segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Ser Maior - Uma História Natural - DELFINS - LP02

Lado C - Acto I
1 Oração   4:20
2 A Queda De Um Anjo   5:05
3 Manhã Perdida   4:37
4 Viagens Da Mente (Instrumental)   2:31
Lado D - Acto II
1 + Amor   3:39
2 Revelações   4:24
3 Flirtin' (Instrumental)   1:17
Soluçando   5:00   

O segundo disco da tripla edição em vinil faz a transição entre os actos, I (A Travessia) e II (Revelações), desta peça concetual, elaborada e calculada de forma inteligente para contar a história do Delfim que sonhava viver entre os homens. Estruturado de forma teatral, sendo musicalmente perfeito como banda sonora, Ser Maior encontra-se muito distante do convencional trabalho Pop a que os Delfins sempre nos habituaram. 
O acto I fecha de forma significativa em estilo progressivo com "Oração" e "Manhã Perdida" como peças maiores, "A Queda De Um Anjo" como um grande Single e "Viagens Da Mente" a desempenhar o papel de separador de fases através de um instrumental Roqueiro em que Rui Fadigas e Fernando Cunha trocam de posições. O acto II abre em forma de espiritual com "+ Amor" para depois se manifestar com uma sonoridade mais moderna em "Revelações" que se mantêm nos restantes temas evidenciado a chegada aos anos 90. "Soluçando" encerra este disco como uma intensa e expressiva balada.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Ser Maior - Uma História Natural - DELFINS - LP01



Lado A - Acto I
1 Abertura   5:25
2 Travessia   3:57
3 Ser Maior   6:00
4 A Estrela Da Vida   5:10
Lado B - Acto I
1 Sal   3:27
2 Novos Rumos   6:53
3 A Casa Em Sintra   5:02
4 Ao Passar Um Navio   4:28          

"Ser Maior - Uma História Natural" é um trabalho concetual editado pelos Delfins em formato de triplo vinil no ano de 1993. É uma viagem de descoberta, metamorfose e ascensão, documentada em dois atos, para a qual os Delfins chamaram Pedro Ayres de Magalhães que participa ativamente em todo o registo como músico e compositor. Gravado no estúdio "1 Só Céu", pertença dos Delfins e inaugurado neste mesmo ano com a gravação deste trabalho, o álbum revela uma clara mudança de percurso, um arrojo permitido por a banda poder trabalhar com os seus próprios meios e não estar dependente de horários e datas. Concebido como uma estrutura perfeita, à medida dos históricos trabalhos progressivos criados na década de 70 em Inglaterra, o primeiro disco integra o primeiro acto (sub-titulado como "A Travessia") e introduz-nos na obra através da faustosa apresentação de "Abertura" que dá mote ao destino da "Travessia", o momento de viagem, que aspira atingir a peça épica que é "Ser Maior" procurando o caminho através da "Estrela Da Vida". No lado B, "Sal" manifesta o reconhecimento da origem do "ser" enquanto "Novos Rumos" revela o melhor momento do primeiro disco e "A Casa Em Sintra" revela Fernando Cunha como um excelente intérprete. "Ao Passar Um Navio" fecha o alinhamento como o Single da edição. 
"Ser Maior" começa por se apresentar como um trabalho muito bem conseguido e com um notório aproveitamento de uma boa parte do legado musical Português revelando claramente a aureola de um dos trabalhos do género mais bem conseguidos em Portugal.         

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Exile On Main Street - ROLLING STONES - LP02


Side A
1 Happy   3:00
2 Turd On The Run   2:33
3 Ventilator Blues   3:24
4 Just Wanna See His Face   2:49
5 Let It Loose   5:16
Side B
1 All Down The Line   3:46
2 Stop Breaking Down   4:34
3 Shine A Light   4:11
4 Soul Survivor   3:46 

No segundo disco desta edição em vinil começamos logo por encontrar Keith Richards como a voz principal em "Happy", tema que doravante passou a ser obrigatório nos alinhamentos dos concertos dos Rolling Stones. Sendo "Happy" um tema Rock'n Roll ao melhor estilo dos Stones são de seguida os Blues que voltam a encher o olho com um acelerado "Turd On The Run", um inspirado "Ventilator Blues" e a captação suja e direta de "Just Wanna See His Face" terminando este lado com "Let It Loose", a balada de serviço. Os últimos quatro temas registam o lado mais equilibrado desta dupla edição em quatro momentos chave de soberania Soul onde apenas destoa "Stop Breaking Down", outra grande peça de Blues. "Shine A Light" é divino, uma notória presença de Billy Preston no Orgão e "Soul Survivor" fecha de forma aguerrida completamente expressivo como a alma vitoriosa que conseguiu enfrentar as adversidades da altura.  
"Exile On Main Street" são os Rolling Stones no seu melhor. A trabalhar e a viver fora de portas os Rolling Stones agarraram-se ao que melhor sabem fazer e exploraram da melhor forma a escola que sempre os influenciou e assim criaram aquele que será um dos seus trabalhos mais "negro". Neste "exílio" foram acompanhados pelo habitual Ian Stewart no Piano e pelos Metais, sempre presentes, de Bobby Keys e Jim Price, Saxofone e Trompete/Trombone respetivamente. Mick Jagger toca Harmónica em grande parte dos temas.         

