domingo, 24 de fevereiro de 2013

Violator - DEPECHE MODE


1 World In My Eyes   4:26
2 Sweetest Perfection   4:41
3 Personal Jesus   4:54
4 Halo   4:28
5 Waiting For The Night   6:06
6 Enjoy The Silence   6:13
7 Policy Of Truth   4:52
8 Blue Dress   5:40
9 Clean   5:30

Os Depeche Mode conseguiram resistir à tendência mais comercial da Pop Eletrónica dos anos 80, valor esse reforçado ao longo dessa mesma década através da imagem independente e pelo desprezo com que a banda enfrentava o mainstream. Em Violator, álbum gravado em 1989 e editado em 1990, a banda mostrava que tinha crescido imenso, ultrapassando o pretendido, e consegue até sentir-se algum amadurecimento da formação Britânica. A presença de instrumentos analógicos, Guitarra Elétrica e Bateria, denotam mesmo alguma inovação numa formação que habitualmente só utilizava Sintetizadores.
E é apenas com Sintetizadores que entramos no álbum através do sugestivo “World In My Eyes”, um tema eletrónico ao melhor estilo do quarteto. Em “Sweet Perfection” são introduzidos a Bateria de Alan Wilder e a Guitarra Elétrica de Martin Gore num momento mais Rock imediatamente personalizado pelo poderoso Hit “Personal Jesus”. O interregno de “Waiting For The Night é dominado sequecialmente por Arpejos preparando o terreno para os poderosos Hits “Enjoy The Silence”, “Policy Of Truth” e até ao final há ainda a intensidade de “Clean”.
A Eletrónica continua a ser o elemento dominante como sempre, Andrew Fletcher não larga os Sintetizadores, mas existe uma evidente e vigorosa piscadela de olho ao Rock. Em Violator os Depeche Mode despedem-se dos anos 80 e preparam-se para abraçar os anos 90. Simultaneamente David Gahan, cada vez mais sólido como figura de proa da banda, apresentava também, cada vez mais, problemas….

domingo, 17 de fevereiro de 2013

OK Computer - RADIOHEAD

1 Airbag 4:44
2 Paranoid Android 6:23
3 Subterranean Homesick Alien 4:27
4 Exit Music (For a Film) 4:24
5 Let Down 4:59
6 Karma Police 4:21
7 Fitter Happier 1:57
8 Electioneering 3:50
9 Climbing Up the Walls 4:45
10 No Surprises 3:48
11 Lucky 4:19
12 The Tourist 5:24

Há álbuns que nos conquistam através do perfeito entrosamento das canções que o completam e Ok Computer é um desses álbuns. Editado originalmente em 1997, o terceiro álbum oficial dos britânicos Radiohead consegue fundir-se num registo íntegro e uno após um ano de pesquisa e experimentação em estúdio, que no final se revela como um trabalho inovador e frutífero face à sua notória influência nos mais variados álbuns que lhe sucederam. Os Radiohead fizeram sempre questão de marcar diferença em relação às demais bandas e conseguem-no principalmente pela atitude anti-estrela num mundo Pop em que muitos apenas pretendem sentir o sabor da fama e depois viver à sombra desse estatuto. Os Radiohead apresentam-se neste registo como uma banda que se preocupou com o processo de construção das músicas, não digo que tenham ido em busca do disco perfeito pois tal não existe e a existir não será certamente premeditado. Os doze temas estão exemplarmente trabalhados e arranjados pelo que se pode considerar Ok Computer como um álbum concetual pela riqueza harmoniosa da obra, não havendo por isso lugar a destaques e tendo por ideal o álbum como um todo. Ok Computer pode ainda ser visto como uma afirmação da aceitação definitiva da utilização do computador como modo de gravação e edição de música... “audio fixing and dubbing done at mayfair, abbey road, air Lyndhurst, courtyard and the church using the wonders of a digital and analogue age.”

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Voices - MIKE STERN

1 One World 6:25
2 The River (R.Bona/M.Stern) 6:29
3 Slow Change 7:15
4 Wishing Well 6:12
5 Still There 7:33
6 Spirit 6:38
7 What Might Have Been 5:33
8 Leni's Smile 5:33
9 Way Out East 7:05

Ao contrário do habitual, o Guitarrista-Elétrico Mike Stern aborda, neste trabalho, Vozes sob a forma de harmonia e como principal complemento das suas composições originais. Editado em 2001, “Voices” acaba assim pro aproximar-se mais do género World Music do que do Jazz elétrico em que Mike Stern normalmente se enquadra. Sem ser apontado como um trabalho menor é no entanto um álbum perfeitamente acessível ao tipo de ouvinte que não se identifica muito com a complexidade do Jazz. Encontra-se aqui um trabalho bastante harmonioso, fácil de seguir, que não se embrenha em momentos que possam parecer complicados ou inacessíveis para quem não esteja habituado ao género. Este álbum pode afirmar-se inclusive como uma boa oportunidade para se começar a entrar suavemente no universo de Mike Stern.
Como é costume nos álbuns de Mike Stern a participação de músicos é de excelência e neste registo aparecem os nomes de: Richard Bona nas Vozes e Baixo, Michael Brecker e Bob Franceschini no Saxofone, Dennis Chambers e Vinnie Colaiuta na Bateria, Chris Minh Doky em Baixo Acústico, Lincoln Gaines no Baixo Elétrico, Jon Herigton na Guitarra Ritmo, Arto Tuncboyaciyan nas Percussões e como principais Vozes do álbum aparecem Philip Hamilton e Elizabeth Kontomanou. Participação ainda de Jim Beard que acumula por aqui as funções de Teclista e Produtor do álbum, sendo para além de Mike Stern o único elemento a marcar presença em todos os temas.
Entre os nove temas originais compostos por Mike Stern destaque para aqueles que mais se aproximam da fronteira do Jazz como o dinâmico “Slow Change”, a balada “Still There” que é o único tema do Cd em que as Vozes não aparecem e o arrojado tema final “Way Out East” com a participação de Michael Brecker. Referência ainda para o contagiante “Spirit”, um tema que fica facilmente no ouvido.