segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
The Waterboys - THE WATERBOYS
1 December 6:47
2 A Girl Called Johnny 3:56
3 The Three Day Man 4:07
4 Gala (unedited) 9:30
5 Where Are You Now When I Need You? (Previously released on the 7" single of "December", 1983) 5:05
6 I Will Not Follow 5:16
7 It Should Have Been You 4:28
8 The Girl In The Swing 4:26
9 Savage Earth Heart 6:37
10 Something Fantastic (Previously unreleased) 3:11
11 Ready For The Monkeyhouse (Previously released on the 12" single of "A Girl Called Johnny", 1983) 3:57
12 Another Kind Of Circus (Previously unreleased) 4:04
13 A Boy In Black Leather (Previously unreleased) 7:03
14 December (Previously unreleased original 8-track mix) 6:48
15 Jack Of Diamonds (Previously unreleased) 0:50
Em Dezembro de 1981 o compositor e multi-instrumentista escocês Mike Scott começou a gravar as suas músicas sozinho em estúdio, acompanhado apenas por loops de bateria pré-gravados. Mike Scott assumia essencialmente o piano e as guitarras, também toca bellzouki, e ainda dava voz às suas composições iniciando o seu projeto como um trabalho a solo. No ano seguinte Scott mantêm o seu trabalho de estúdio e descobre o saxofonista Anthony Thistlewaite e o baterista Kevin Wilkinson que acabam por também participar nas gravações e vão acompanhar o músico escocês nos trabalhos seguintes. Em 1983 já havia matéria suficiente para o lançamento de um disco e tomada a decisão será mesmo algum do repertório gravado nestes anos que integra o primeiro registo oficial dos Waterboys (apesar de ser a alma criativa de todo o projeto, o próprio Mike Scott preteriu o seu nome em lugar de um nome para a "banda"). O registo homónimo revela a capacidade criativa de Scott e a evolução do projeto sendo já possível aqui encontrar o cunho que define a sonoridade pop/rock/folk dos Waterboys para os anos seguintes, algumas das músicas destas sessões viriam ainda a ser incluídas no álbum sucessor. O disco inclui desde as primárias e admiráveis gravações de "December", "The Three Day Man" e "Gala" até às vigorosas participações do saxofonista Anthony Thistlewaite no single "A Girl Called Johnny" e em "I Will Not Follow". A edição original em vinil é ainda complementada com as músicas "It Should Have Been You", "The Girl In The Swing" e "Savage Earth Heart". A edição aqui apresentada refere-se ao cd remasterizado a que foram adicionadas sete faixas não incluídas na edição original. "Where Are You Now When I Need You?" ficou fora do alinhamento original do disco à última hora e Mike Scott aproveitou esta edição para a posicionar no lugar correspondente daí aparecer separada dos restantes extras. Juntamente com "Ready For The Monkeyhouse" ambas as músicas foram então editadas como lados b de singles. As restantes só aqui tiveram oportunidade de ser reveladas e funcionam como curiosidade da edição, com "Another Kind Of Circus", em que Mike Scott utiliza também um bandolim, a merecer alguma atenção extra.
