domingo, 26 de janeiro de 2014

Making Movies - DIRE STRAITS


1 Tunnel of Love   8:11
2 Romeo and Juliet   6:01
3 Skateaway   6:40
4 Expresso Love   5:12
5 Hand in Hand   4:48
6 Solid Rock   3:27
7 Les Boys   4:08

A gravação do terceiro album de originais dos Dire Straits, Making Movies editado em 1980, ficou marcada pelo confronto de egos dos irmãos Knopfler que findou na saída de um inconformado David Knopfler, relevado como segunda Guitarra da banda, que tentou ainda, posteriormente, agarrar uma carreira a solo. Mark Knopfler assume de vez a liderança da banda, reduzida a trio, mantendo John Illsley no Baixo e Pick Withers na Bateria, e conseguindo ainda a participação de Roy Bittan, Teclista da E-Street Band de Bruce Springsteen, na gravação deste album. A Guitarra Ritmo de David Knopfler acabou assim por ser substítuida por Piano e Orgão, sendo mesmo o som de Orgão e Piano de Roy Bittan que nos introduz neste registo através do pequeno preâmbulo de “Tunnel of Love” com o tema “The Carousel Waltz” de Rodgers/Hammerstein II.
Making Movies é um registo de estilo predominantemente Rock, mais aberto e alegre que os dois álbuns anteriores dos Dire Straits na medida em que se manifesta no geral como um trabalho vigoroso, arejado e descontraído apesar (ou até por causa) do conflito inicial, com Mark Knopfler cada vez mais evidenciado como autor e como um Guitarrista completo. 
“Tunnel of Love” é um tema épico, integralmente pronto a figurar nos anais do Rock, assim como “Romeo and Juliet” é uma dinâmica balada pronta também ela a figurar nos anais do seu género. A destemida patinadora de “Skateaway” é acompanhada por Country-Rock com Roy Bittan a encher o pano de fundo, em “Expresso Love” há uma explosão de Rock’n Roll, “Hand in Hand” serve como um interregno racional e equilibrado e com  “Solid Rock” volta a sentir-se a solidez do registo. O cabaret de “Les Boys” fecha de forma corajosa um registo que se pode considerar como uma banda sonora dos pequenos filmes expostos neste Cd.          

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Outlandos D'Amour - POLICE


1 Next to You   2:50
2 So Lonely   4:49
3 Roxanne   3:12
4 Hole in My Life   4:52
5 Peanuts   3:58
6 Can't Stand Losing You   2:58
7 Truth Hits Everybody   2:53
8 Born in the 50's   3:40
9 Be My Girl - Sally   3:22
10 Masoko Tanga   5:40

Enérgicos, possantes, arrojados, e acima de tudo, determinados, ambiciosos, inteligentes e talentosos, os Police em 1978, ano de edição de “Outlandos d’Amour”, o primeiro álbum, destacavam-se sobejamente pela experiência individual que adquiriram anteriormente como músicos em diferentes projetos, em diferentes fases da vida. Ao invés de grande parte das bandas Punk que emergiam na altura, os três membros dos Police eram músicos conscientes que sabiam tocar e eram já um super-grupo, mesmo antes de o ser, dominado pelo forte egocentrismo dos seus três elementos. 
“Outlandos d’Amour” foi editado em pleno movimento Punk, com um piscar de olho da New Wave, tendo a experiente banda talento para combinar pequenos temas carregados de Rock’n Roll com a energia Punk que se soltava na atmosfera Londrina e adicionar-lhe ainda um cheirinho de Reggae, tudo combinado numa fórmula inteligente que o Trio gerou dentro das suas capacidades musicais através da frontalidade de Sting, da experiência de Andy Summers e da imponência rítmica de Stewart Copeland. O resultado é este irrequieto álbum, pleno de energia, em que Rock, Punk e Reggae se combinam magistralmente, incentivando tanto à dança como à rebelião, e acima de tudo este é o álbum de “Roxanne”, o Tango que deveras transformou a vida da banda, e de Sting. “So Lonely” e “Can’t Stand Losing You” viriam a tornar-se igualmente eternos; “Next To You”, “Hole In My Life” e “Truth Hits Everybody” são também merecedores de devido destaque.  


