quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Getting Sentimental - BILL EVANS


1 I Should Care (S. Cahn / A. Stordahl / P. Weston)   4:56
2 How My Heart Sings (E. Zindars)   5:15
3 Gary's Theme (G. McFarland)   4:46
4 I'm Getting Sentimental Over You (G. Bassman / N. Washington)   4:42
5 Quiet Now (D. Zeitlin)   5:31
6 Re: Person I Knew (B. Evans)   4:56
7 The Peacocks (J. Rowles)   6:10
8 Emily (J. Mandel /  J. Mercer)   4:56
9 Song From M*A*S*H* (Suicide Is Painless) (J. Mandel / M. Altman)   4:49
10 Turn Out The Stars (B. Evans)   5:09
11 When I Fall In Love (V. Young / E. Heyman)   4:17
12 In Your Own Sweet Way (D. Brubeck)   6:13
13 But Beautiful (J. Van Heusen / J. Burke)   5:32
14 I Love You (C. Porter)   5:08

Gravado ao vivo no Village Vanguard, Nova Iorque, a 15 de Janeiro de 1978, este registo pertence à coleção pessoal de Mike Harris, um fã de Bill Evans que com alguma regularidade assistia e gravava em fita, sempre com autorização local, os concertos do Pianista no mítico clube. Esta gravação surge oficialmente ao público vinte e cinco anos após a sua gravação com o intento de partilhar momentos que serão mais direcionados para fãs atentos de Bill Evans. O principal motivo de interesse/curiosidade nesta sessão, para além de ser uma rara oportunidade de ouvir esta formação, assenta no facto desta atuação corresponder precisamente à noite em que o Contrabaixista Michael Moore prestava provas perante Bill Evans que procurava então um sucessor para Eddie Gomez. Michael Moore passou a prova mas apenas ficou com Evans durante seis meses não aguentando a pressão emocional de estar tão perto de tal personalidade que também evidenciava uma nova abordagem musical, Evans estava a tocar mais rápido e de forma mais complexa. 
Sendo uma gravação pessoal, captada no meio ambiente da sala, não se pode daqui esperar uma grande qualidade sonora mas mesmo assim apresenta-se uma gravação bastante satisfatória apenas com o senão de se ouvir a Bateria de Philly Joe Jones um pouco acima do resto o que evidencia que muito provavelmente Mike Harris terá captado a banda estando situado muito perto da Bateria mas este pormenor não compromete o registo, que acaba por ser histórico.        

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Phenix - CANNONBALL ADDERLEY


1 Hi-Fly (R. Weston)   6:04
2 Work Song (N. Adderley)   6:28
3 Sack O' Woe (J. Adderley)   5:06
4 Jive Samba (N. Adderley)   5:19
5 This Here (B. Timmons)   7:12
6 The Sidewalks Of New York (J. Blake / C. Lawlor)   5:37
7 Hamba Nami (J. Adderley)   5:24
8 Domination (J. Adderley)   6:55
9 74 Miles Away (J. Zawinul)   5:58
10 Country Preacher (J. Zawinul)   4:26
11 Stars Fell On Alabama (M. Parish / F. Perkins)   5:48
12 Walk Tall / Mercy, Mercy, Mercy (J. Zawinul / "Queen" E. Marrow / J. Rein / J. Zawinul)   7:28   

Editado originalmente em Abril de 1975, o registo Phenix recupera doze dos melhores temas do Saxofonista norte-americano Julian "Cannonball" Adderley e do seu irmão o Trompetista Nat Adderley. Baseando-se na fábula da mitológica ave Egípcia Phoenix, que morria ao fim de centenas de anos para depois renascer das suas próprias cinzas, os irmãos Adderley reabilitaram o seu próprio repertório atribuindo-lhe uma nova roupagem e um espírito mais atual para o qual utilizaram a secção rítmica dos primeiros tempos, Sam Jones no Baixo e Louis Hayes na Bateria, na primeira parte do álbum e a secção rítmica que os acompanhava nesta altura, Walter Booker no Baixo e Roy McCurdy na Bateria, na segunda parte. Foram ainda adicionadas as prestações de George Duke e Mike Wolff nos Teclados e Sintetizadores e Airto Moreira nas Percussões. 
É um trabalho muito bem conseguido. A atualização de repertório foi extremamente bem sucedida conseguindo manter o brio original das peças mas imbuído-as de uma nova frescura com Soul, Samba, Funk e Blues, não caindo na habitual tentação, à época, de tornar a sonoridade mais comercial. A exemplar sonoridade dos irmãos Adderley está ao melhor nível e as prestações de George Duke e Airto Moreira caraterizam fortemente esta revitalização. Ironicamente, sendo uma retrospetiva (atualizada) de carreira, Phenix foi o último trabalho que Cannonball Adderley finalizou em estúdio pois viria a falecer poucos meses depois desta edição.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

In Japan - JOE HENDERSON


1 'Round Midnight (T. Monk)   12:35
2 Out 'n' In   9:03
3 Blue Bossa (K. Dorham)   8:25
4 Junk Blues   14:46

Jazz em ebulição! 
A garra captada nesta gravação feita ao vivo em 1971 no Junk Club em Tóquio, Japão, mostra um imparável Joe Henderson em grande forma acompanhado por um trio local. Numa altura em que o Jazz perdia alguma da sua importância no continente de origem o Saxofonista norte-americano Joe Henderson foi tocar ao Japão a convite de músicos locais onde encontrou um novo público, plenamente conhecedor da sua obra e ávido de Jazz, a que Henderson correspondeu com a inspirada prestação captada neste registo. O trio nipónico que escolta Henderson nesta sessão, onde se destaca o Pianista Hideo Ichikawa, está à altura do pretendido e apoia de forma competente o Saxofonista norte-americano na entrega de quatro interpretações de grande nível através dos clássicos "'Round Midnight" e "Blue Bossa" assim como duas enérgicas obras originais de Joe Henderson, "Out 'n' In" e "Junk Blues". E se os dois clássicos sobrevivem como peças standard os dois registos originais sobressaem claramente como intensos momentos de improvisação, velocidade e audácia do quarteto.