sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Load - METALLICA


1 Ain't My Bitch 5:04
2 2 X 4 5:28
3 The House Jack Built 6:39
4 Until It Sleeps 4:30
5 King Nothing 5:28
6 Hero of the Day 4:22
7 Bleeding Me 8:18
8 Cure 4:54
9 Poor Twisted Me 4:00
10 Wasting My Hate 3:57
11 Mama Said 5:19
12 Thorn Within 5:51
13 Ronnie 5:17
14 The Outlaw Torn 9:52

"Load", trabalho editado pelos Metallica em 1996, apresenta mudanças estéticas significativas, tanto musicais como visuais. Os cabelos compridos desapareceram para darem lugar a uns rapazinhos de aspecto um pouco mais limpo, fotografados por Anton Corbjin, o preto mantêm-se como uma tendência, com algumas variações, e o som da banda parece ter sofrido algo que não se consegue explicar muito bem. Estamos perante rock do pesado mas já não tão pesado como os Metallica nos tinham habituado. Falta alguma garra, agressividade, raiva e loucura para este álbum soar mais digno do nome Metallica, ao invés é um álbum mais passivo, são e mais calculado. Resumindo, é um bom álbum de metal, mas não é um bom álbum dos Metallica.
Não deixa de ser interessante a aproximação ao som rock mais americano, mais tradicional, de "Mama Said" ou "Poor Twisted Me", mas é em "Ain't My Bitch", "King Nothing" e "Wasting My Hate" que estão os verdadeiros Metallica. O longo e arrastado "Bleeding Me" tem o seu quê de interessante e também é uma faixa a considerar. "Load" é um bom álbum mas não chega.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Pastpresent - THE CLANNAD


1 Theme from Harry's Game 2:26
2 Closer to Your Heart 3:28
3 Almost Seems (Too Late to Turn) 4:48
4 The Hunter 4:53
5 Lady Marian 3:19
6 Sirius 5:34
7 Coinleach Ghlas an Fhómhair (Traditional) 5:56
8 Second Nature 3:19
9 World of Difference 4:00
10 In a Lifetime 3:07
11 Robin (The Hooded Man) 2:49
12 Something to Believe In 4:44
13 Newgrange 4:02
14 Buachaill an Eirne (Traditional) 3:07
15 White Fool 4:37
16 Stepping Stone 3:52

Com esta colectânea de dezasseis temas, editada em 1989, os Clannad mostram como numa década, a de oitenta, época a que os quatro albuns aqui revisitados pertencem, mudaram o seu som original, respeitando inicialmente a tradição Celta que a Irlanda herdou, fundido-o gradualmente com um estilo mais aproximado da Pop.
O Cd incide principalmente nos albuns "Macalla" e "Sirius", os que mais evidenciam a dita fusão, e faz-se assim o percurso da banda desde os momentos mais tradicionais até à fase mais Pop/Rock, em que a banda não descurou as influências originais acabando por fundir os géneros.
"Harry's Game" introduz-nos no Cd, e é importante frisar que este foi o tema que lançou a banda nas bocas do mundo em 1982, data de edição do album Magic Ring. Deste album constam ainda os temas "Coinleach Ghlas an Fhómair", uma peça tradicional adaptada pela banda, e "Newgrange". Por esta altura a sonoridade dos Clannad ainda era bastante tradicional, utilizavam frequentemente o dialecto Gaélico, mas "Harry's Game" já abria um pouco a porta ao que estava para vir.
O album "Legend", editado em 1984, é a banda sonora da série Britânica de televisão "Robin of Sherwood" e deste album, em que a banda não utiliza pela primeira vez o dialecto Gaélico, foram retirados os temas "Lady Marian" e "Robin (The Hooded Man)" que continuam a ter uma sonoridade muito tradicional mas já bastante apoiada nos sintetizadores.
"Macalla" é um album maravilhoso, de 1985, e aqui já a fusão se torna evidente. Deste album constam os temas "Closer To Your Heart", "Almost Seems (To Late To Turn)", "In A Lifetime", duo com Bono Vox dos U2, e "Buachaill an Eirne", outra adaptação de uma música Celta.
O album "Sirius" já é bastante Pop e as faixas , "Sirius", "Second Nature" e "Something To Believe In", ambas com participação de Bruce Hornsby, "White Fool" e "Stepping Stone" são os temas que o representam. Este album demarca-se pela batida de Russ Kunkel e por uma construção musical mais centrada no estilo Pop/Rock.
Nesta colectânea a banda incluiu ainda dois temas originais, "The Hunter" e "World Of Difference", que pouco acrescentam ao que já estava feito.
O album destaca-se pela positiva ao evidenciar a evolução deste interessante "Clã Irlandês" em que a voz de Márie Brennan ajuda a encantar, com a sua voz a manter a aura Celta à medida que a banda evolui musicalmente para um estilo mais convencional de Pop/Rock. Não posso deixar de referir a presença, habitual, de Mel Collins em Saxofone e Flauta.

domingo, 10 de janeiro de 2010

THE SIMPSONS Sing The Blues


1 Do the Bartman (Loren) 5:10
2 School Days (Berry) 3:57
3 Born Under a Bad Sign (Bell, Jones) 3:08
4 Moanin' Lisa Blues (Boylan, Jean, Reiss, Winding) 4:48
5 Deep, Deep Trouble (Dj Jazzy Jedd, Groening, Jeff) 4:28
6 God Bless the Child (Herzog, Holiday) 4:30
7 I Love to See You Smile (Newman) 3:07
8 Springfield Soul Stew (Ousley) 2:37
9 Look at All Those Idiots (Boylan, Martin, Simon, Winding) 3:51
10 Sibling Rivalry (Boylan, Brooks, Winding) 4:42

