quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
Birth Of The Cool - MILES DAVIS
1 Move (D. Best) 2:32
2 Jeru (G. Mulligan) 3:10
3 Moon Dreams (C. MacGregor/J. Mercer) 3:18
4 Venus De Milo (G. Mulligan) 3:10
5 Budo (B. Powell/M. Davis) 2:10
6 Deception 2:46
7 Godchild (G. Wallington) 3:08
8 Boplicity (C. Henry) 2:58
9 Rocker (G. Mulligan) 3:04
10 Israel (J. Carisi) 2:15
11 Rouge (J. Lewis) 3:13
12 Darn That Dream (E. de Lange/J. Van Heusen) 3:24
Editado apenas em 1957, Birth Of Cool é na realidade uma coletânea que reúne três sessões, duas gravadas em 1949 e uma em 1950, que o trompetista norte americano Miles Davis gravou em formato noneto e que marcam também as primeiras gravações de Miles Davis como líder. Na altura Miles Davis acompanhava ainda o lendário saxofonista Charlie Parker (Bird) mas já sentia necessidade de mostrar e desenvolver o seu próprio som e logo que a oportunidade surgiu reuniu um naipe de músicos tendo o orquestrador Gil Evans como mentor e o saxofonista Gerry Mulligan como um dos principais colaboradores. A "estranha" formação que Miles Davis reuniu era composta, para além do seu trompete, por uma tuba, uma trompa, o sax-barítono de Gerry Mulligan e o sax-alto de Lee Konitz, um trombone, um piano e a secção rítmica contrabaixo e bateria. A invulgaridade desta formação atribui-se à ambição de Miles Davis em ter uma pequena formação que soasse como uma orquestra, na altura a sua referência era a orquestra de Claude Thornhill onde inclusive pontuavam alguns dos membros incluídos nestas sessões, e é sob este conceito que a influência de Gil Evans se torna fundamental nos arranjos para algumas das peças. Os únicos elementos que foram constantes nas três sessões de gravação foram o próprio Miles Davis, os saxofonistas Gerry Mulligan e Lee Konitz e o tubista John Barber. Estas sessões marcaram uma importante viragem no jazz ao impor um novo estilo, mais limpo e arranjado, que se desviava do improviso do be-bop. As peças são curtas e velozes, numa fluidez que até deve mais ao be-bop do que ao cool, mas organizadas e polidas, plenas de harmonia, cuja frieza contrariava a quente agressividade do be-bop.
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