose, finalizando a prestação com a presença de Jimmy Page.
Os Genesis, vencedores em 1977, e Phil Collins, vencedor em 1986, encerram este primeiro vynil com dois emblemáticos temas, "Mama" e "Sussudio".

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Tonight I'm Yours - ROD STEWART


Side A
1 Tonight I'm Yours (Don't Hurt Me) 4:11
2 How Long (Carrack) 4:14
3 Tora, Tora, Tora (Out with the Boys) 4:32
4 Tear It Up (Burnette, Burnette) 2:28
5 Only a Boy 4:10
Side B
1 Just Like a Woman (Dylan) 3:57
2 Jealous 4:33
3 Sonny 4:04
4 Young Turks 5:03
5 Never Give up on a Dream 4:22

Rod Stewart sempre foi, quer se queira quer não se queira, um excelente intérprete. A voz rouca é uma característica, a imagem é única. A sua figura, o cabelo oxigenado, é uma das silhuetas mais conhecidas do mundo da música. De jovem rebelde do Rock'n Roll a ícone sexual foi um pequeno salto.
Em 1981 Stewart entrava bem nos anos oitenta com este Vynil, "Tonight I'm Yours", impregnado de bons temas de Rock'n Roll e de algum Pop/Rock. É um trabalho muito bem conseguido, feito de temas fortes, consistentes, que nos preenchem a alma incitando-nos a dançar ou simplesmente a saborear. Os singles "Tonight I'm Yours" e "Young Turks" são pequenas pérolas retiradas deste trabalho, no entanto há outros grandes momentos como "Jealous" a soar ainda a Disco e com um incansável Jim Zavala na Harmónica, tal como um Riff. A balada "Sonny" tem a construção característica das baladas tão famosas que Stewart tinha criado anteriormente durante a década de Setenta.
Há que contar com três boas versões, "How Long", de Paul Carrack, "Just Like A Woman", do mestre Bob Dylan e que soa bem na voz de Stewart, e um excelente momento de puro Rock'n Roll partilhado por "Tear It Up", um clássico e "Tora, Tora, Tora" escrito por Rod Stewart.
O trabalho culmina com uma dedicação de Rod Stewart a um jovem Canadiano, Terry Fox, a quem um cancro roubou a vida demasiado cedo. A força, a determinação e coragem deste jovem em empreender uma árdua corrida ao longo do seu País, já com uma perna perdida por um cancro, como forma de angariar fundos para a investigação do combate a esta doença maléfica, foi um feito impressionante e dramático que Terry não chegou a concluir, faleceu de outro cancro em Abril de 1980 com apenas 22 anos. Apesar de não ter conseguido concluir aquilo a que se prouposera transmitiu uma imagem de força e coragem exemplar. O tema intitula-se "Never Give Up On A Dream".

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Sirius - CLANNAD


Side A
1 In Search of a Heart 3:53
2 Second Nature 3:20
3 Turning Tide 4:39
4 Skelling 4:46
5 Stepping Stone 3:53
Side B
6 White Fool 4:38
7 Something to Believe In 4:46
8 Live and Learn 3:32
9 Many Roads 3:25
10 Sirius 5:33

Na Irlanda, terra das lendas e da fantasia, a aura da cultura Celta espalha-se como uma paixão sob as suas gentes. Aliando a paisagem e o clima sobra um modo de vida modesto e aguerrido, lutador dos seus princípios, mas tambem há muita esperança e sonhos por cumprir. Os Clannad são oriundos desta ilha Norte Atlântica e como tal são bastante influenciados pela cultura Celta, o seu som é Pop mas sempre acompanhado da magia do som natural da sua terra natal.
Neste album de 1987, edição Vynil, a banda soa bastante mais Pop/Rock que em albuns anteriores, não retirando isso algum prestígio ao trabalho mas perde um pouco da magia habitual, no entanto estamos perante um trabalho de qualidade que se ouve muito bem.
É notada a presença de muitos músicos convidados, destaco a presença de Bruce Hornsby, Acordeão e Voz em "Second Nature" e Voz e Piano em "Something To Believe In", Russ Kunkel, bateria e produção do album, Robbie Blunt, guitarra eléctrica salientando a sua participação no tema "Live and Learn", e Mel Collins, nos saxofones.
É um trabalho bem sustentado por canções adultas, e bastante equilibradas, onde o tema "White Fool" é aquele que melhor funde o som das origens da banda com o som mais Pop, mais actual. De referir tambem a voz de Márie Brennan, irmã da cantora Enya, como um dos elementos essenciais na sonoridade da banda.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

No.10, Upping St. - BIG AUDIO DYNAMITE


Side A
1 C'mon Every Beatbox 5:26
2 Beyond the Pale (Jones, Strummer) 4:41
3 Limbo the Law (Donovan, Jones, Strummer) 4:44
4 Sambadrome 4:48
Side B
5 V. Thirteen (Jones, Strummer) 4:54
6 Ticket (Jones, Letts, Roberts, Strummer) 3:28
7 Hollywood Boulevard 4:29
8 Dial a Hitman 5:04
9 Sightsee M.C.! (Jones, Strummer) 4:55

Após sair dos Clash em 1983 Mick Jones formou, em 1984, os Big Audio Dynamite. Este Lp que exponho agora é de 1986, o segundo trabalho da formação. Mick Jones foi um dos fundadores dos Clash, juntamente com Joe Strummer, e foi tambem a sua voz durante bastante tempo, isto para justificar o facto deste trabalho, apesar de elaborado num ambiente diferente e com instrumentos pouco usados pelos Clash, conseguir ter ainda algum do som da antiga banda. Notório é tambem o facto de Mick Jones ter tido aqui como parceiro de produção o ex-colega Joe Strummer, ou seja, a alma dos Clash está toda aqui, e Strummer até participou na escrita de alguns dos temas. Quase que posso afirmar que este podia ter sido o futuro do som dos Clash, mas isso seria outra história.
Por aqui há Rock, há batida de dança, Funky, alguma electrónica, nomeadamente o uso de Samplers e de caixas de ritmo, e muitas influências Sul-Americanas. A combinação de diversos estilos, ou géneros, enriqueceu musicalmente os temas tornando-os bastante consistentes.
"Limbo The Law" e "Sightsee M.C.!" são estrondosos, a vertente mais Rock aqui expressa. "C'mon Every Beatbox" e "V.Thirteen" foram os hits, "Sambadrome" e "Ticket" apresentam-se como os mais latinos. Os restantes são igualmente bons e tambem dignos de registo, cada um dentro das suas características que são mais que muitas.