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Exile On Main Street - ROLLING STONES - LP01


Side A
1 Rocks Off   4:29
2 Rip This Joint   2:22
3 Shake Your Hips   2:57
4 Casino Boogie   3:31
5 Tumbling Dice   3:42
Side B
1 Sweet Virginia   4:23
2 Torn And Frayed   4:15
3 Sweet Black Angel   2:51
4 Loving Cup   4:21        

1972, o ano da edição oficial do duplo álbum "Exile On Main Street", foi um ano de excessos. Exilados em França, numa "declarada" fuga ao fisco Britânico, os Rolling Stones isolaram-se  na grande e húmida cave de Nellcôte, a vila do século XIX que Keith Richards adquirira na Riviera Francesa, onde passaram as noites quentes do Verão de 1971 a compor e a gravar aquele que foi um dos seus maiores e mais genuínos registos. Em França os Rolling Stones enfrentaram uma nova realidade, fora dos habituais estúdios de gravação, o que parece ter inspirado a banda a trabalhar numa sonoridade mais áspera e mais orientada na direção dos Blues que desde cedo inspiraram Jagger e Richards. Apesar da sobriedade Rock em "Rocks Off" e "Loving Cup", do Soul clássico de "Tumbling Dice" ou do Country Folk de "Sweet Virginia", "Torn And Frayed" e "Black Angel" neste primeiro disco sentem-se os Blues em toda a extensão. "Shake Your Hips" e "Casino Boogie" são autênticos e ainda sobra espaço para o clássico Rock'n Roll de "Rip This Joint". 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

The Last Emperor - ORIGINAL SOUNDTRACK


Side A
 RYUICHI SAKAMOTO
1 First Coronation   1:46
2 Open The Door   2:53 
3 Where Is Armo?   2:24
4 Picking Up Brides   2:37
5 The Last Emperor - Theme Variation 1   2:18
6 Rain (I Want A Divorce)   1:48   
7 The Baby (Was Born Dead)   0:55
8 The Last Emperor - Theme Variation 2   4:27  
9 The Last Emperor - Theme   5:48
Side B
 DAVID BYRNE 
1 Main Title Theme (The Last Emperor)   3:59
2 Picking A Bride   1:58
3 Bed   4:57
4 Wind, Rain And Water   2:14  
5 Paper Emperor (Traditional / D. Bright / D. Byrne)   1:46
 CONG SU
6 Lunch   4:51
7 Red Guard (Traditional / The Red Guard) - THE RED GUARD ACCORDION BAND   1:19
8 The Emperor's Waltz (J. Strauss Jnr.) - THE BALL ORCHESTRA OF VIENNA   3:04   
9 The Red Guard Dance (Traditional / The Girls Red Guard Dancers) - THE GIRLS RED GUARD DANCERS   0:37

Premiado com 9 óscares em 1988, incluindo o óscar para melhor banda sonora, o filme de Bernardo Bertolucci "The Last Emperor" (O Último Imperador) retratava de forma rigorosa a época do último imperador da China Imperial, cumprindo com um guarda-roupa exigente e uma banda sonora à altura. O álbum que regista a banda sonora divide-se pelas composições de Ryuichi Sakamoto, que preenchem totalmente o lado A do vinil, David Byrne, que contribui com cinco momentos no lado B, e uma peça isolada de Cong Su. Para além dos três compositores há ainda três faixas originais, recuperadas, que fecham o registo e que conferem um toque de autenticidade à obra criada.
As peças de Ryuichi Sakamoto evocam, dramaticamente, o exotismo e a ação do filme através de orquestrações cabalmente criadas com a inclusão de instrumentos musicais orientais que reforçam o ambiente assim como a grandiosa fotografia e tradicionalismo do filme. No lado B do registo, David Byrne contribui com o ritmo mantendo o exotismo e o tradicionalismo. Com as suas composições surgem as percussões e os seus temas transmitem algum júbilo à obra. Cong Su, o terceiro compositor creditado nesta banda sonora, contribui com o tema mais oriental através de uma misteriosa peça, sem orquestração, apenas executada com instrumentos orientais.