quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

The Man From Utopia - FRANK ZAPPA


1 Cocaine Decisions 3:54
2 Sex 3:43
3 Tink Walks Amok 3:38
4 The Radio Is Broken 5:51
5 We Are Not Alone 3:18
6 The Dangerous Kitchen 2:51
7 The Man from Utopia Meets Mary Lou (Medley) (Jessi, Woods, Woods) 3:18
8 Stick Together 3:18
9 The Jazz Discharge Party Hats 4:28
10 Luigi and The Wise Guys 3:24
11 Moggio 2:37

The Man From Utopia, editado originalmente em 1983, apresenta-nos Frank Zappa numa forma extraordinariamente genial, louca e incontrolável. Como um autêntico Man From Utopia Zappa, e toda a sua seita da altura, deambula pelo seu Mundo, composto, arranjado e executado sob a sua égide, recheado de muito humor e satirismo quanto baste. Tudo dentro dos parâmetros habituais, portanto.
Neste trabalho as peças vocais dominam e encontramos desde o mais tradicional doo-wop até vocalizações bastante complexas dentro da linhagem mais Jazzística e contemporânea onde os temas "The Radio Is Broken", "The Dangerous Kitchen" e "The Jazz Discharge Party Hats" são a evidência desse momento de coragem onde Zappa e um jovem Steve Vai, em Impossible Guitar Parts, se destacam num entrosamento excitante de Voz e Guitarra em uníssono. No restante encontramos a qualidade de arranjos, e execução, a que Zappa sempre nos habituou passando por variados estilos desde o Rock mais pesado ou um cheirinho de Reggae tudo regado com boa casta.
Um ponto bastante interessante nesta edição em Cd da Rykodisc é o fato de ser bastante diferente da original em vinyl, o alinhamento está alterado e até inclui um tema ausente dessa edição, "Luigi And The Wise Guys". Encontramos ainda remisturas mais longas e mais minuciosas. Mesmo para quem conhecer bem a edição original em vynil vai ter nesta edição em Cd a sensação de uma primeira audição dado haverem por aqui bastantes pormenores novos.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Script For A Jester's Tear - MARILLION


1 Script For A Jester's Tear 8:39
2 He Knows You Know 5:22
3 The Web 8:48
4 Garden Party 7:15
5 Chelsea Monday 8:16
6 Forgotten Sons 8:21

Herdeiros do requinte britânico com que outras bandas nos habituou nos anos 70, nomeadamente os Genesis da fase Peter Gabriel, os Marillion conseguem com este trabalho, o seu primeiro album, editado em 1983, revelar-se como dignos sucessores de um género que em ínicios dos anos 80 parecia já remetido ao passado sem grande influência para as novas bandas, e estilos, que iam surgindo entretanto. Os Marillion assumiam uma postura corajosa dentro de um estilo progressivo que passou a ser considerado complexo, cansativo e inteletual. As audiências entretanto passaram a preferir músicas curtas, mais diretas, e suficientemente ritmadas para dançar enquanto os Marillion se preocupavam em criar música mais elaborada, com vários andamentos e passagens que tornavam as suas músicas muito longas. Em resumo os Marillion tinham gosto em criar música sincera para quem soubesse apreciar e entender o género, sem se preocupar com modas ou com que direção seguir para alcançar um lugar no Top.
É de uma forma bastante delicada, e teatralmente pronunciada, que Fish nos introduz no album com o tema "Script For A Jester's Tear". As sucessivas mudanças de andamento vão ocorrendo ao longo da música concluindo num final ambíguo. "He Knows You Know" tem uma belíssima introdução de Guitarra por Steve Rothery e o tema mergulha num fantástico ambiente suportado pelos Teclados de Mark Kelly, e é um dos pontos mais fortes deste album. No consistente "The Web" encontra-se o momento que melhor demonstra a herança compositiva dos Genesis e no acentuado "Garden Party" nota-se mais uma vez a preponderância dos Teclados de Mark Kelly. Em "Chelsea Monday" é o Baixo de Pete Trewavas que começa por impor o andamento do tema mas logo se percebe ser Steve Rothery quem se apodera dele com a sua Guitarra Elétrica, ora melodiosa, ora gritante. A concluir está "Forgotten Sons" que demonstra ser o fecho perfeito para o trabalho de estreia dos Marillion assumindo-se como uma peça fundamental onde a teatralidade de Fish se volta a evidenciar através deste tema crítico, anti-guerra, e onde todo o trabalho técnico de banda se conjuga na perfeição. Como curiosidade, na introdução deste último tema há uma sintonização de postos de rádio e numa delas ouve-se a passagem do Single de estreia da banda, não incluído no album, "Market Square Heroes". Tambem de referir que este foi o único album da banda com a participação do Baterista Mick Pointer.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Death By Sexy - EAGLES OF DEATH METAL


1 I Want You So Hard (Boy's Bad News) 2:21
2 I Gotta Feeling (Just Nineteen) 3:30
3 Cherry Cola 3:17
4 I Like To Move In The Night 3:59
5 Solid Gold 4:20
6 Don't Speak ( I Came To A Bang!) 2:47
7 Keep Your Head Up 2:27
8 The Ballad Of Queen Bee and BabyDuck 1:59
9 Poor Doggie 3:16
10 Chase The Devil 3:02
11 Eagles Goth 1:59
12 Shasta Beast 2:26
13 Bag O' Miracles 2:19

Eis outro dos projetos "associados" aos Queens Of The Stone Age e às famosas Desert Sessions onde se juntam uma série de músicos, e amigos, prontos a desfrutar de um bom momento e criar bom Rock 'n Roll talhado no deserto. Os Eagles Of Death Metal são essencialmente um duo constítuido por Jeff "The Devil" Hughes, que toca Guitarra e canta, e Josh Homme, que tambem é conhecido por aqui como Baby Duck ou Carlo Von Sexron, que nesta banda se divide pelo Baixo, Piano, Produção e às vezes até pela Bateria. Neste album pontuam ainda nomes como Jack Black, Mark Lanegan, Joey Castillo ou Troy Van Leeuwen que ajudam a compor a coisa da melhor forma. Quase que se pode considerar este projeto paralelo, assim como todos os outros semelhantes, como que uma descompressão do projeto principal não deixando no entanto de ser impressionante a produtividade e quantidade de sumo que se consegue extrair destas sessões sem que se possa dizer ser um mau trabalho.
"Death By Sexy", Cd editado em 2006, encontra-se recheado de Riffs de Guitarra com bastos vestígios dos anos 70 e reminiscências dos Rolling Stones, The Who e até de Gary Glitter. Um Rock potente, muito bem delineado, de inspirações clássicas feito com a mestria de quem o faz por gosto e com boa disposição. Desde o Rock aguerrido de "Don't Speak", o Rockabilly de "Chase The Devil", o exuberante e divertido "Solid Gold", o Gótico empoeirado de "Eagles Goth" até ao Folk-Country de "Bag O'Miracles" os Eagles Of Death Metal são de fato um bom projeto de Rock Americano, mas de Death Metal só mesmo o nome.