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Minute By Minute - DOOBIE BROTHERS


1 Here to Love You (M.McDonald)   4:01
2 What a Fool Believes (K.Loggins/M.McDonald)   3:45
3 Minute by Minute (L.Abrams/M.McDonald)   3:27
4 Dependin' on You (M.McDonald/P.Simmons)   3:50
5 Don't Stop to Watch the Wheels (J.Baxter/M.Ebert/P.Simmons)   3:25 
6 Open Your Eyes (L.Abrams/M.McDonald/P.Henderson)   3:18
7 Sweet Feelin' (P.Simmons/T.Templeman)   2:42
8 Steamer Lane Breakdown (P.Simmons)   3:25
9 You Never Change (P.Simmons)   3:29
10 How Do the Fools Survive? (M.McDonald/Carole B.Sager)   5:18

Com a edição de “Minute By Minute” em 1978, os Doobie Brothers reconheciam definitivamente Michael McDonald como o novo líder da banda e pela primeira vez num álbum dos Doobie, as Guitarras perdiam terreno para as Teclas. Michael McDonald assume maioritariamente a composição dos temas que preenchem este registo envolvendo os Doobie Brothers numa sonoridade mais Soul,  Funk, com bons arranjos de sopros e com o requinte de harmonias que ganham ainda mais expressão através de esplêndidos acompanhamentos Vocais. Como resultado final, o álbum teve um sucesso estrondoso tornando-se mesmo no maior sucesso dos Doobie Brothers e catapultou ainda mais o estatuto de supergrupo que já detinham. Apesar da polémica gerada à volta da liderança de Michael McDonald, instaurada pelos fãs mais antigos que não gostaram do facto de a banda ter perdido o som que a caraterizou na primeira metade da década de 70, os Doobie Brothers recolhiam louros do sucesso do álbum e dos temas de Michael McDonald, com o Single “What A Fool Believes” a destacar-se dos demais. Sendo claramente manifesto o novo som da banda, ao longo de todo este trabalho encontram-se ainda assim momentos dignos de figurar nos trabalhos anteriores da banda com as Guitarras a evidenciarem-se em “Don’t Stop to Watch the Wheels”, onde reaparece Tom Johnston na liderança vocal, e no instrumental Bluegrass “Steamer Lane Breakdown”, assim como em temas moderados como “Dependin’ on You” e “Sweet Feelin’”. Para acabar, “How Do the Fools Survive?” fecha de forma distinta com um inspirado solo de Guitarra.
Tal como o próprio título indica é um álbum digno de saborear “Minute By Minute”.    

sábado, 4 de janeiro de 2014

Nocturne - SIOUXSIE AND THE BANSHEES - LP 02

Side A
1 Slowdive   4:02
2 Painted Bird   4:19
3 Happy House   4:12
4 Switch   7:00
  Side B
1 Spellbound   3:21
2 Helter Skelter (J.Lennon/P.McCartney)   3:41
3 Eve White/Eve Black   2:46
4 Voodoo Dolly   8:47

Apesar de a banda apresentar em 1983 um som mais requintado, no segundo vinyl desta dupla edição notam-se momentos bastante intensos e experimentais e sente-se inclusive o êxtase de Siouxsie And The Banshees a crescer à medida que o final do show se aproxima e a banda se vai soltando. Um dos momentos mais intensos encontra-se na versão de “Helter Skelter” dos Beatles, que se enquadra na perfeição dentro dos cânones Punk que definem as origens de Siouxsie Sioux e do seu coletivo Britânico. E é mesmo o carisma de Siouxsie que mais acaba por cativar através da energia da sua hipnótica figura refletida nas dinâmicas interpretações em que temas como “The Switch” e “Voodoo Dolly” ganham vida. Os restantes parceiros são igualmente relevantes para o resultado final deste concerto, a respeitável e atenta figura de Steven Severin no Baixo ou a singular percussão de Budgie, outra das imagens de marca da banda, e a não esquecer aqui que a repescada presença de Robert Smith em palco como Guitarrista é de levar em conta pela oportunidade de o apanhar enquadrado musicalmente num ambiente “diferente” dos seu Cure.       
Como qualquer registo ao vivo este álbum resulta da digressão de um álbum, “A Kiss In The Dream House” neste caso, mas pelo alinhamento passam importantes temas relativos aos quatro trabalhos antecedentes como: a estética minimalista de “Slowdive”, a riqueza Rock de “Painted Bird, a importância relevante de “Happy House” ou a bipolaridade de “Eve White/Eve Black”.