Aqui está o primeiro Cd da familia Simpson, editado em 1990, recheado de clássicos e até alguns originais. Uma vez que não se trata da banda sonora da série, vamos considerar este trabalho como uma visita dos Simpsons a um estúdio de gravação e por lá fizeram este trabalho bastante jeitoso. Mantendo o mesmo tipo de humor da série os elementos da família Simpson gravam tanto a solo como em duo e o resultado é o seguinte:
"Do The Bartman", é o primeiro tema do Cd e tal como o nome indica é interpretado pelo irrequieto Bart. É um rap, só podia, da autoria de Bryan Loren que tambem produz e toca todos os instrumentos neste tema, com excepção de uma intervenção de Paul Jackson Jr. na guitarra.
"School Day", é um original de Chuck Berry interpretado por Buster Poindexter e Bart, com solos de Joe Walsh, Guitarra, e Tom Scott, Sax-Tenor.
"Born Under A Bad Sign", é um original de Booker T.Jones e William Bell aqui interpretado pelo lamento da personagem Homer Simpson. Neste tema há a salientar a presença de B.B.King e a secção de sopros dos Tower Of Power.
"Moanin' Lisa Blues" é outro dos originais e um grande momento de Blues, que só podia ser interpretado por Lisa Simpson, pois claro. Mais uma vez a presença de Joe Walsh, Slide Guitar, e da secção de sopros dos Tower Of Power, e tambem John Sebastian, Harmónica .
"Deep Deep Trouble" é outro original, e como o título indica, cá está novamente Bart num Rap divertido, carregado de peripécias humorísticas.
"God Bless The Child", esse grande tema de Billie Holiday e Arthur Herzog, é uma interpretação de Lisa, novamente, que pede uma banda real em estúdio para gravar o tema, em vez de uma sequenciação.
"I Love To See You Smile", original de Randy Newman, junta os progenitores da familia Simpson num dueto, acompanhados por Dr.John ao Piano, e Roger McGuinn no Banjo.
"Springfield Soul Stew" é uma paródia a "Memphis Soul Stew" e resulta numa jam em estúdio orientada por Marge Simpson que vai dando ordem de entrada aos músicos como se estivesse a confencionar uma refeição, e no final ficou apetitosa.
"Look At All Those Idiots" é mais um original, que introduz outra personagem da série, o pérfido patrão de Homer, Mr.Burns. É tambem um tema bastante humorístico e tem intervenção de Paul Jackson Jr. na Guitarra.
"Sibling Rivalry" é o último tema, mais um original, e é interpretado carinhosamente pelos dois manos Simpson, mesmo no fim Bart acaba por mostrar ser igual a ele mesmo.
Os temas são todos muito bem tocados, os músicos são de boas linhagens, e o Cd revela-se como uma boa interactividade dos intérpretes da série, os verdadeiros, com as músicas que lhes foram postas à frente. É muito interessante verificar como os temas, principalmente nas covers, são adequados ao estigma de cada personagem.

domingo, 3 de janeiro de 2010

The Love Symbol Album - PRINCE AND THE NEW POWER GENERATION


1 My Name Is Prince 6:25
2 Sexy M.F. 5:25
3 Love 2 the 9's 5:46
4 The Morning Papers 3:57
5 The Max 4:31
6 Segue (Denean) :21
7 Blue Light 4:38
8 I Wanna Melt With U 3:51
9 Sweet Baby 4:01
10 The Continental 5:31
11 Damn U 4:04
12 Arrogance 1:33
13 The Flow 2:27
14 7 5:09
15 And God Created Woman 3:18
16 3 Chains O' Gold 6:03
17 Segue (Denean) 1:30
18 The Sacrifice of Victor 5:42

Foi após este trabalho, editado em 1992, que Prince decidiu deixar de usar o seu nome artístico passando a identificar-se como Symbol, uma atitude de renegação do passado para começar um novo caminho, nomeadamente fora da alçada das editoras e da Warner Bros em particular. Os três albuns que se seguiriam serviram apenas para cumprir contrato. Este album abre, curiosamente, com o tema "My Name Is Prince", que é de uma força de afirmação espantosa, não só lírica como musical. Neste album é tambem de salientar a presença, pela segunda vez, dos New Power Generation que demonstram ser uma banda coesa e, de facto, poderosa, algo que junto à força criativa do pequeno génio só vem reforçar ainda mais a qualidade e groove que este Cd exala. Atente-se ao nível de arranjos que pontuam todos os temas e aos naipes de sopros sempre bem presentes.
Prince and The New Power Generation gravaram em conjunto este grande trabalho que percorre vários estilos musicais mas que tem no Funk e no Rap a sua maior expressão. Temas como, "My Name Is Prince", "The Max", "I Wanna Melt With U", "The Continental", "Flow" e "The Sacrifice of Victor", são de uma força grandiosa e impulsionadora, quase impossíveis de resistir tal a força da marcação da batida. As baladas, "Sweet Baby", "Damn U" e "And God Created Woman", são de uma sensualidade espantosa. Depois há momentos como, "Sexy M.F." e "7", que foram os mais ouvidos, e "Love To The 9's" e "3 Chains Of Gold" que parecem ter sido meticulosamente criados para serem quase perfeitos. Ainda há uma passagem pelo Reggae em "Blue Light".
Não se pode dizer que a carreira de Prince tenha pontos altos e baixos, todos os albuns soam magníficas peças e sempre muito bem executados, mas este é sem dúvida uma das grandes peças de Prince, quase operática.