sábado, 21 de dezembro de 2019
Miles Ahead - MILES DAVIS
1 Springsville (J. Carisi) 3:27
2 The Maids Of Cadiz (L. Delibes) 3:53
3 The Duke (D. Brubeck) 3:35
4 My Ship (I. Gershwin/K. Weill) 4:28
5 Miles Ahead (M. Davis/G. Evans) 3:29
6 Blues For Pablo (G. Evans) 5:18
7 New Rhumba (A. Jamal) 4:37
Medley:
8 The Meaning Of The Blues (R. Troup/L. Worth) 2:48
9 Lament (J.J. Johnson) 2:15
10 I Don't Wanna Be Kissed (By Anyone But You) (H. Spina/J. Elliot) 3:05
Bónus Tracks
11 Springsville (J. Carisi) (Remake Take 7) 3:14
12 Blues For Pablo (G. Evans) (Take 1) 3:28
13 Medley (Rehearsal) 5:08
The Meaning Of The Blues (R. Troup/L. Worth)
Lament (J.J. Johnson)
14 I Don't Wanna Be Kissed (By Anyone But You) (H. Spina/J. Elliot) 3:12
Em 1957 o pianista, compositor e arranjador, Gil Evans e o trompetista Miles Davis juntavam-se finalmente para um trabalho conjunto, movido pelo respeito e admiração que os dois músicos partilhavam mutuamente. Gil Evans pegou em peças de vários compositores e criou os arranjos deste repertório para uma orquestra de dezanove elementos mais Miles Davis, que aqui atua como único solista, e o resultado foi "Miles Ahead". Um trabalho incontornável, "desenhado" como uma suite em que todas as peças estão unidas pelos notáveis arranjos criados por Gil Evans e que funciona sob uma fusão de classicismo com jazz em que Miles Davis brilha no fliscorne em vez do habitual trompete. O registo é maravilhoso, pleno de harmonia, em que o detalhe dos arranjos é fundamental para o funcionamento do álbum na sua plenitude e investe a orquestra numa dinâmica fluída que permite que a "voz" de Miles Davis sobressaia descontraída e distinta. Esta reedição em cd inclui quatro extras retirados das sessões de gravação e em "Springsville", por exemplo, é possível ouvir uma curta prestação de Wynton Kelly no piano que nunca foi editada para a edição original. Apesar de ser habitualmente referenciado como uma das obras maiores do jazz, Miles Ahead é um registo em que não importa o estilo ou o género mas sim a excelência da sua musicalidade.
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quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
Birth Of The Cool - MILES DAVIS
1 Move (D. Best) 2:32
2 Jeru (G. Mulligan) 3:10
3 Moon Dreams (C. MacGregor/J. Mercer) 3:18
4 Venus De Milo (G. Mulligan) 3:10
5 Budo (B. Powell/M. Davis) 2:10
6 Deception 2:46
7 Godchild (G. Wallington) 3:08
8 Boplicity (C. Henry) 2:58
9 Rocker (G. Mulligan) 3:04
10 Israel (J. Carisi) 2:15
11 Rouge (J. Lewis) 3:13
12 Darn That Dream (E. de Lange/J. Van Heusen) 3:24
Editado apenas em 1957, Birth Of Cool é na realidade uma coletânea que reúne três sessões, duas gravadas em 1949 e uma em 1950, que o trompetista norte americano Miles Davis gravou em formato noneto e que marcam também as primeiras gravações de Miles Davis como líder. Na altura Miles Davis acompanhava ainda o lendário saxofonista Charlie Parker (Bird) mas já sentia necessidade de mostrar e desenvolver o seu próprio som e logo que a oportunidade surgiu reuniu um naipe de músicos tendo o orquestrador Gil Evans como mentor e o saxofonista Gerry Mulligan como um dos principais colaboradores. A "estranha" formação que Miles Davis reuniu era composta, para além do seu trompete, por uma tuba, uma trompa, o sax-barítono de Gerry Mulligan e o sax-alto de Lee Konitz, um trombone, um piano e a secção rítmica contrabaixo e bateria. A invulgaridade desta formação atribui-se à ambição de Miles Davis em ter uma pequena formação que soasse como uma orquestra, na altura a sua referência era a orquestra de Claude Thornhill onde inclusive pontuavam alguns dos membros incluídos nestas sessões, e é sob este conceito que a influência de Gil Evans se torna fundamental nos arranjos para algumas das peças. Os únicos elementos que foram constantes nas três sessões de gravação foram o próprio Miles Davis, os saxofonistas Gerry Mulligan e Lee Konitz e o tubista John Barber. Estas sessões marcaram uma importante viragem no jazz ao impor um novo estilo, mais limpo e arranjado, que se desviava do improviso do be-bop. As peças são curtas e velozes, numa fluidez que até deve mais ao be-bop do que ao cool, mas organizadas e polidas, plenas de harmonia, cuja frieza contrariava a quente agressividade do be-bop.
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