quinta-feira, 27 de junho de 2019

Paradise Theater - STYX


Side A
1 A.D. 1928   1:07
2 Rockin' The Paradise   3:54  
3 Too Much Time On My Hands   4:31
4 Nothing Ever Goes As Planned   4:46
5 The Best Of Times   4:17
Side B
1 Lonely People   4:38
2 She Cares   4:18
3 Snowblind   4:58
4 Half-Penny, Two-Penny   4:34
5 A.D.1958   2:31
6 State Street Sadie   0:27    

No final de 1980 os norte americanos Styx editavam o seu décimo álbum original sob o título "Paradise Theatre", um registo ainda datado pelo rock mais kitsch da década de 70, extremamente polido, cuja genuinidade se perde na procura de demasiada perfeição. Uma produção detalhada, com harmonias vocais orelhudas e grandes arranjos para melodias funcionais, que define um registo ainda proveniente das origens do art rock, pleno de emoção teatral, que no fundo é um álbum concetual cujas histórias decorrem à volta de um velho teatro de Chicago erigido em 1928 e demolido em 1958. O estilo perduraria ainda durante cerca de mais meia década nas mãos de músicos talentosos mas cingido cada vez mais para o mercado FM norte-americano. Os momentos mais interessantes deste registo encontram-se nas variações de estilo de "Nothing Ever Goes As Planned" e no quase hard rock de "Snowblind" e "Half-Penny, Two-Penny". Em algumas edições norte-americanas é possível encontrar a edição em vinil com o logotipo da banda gravado a laser sobre as estrias lado B.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Long Distance Voyager - MOODY BLUES


Side A
1 The Voice   5:11
2 Talking Out Of Turn   7:17
3 Gemini Dream   4:06
4 In My World   7:18
Side B
1 Meanwhile   4:05
2 22.000 Days   5:28
3 Nervous   5:42
4 Painted Smile   3:20
5 Reflective Smile   0:36
6 Veteran Cosmic Rocker   3:07  

Em 1981 uma boa parte das bandas clássicas mais associadas ao movimento rock progressivo, também denominado de rock sinfónico, já tinham perdido a sua forte expressividade mas os britânicos Moody Blues não se sentiam intimidados pelas novas correntes e persistiam com a edição do seu décimo primeiro registo de estúdio sob o título Long Distance Voyager. Os Moody Blues surgem aqui de forma atrevida com a beleza distante de um registo que enfrenta de forma natural uma nova época com uma sonoridade pop/rock consciente e trabalhada. Sem nada a provar perante a nova geração, herdeira do movimento punk, apresentam nove músicas originais categorizadas por um rock amadurecido. Uma inegável capacidade técnica de execução e composição molda um belíssimo trabalho pleno de peças detalhadas e ricas em harmonias. O registo é mesmo dominado pela harmonia cativante e pela então atualidade musical de "Gemini Dream" e "22.000 Days" mas é o primeiro lado da edição em vinil que se destaca como um todo pela sua quase perfeição enquanto o segundo lado quebra um pouco ao expor-se a dinâmicas mais acústicas e finalizar com uma curiosa composição teatral, em tríade, escrita por Ray Thomas. 

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Fugazi - MARILLION - CD02


1 Cinderella Search (12" Version)   5:29
2 Assassing (Alternate Mix)   7:38
3 Three Boats Down From The Candy   3:58   
4 Punch & Judy (Demo)   3:47
5 She Chameleon (Demo)   6:32   
6 Emerald Lies (Demo)   5:29
7 Incubus (Demo)   8:09

O cd que complementa a dupla edição remasterizada de Fugazi, em 1998, centra-se em dois lados B de singles e em demos de algumas das versões originais do álbum de 1984. A admirável versão de estúdio de "Cinderella Search", perfeitamente capaz de de pertencer ao alinhamento de qualquer um dos álbuns desta fase dos Marillion, foi apenas editada como o lado b do single "Assassing" enquanto "Three Boats Down From The Candy" foi inicialmente editado como lado b do single "Market Square Heroes", o primeiro registo oficial da banda em 1982, tendo sido regravado nas sessões de Fugazi e aqui incluído como curiosidade. "Assassing" reaparece com uma mistura alternativa em que a parte rítmica é mais evidenciada a partir dos solos enquanto o resto da edição é preenchida com quatro demos que mostram como "Punch & Judy", "She Chameleon", "Emerald Lies" e "Incubus" soavam antes de passarem à fase final. Versões a crú, ásperas mas já muito próximas da versão final, que testemunham a evolução do processo sendo possível perceber que "Emerald Lies" foi a música que mais alterações/arranjos sofreu. Assim se conclui um álbum cujo processo de gravação foi bastante confuso e turbulento sendo daí que o conceito fugazi se encaixa no título, um termo utilizado pelos militares na guerra do vietnam para definir alguém que estava completamente alienado.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Fugazi - MARILLION - CD01


1 Assassing   7:01
2 Punch & Judy   3:16
3 Jigsaw   6:44      
Emerald Lies   5:06
5 She Chameleon   6:50   
6 Incubus   8:28   
7 Fugazi   8:10         

Edição remasterizada, editada em 1998 em formato cd duplo, acompanhada de um libreto de 28 páginas que contêm as letras de todas as músicas e algumas curiosidades nas memórias de Fish (vocalista), Simon Hanhart (produtor), Mark Wilkinson (autor da capa) e Mark Kelly (teclista). O primeiro cd apresenta o álbum original enquanto o segundo contêm raridades e demos de algumas das versões originais. 
Editado originalmente em 1984, Fugazi manifesta-se como um registo vigoroso, intensamente dramático e irrequieto, em que se percebe o quão exigente era o detalhe de composição dos britânicos Marillion. A temática do álbum incide no extremismo da relação homem/mulher e assim se entende como o registo se conclui numa intensidade progressiva que balanceia entre a melodia e a aspereza, tanto a nível lírico como musical. O dinamismo técnico de toda a banda é notável e irrepreensível ao longo de uma mistura em que a riqueza pormenorizada dos detalhes técnicos é perfeitamente audível. "Assassing" e "Incubus" estão certamente entre as melhores composições dos Marillion com Fish na voz e os vários andamentos de "Fugazi" tornam-na muito provavelmente na música mais progressiva da banda. Sem tanto destaque mas igualmente de eleição estão "Emerald Lies" e "She Chameleon".