domingo, 25 de setembro de 2011

Epiphany: The Best Of CHAKA KHAN volume one


1 Ain't Nobody (Wolinski) 4:41
2 Papillon (aka Hot Butterfly) (Diamond) 4:08
3 Tell Me Something Good (Wonder) 3:35
4 I Feel for You (Prince) 5:46
5 I Know You, I Live You (Khan, Mardin) 4:28
6 I'm Every Woman (Ashford, Simpson) 4:08
7 Love Me Still (Hornsby, Khan) 3:28
8 The End of a Love Affair (Redding) 5:13
9 And the Melody Still LingersOn (A Night in Tunisia) (Gillespie, Khan, Mardin, Paparelli) 5:00
10 Through the Fire (Foster, Keane, Keene, Weil) 4:47
11 What Cha' Gonna Do for Me (Doheny, Stuart) 3:53
12 Everywhere (McVie) 4:52
13 Never Miss the Water (DeVeaux, Mole) 4:46
14 Somethin' Deep (Crouch, Jones, Khan) 4:58
15 Your Love Is All I Know (Friedman, Rich, Walker) 4:35
16 Every Little Thing (DeVeaux, Gamson, Khan, Thomas) 5:12

Epiphany revisita os melhores momentos da carreira de Chaka Khan começando pelo primeiro album a solo, editado em 1978, intercalando com o album gravado ao vivo com a antiga banda Rufus em 1983, e conclui à data de edição deste Cd, 1996, em que gravou, e incluiu ainda neste registo, cinco novos temas. Eis uma viagem por uma carreira em que Chaka Khan passou pelo R&B, Soul, algum Disco, um toque de Jazz e o sucesso Pop.
Chaka Khan chegou ao mundo da música em 1974 como vocalista da banda Rufus e os temas "Ain´t Nobody" e "Tell Me Something Good", escrito por Stevie Wonder para Khan, são os dois escolhidos do album gravado ao vivo com a banda em 1983 e que bem demostram a força que esta banda possuía. Em 1978 Chaka Khan editava o seu primeiro trabalho a solo de onde se destacaria o sucesso "I'm Every Woman", escrito para Khan pela famosa dupla Ashford & Simpson, em que, juntamente com "Papillon" do seu segundo trabalho a solo, experimenta um arranjo Disco. É já em plenos anos 80 que conhece o seu maior sucesso ao levar emprestado "I Feel For You", original de Prince, transformando o tema num grande Hit da Pop, com o Hip Hop a querer despontar já aqui, e com a participação de Stevie Wonder em Harmónica. Do album I Feel For You saiu ainda a bonita balada "Through The Fire" que tem o toque mágico de David Foster. Em duo com o Pianista Bruce Hornsby interpreta "Love Me Still", escrito pelo próprio para a banda sonora de Clockers um filme realizado por Spike Lee, e os dois momentos mais Jazzy deste Cd são "The End Of A Love Affair", que Billie Holliday interpretou em Lady In Satin, e um excelente novo arranjo para o clássico "Night In Tunisia", aqui re-intitulado "And The Melody Still Lingers On" em jeito de homenagem, com solo de Dizzie Gillespie incluído. George Benson contribui com um pequeno solo de Guitarra e algum Scatt no tema de Billie Holliday.
Restam os cinco temas inéditos em que se inclui a versão de "Everywhere", um original dos Fleetwood Mac, um grande Groove em "Never Miss The Water" em que a participação de Me'Shell Ndegéocello no Baixo e Voz é preponderante, o lento Funky à La George Clinton / Prince de "Somethin' Deep" com solo de Sax-Alto de Derrick Edmondson, a balada R&B "Your Love Is All I Know" e o R&B mais ritmado de "Every Little Thing" que encerra este Cd.
Uma pequena chamada de atenção para o fato desta coletânea apresentar a designação "volume one" mas no entanto nunca foi editado nenhum volume two.

sábado, 10 de setembro de 2011

Permanent Revolutions - MORE REPUBLICA MASONICA


1 Random Acts Of Love 4:28
2 The Time When Anything Is Possible 3:36
3 Disco Life 3:54
4 In Hunter's Land 4:23
5 Games We Play 4:11
6 ( She's A) Lonely Revolution 5:41
7 Sugar & Gasoline 3:59
8 Center Of Universe 4:36
9 Sleepwalker 2:43
10 (The Love For) Lost Causes 3:08
11 Acess To Beauty 5:16
12 Burning Cities 6:08

O panorama do Rock Português têm sido desde os finais da década de 80 bastante prolífero em bandas de qualidade mas poucas são as que conseguem singrar mercê da escassa divulgação, ou projeção comercial, devido à falta de aposta em material novo e na insistência de playlists de radio que repetem diariamente as mesmas músicas mercê de um rídiculo critério de promoção. Em consequência este tipo de bandas só chega aos meios que sabem onde procurar e encontrar este tipo de som, nomeadamente em concertos, ditos underground, ou através do passa-palavra, e atualmente nada melhor do que a Internet como principal meio de divulgação. O contra da Internet é que a informação disponível é tanta que é preciso saber filtrá-la de forma a conseguir apanhar a melhor e mais fiável. Em suma estes são parâmetros que definem, por norma, as chamadas bandas de culto e normalmente é aqui que se apanha material do melhor e mais criativo.
Os More República Masónica reúnem, desde 1988, estas carateristicas e pode-se afirmar que foram uma das "vítimas" deste tipo de situação sendo mesmo um dos projetos que mais poderia ter rendido ao Rock feito em Terras Lusas, mesmo assim conseguiram deixar um legado de cinco albuns de originais para a posterioridade, dos quais este Cd "Permanent Revolutions" que encerrou oficialmente o capítulo em 2003, e foi assim que mais uma boa banda Portuguesa passou praticamente despercebida à nação.
Caraterizo o Rock dos More República Masónica como sendo expansivo, não tendo uma sonoridade original mas as Guitarras criam uma atmosfera sónica, muito rica em harmonias, em permanente comunicação e evolução traçando uma linhagem sonora envolvente onde a Voz de Paulo Coelho, que é tambem o Guitarrista, paira naturalmente. Neste album há tambem algum trabalho de Teclados que adiciona ao registo alguma atmosfera Gótica e até mesmo algum Psicadelismo, de notar ainda a aparição de uma Sítara em "Random Acts Of Love", "Center Of The Universe" e "Burning Cities", tocada por Luís Simões. São doze temas para descobrir e redescobrir a cada nova audição, e a primeira audição não é fácil nem conclusiva acabando por ser estranha e até misteriosa, algo está oculto e à medida que se vai penetrando no album vão-se denunciando as suas entranhas e o trabalho vai-se revelando.
Nos temas; "The Time When Anything Is Possible" encontra-se entre os Joy Division e os Sonic Youth, "In Hunter's Land" revela-se um bom tema de génese Gótica, "Center Of Universe" é explosivo e ao mesmo tempo controlado e previdente, "Lost Causes" é irrequieto e o momento mais intenso do album, e no final um hipnótico "Burning Cities" esconde algum misticismo Asiático. Estes são temas urgentes que devem singrar no patrimónimo musical Português.
Como conclusão ao primeiro parágrafo há que dizer que este album foi gravado em Janeiro de 2002 mas só viu a luz do dia no ano seguinte e num lançamento conjunto com o então jornal Blitz.