quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Shaken'n' Stirred - ROBERT PLANT




Side 1
1 Hip To Hoo   4:51
2 Kallalou Kallalou   4:17
3 Too Loud   4:07
4 Trouble Your Money   4:14
5 Pink And Black   3:45   
Side 2
1 Little By Little   4:43
2 Doo Doo A Do Do   5:09
3 Easily Lead   4:35   
4 Sixes And Sevens   6:04   

Eis Robert Plant a desbravar novos caminhos em 1985. "Shaken'n'Stirred" é o terceiro registo a solo do ex-vocalista dos Led Zeppelin, distante do género a que nos habituou com a mítica banda. Longe de ser um trabalho comercial, Robert Plant apresenta-nos um criativo álbum de estúdio em que os sintetizadores se encontram no mesmo nível das guitarras. Há algum trabalho de sequenciação e depois há Robert Plant a procurar reinventar-se dentro de um estilo mais atual. O caraterístico timbre de Plant torna-se reminiscente em temas como "Little By Little" ou "Sixes And Sevens" mas no geral é-se realmente confrontado com um "novo" Robert Plant em busca de conformidade com a música da altura. Bastante interessante musicalmente, o álbum assenta em temas rock fundidos com uma pop ponderada o que motiva a exploração de grooves distintos e por vezes algo exóticos. O registo enquadra-se bem na época revelando um trabalho bem moderado, consciente e equilibrado, na medida em que dispõe das sonoridades típicas deste período sem cair em exageros. 

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Soul Mining - THE THE


1 I've Been Waitin' For Tomorrow (All Of My Life)   5:47
2 This Is The Day   5:01
3 The Sinking Feeling   3:42
4 Uncertain Smile   6:53
5 The Twilight Hour   5:56
6 Soul Mining   4:49
7 Giant   9:36
8 Perfect   5:43 

Em 1983 os The The eram o projeto pessoal do britânico Matt Johnson. Uma banda sem músicos que vivia da criatividade de uma mente dinâmica, minada de histórias e ideias inovadoras. Apesar de haver registo de um trabalho anterior, "Soul Mining" é oficialmente o primeiro registo do projeto, gravado com músicos ocasionais onde pontuam o baterista Zeke Manyika, o teclista Thomas Leer, o baixista Camelle G.Hinds e o pianista Jools Holland, entre outros mais. É um trabalho marcante em que a pop sintetizada dos The The se distingue por ser mais negra e inteligente relativamente à pop convencional da época. O registo é composto por temas sólidos, marcados por batidas enérgicas, onde se distingue "This Is The Day", um hino ao despertar da mente em que um acordeão e um violino sustentam a melodia principal, um dos incontornáveis clássicos dos anos oitenta. Musicalmente, "Uncertain Smile" é a peça mais completa do registo, um tema que distribui boa disposição e que finaliza com um maravilhoso solo de piano de Jools Holland sendo ainda impossível de contornar a energia de "Giant" que para além de ser a maior peça do álbum é um tema que cresce progressivamente de intensidade até atingir um clímax tribal. Esta edição em Cd apresenta como brinde o tema "Perfect", um single gravado em 1982, que não faz parte do alinhamento original em vinil.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Days Of Open Hand - SUZANNE VEGA


1 Tired Of Sleeping   4:22
2 Men In A War   4:47
3 Rusted Pipe   4:16
4 Book Of Dreams   3:22
5 Institution Green   6:15
6 Those Whole Girls (Run In Grace)   3:09
7 Room Off The Street   3:00
8 Big Space   3:48
9 Predictions   4:59
10 Fifty-Fifty Chance   2:36
11 Pilgrimage   5:10

Editado em 1990, "Days Of The Open Hand" é o terceiro registo original de Suzanne Vega. É um trabalho cuidado e inteligente, seguindo a mesma linha dos registos anteriores, com arranjos cuidados e temas hábeis e eficazes. Suzanne Vega mantêm uma postura sóbria e serena não evidenciando pressas em mostrar um novo trabalho mas antes uma entrega atenta à composição e elaboração de novos temas que funcionam de forma perfeita sob a forma de canções pop/folk com história. Utilizando praticamente a mesma formação de "Solitude Standing", o álbum anterior, nota-se a semelhança nas composições mas assiste-se ainda a algum aprumo de estilo bem patente nos temas "Rusted Pipe", "Institution Green", "Room Of The Street", "Predictions" e "Pilgrimage". O simpático e cativante single "Book Of Dreams" identifica da melhor forma o caraterístico estilo de Suzanne Vega e "Fifty-Fifty Chance" arrisca um quarteto de cordas com arranjo de Philip Glass.
Uma aura curiosa insinua os Police em "Rusted Pipe" e "Institution Green"...e "Instituton Green" podia ter perfeitamente saído do álbum Sinchronicity...

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Wild And Peaceful - KOOL & THE GANG


1 Funky Stuff   3:00
2 More Funky Stuff   2:50
3 Jungle Boogie   3:03
4 Heaven At Once   5:01
5 Hollywood Swinging   4:36
6 This Is You, This Is Me   5:23
7 Life Is What You Make It   3:53
8 Wild And Peaceful   9:26 

Editado originalmente em 1973 como o sexto registo oficial dos norte-americanos Kool And The Gang, "Wild And Peaceful" é um álbum invejável pelas belas nuances Soul/Jazz que apresenta mas acima de tudo é um trabalho impregnado de material Funk que testemunha um dos pontos mais altos do historial da banda de New Jersey. Detentor de uma estrutura ritmicamente poderosa, onde os metais brilham, o registo apresenta oito temas que balançam sob um manto de misticidade e exotismo. O single "Funky Stuff", seguido de um reprise instrumental, abre o álbum ao melhor estilo Funky sucedendo-lhe "Jungle Boogie", um tema que mais tarde voltou a ganhar alguma dimensão por ter sido recuperado por Quentin Tarantino para integrar a banda sonora do filme Pulp Fiction. Esta tríade, inspirada no sucesso de "Soul Makossa" de Manu Dibango, marca a fase mais "selvagem" do registo enquanto o moralista "Heaven At Once" faz a transição para a fase mais tranquila e inspirada do álbum. "Hollywood Swinging" proporcionou outro single, "This Is You, This Is Me" apresenta o retorno a uma forte linha rítmica e "Life Is What You Make It" exibe o charme e a graciosidade de um funk algo irregular. O registo encerra em ambiente de jazz espiritual com uma majestosa peça instrumental que dá nome ao álbum e reflete as origens musicais dos Kool And The Gang.