domingo, 13 de novembro de 2011

Return To Cookie Mountain - TV ON THE RADIO


1 I Was a Lover 4:21
2 Hours 3:55
3 Province 4:37
4 Playhouses 5:11
5 Wolf Like Me 4:39
6 A Method 4:25
7 Let the Devil In 4:27
8 Dirtywhirl 4:15
9 Blues from Down Here 5:17
10 Tonight 6:53
11 Wash the Day 8:08

Sente-se alguma frescura ao ouvir Return To Cookie Mountain, o segundo album dos Tv On The Radio, editado em 2006. Numa evidente miscelânea de influências a banda nascida em Brooklyn na aurora do século XXI parece ter imbuido muito do que se fez no século anterior acabando por juntar todas as peças e criar algo que está entre a originalidade e um resumo da herança Pop/Rock, mas os séculos separam-se por barreiras temporais e nos Tv On The Radio não parecem existir barreiras de qualquer espécie. O denunciado trabalho de estúdio revela uma sessão de antropologia Pop/Rock não convencional onde a mistura de cheiros, sons e cores resulta numa estrutura musical alicerçada em géneros que se coadunam bem e concluem com mestria um bom album. Um dos grandes, e cativantes, pormenores a reter neste album é o mágico trabalho de vozes, constantemente enigmáticas e encantadoras.
A utilização de Samplers é evidente logo desde o início com "I Was A Lover", alguma Pop mais convencional surge em "Hours", e em "Province" surge a voz de David Bowie, proclamado fã da banda. Uma intensidade cadenciada domina "Playhouses" para dar vez à sonoridade sónica de "Wolf Like Me" seguida da infantil "A Method" que recorda as composições de Syd Barrett para os Pink Floyd primordiais. "Let The Devil In" é ao mesmo tempo gritante e tribal, "Dirtywhirl" é um grande momento Pop e em "Blues From Down Here" encontramos uma expressividade impressionante. "Tonight" revolve-se em algum experimentalismo para o Cd concluir num canto de rendenção intitulado "Wash The Day".
Oriundos de Brooklyn, New York, onde tudo se passa, tudo se encontra e tudo se mistura, eles bem o demonstram.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Graffiti Bridge - PRINCE


1 Can't Stop This Feeling I Got 4:24
2 New Power Generation 3:39
3 Release It (Prince, Seacer) 3:54
4 The Question Of U 4:00
5 Elephants And Flowers 3:54
6 Round And Round 3:55
7 We Can Funk (Clinton, Prince) 5:28
8 Joy In Repetition 4:53
9 Love Machine ( Day, Prince, Seacer) 3:34
10 Tick, Tick, Bang 3:30
11 Shake! 4:01
12 Thieves In The Temple 3:20
13 The Latest Fashion 4:02
14 Melody Cool 3:39
15 Still Would Stand All Time 5:23
16 Graffiti Bridge 3:51
17 New Power Generation, Pt.2 2:57

O album Graffiti Bridge, editado em 1990, foi criado por Prince como banda sonora para o filme do mesmo nome realizado e interpretado tambem por Prince. Graffiti Bridge é tambem uma sequela do primeiro filme de Prince "Purple Rain". Tal como as experiências similares anteriores o filme fracassou mas a banda sonora é de registar.
Em mais um album de alto nível, tal como Prince nos habituou, todos os temas tem a sua assinatura e há até algumas parcerias e muitas participações, nomeadamente da banda The Time, que já aparecia em Purple Rain, e que executa três dos temas aqui presentes, "Release It", "Love Machine" e "Shake!", George Clinton, um dos Reis do Funk, que assina parceria e execução em "We Can Funk", Mavis Staples empresta a Voz e a Garra a "Melody Cool", Tevin Campbell é a Voz de "Round And Round", e as duas fazem ainda as Vozes do tema "Graffiti Bridge" onde ainda se inclui Sheila E.
É um trabalho bastante linear dentro da linha Funk, Rock, R&B habitual de Prince em que não há momentos de destaque tal é a familiaridade do registo havendo apenas que referir "The Question Of U" por recuperar a harmonia, mas com letra e arranjo diferente, de "Under A Cherry Moon" utilizada anteriormente na banda sonora de "Parade", outro dos filmes de Prince, e "Melody Cool" que tem uma harmonia vocal que recorda "Susie Q" dos Creedence Clearwater Revival". Há neste trabalho uma primeira menção, em título, aos New Power Generation que veio a ser a designação da poderosa banda que acompanhou Prince na primeira metade da década de 90.
Musicalmente Prince não desilude mantendo alta a fasquia e provando mais uma vez ser um excelente compositor e um magnífico executante nos mais variados instrumentos. Sejam então benvindos mais uma vez ao maravilhoso reino dos estúdios Paisley Park.