terça-feira, 27 de maio de 2008

The Best Of Christopher Cross - CHRISTOPHER CROSS


1 Ride Like the Wind 4:31
2 All Right 4:17
3 Someday 3:13
4 Love Is Love 4:29
5 Words of Wisdom 5:48
6 Say You'll Be Mine 2:58
7 Sailing 4:18
8 Arthur's Theme (Best That You Can Do) (Allen, Bacharach, Cross, Sager) 3:53
9 Any Old Time 4:05
10 Charm the Snake 4:26
11 Every Turn of the World 4:04
12 That Girl 3:30

Este Cd é uma colectânea editada em 1992 e diz respeito à fase em que Cristopher Cross esteve ligado à Warner Bros., pela qual editou 4 albuns entre os anos de 1979 e 1988. Uma estreia auspiciosa, seguida de uma ascenção meteórica, colocou Cristopher Cross no topo. O primeiro album conviveu de perto com o sucesso, 4 singles de êxito entre os quais "Sailing" foi o que mais vendeu e "Ride Like The Wind" ficará provavelmente como a música que melhor identifica Cristopher Cross.
Em 1981 Christopher Cross conquista novamente o Top com o single "Arthur's Theme (Best You Can Do)", tema escrito em parceria com Burt Bacharach, Carole Sager e Hal David para o filme Arthur.
O segundo trabalho, Another Page, só aparece em 1983 e já não consegue repetir o sucesso anterior, apesar disso é aqui que se encontra o tema "All Right" outra peça fulcral da obra de Cross.
Sempre em queda edita o terceiro album "Every Turn Of The World" em 1985, apesar de não haver grandes referências foi aqui que encontrei alguns dos temas que mais me entusiasmaram, "Charm The Snake" e "That Girl" estão entre os que mais gostei nesta colectânea, pertencem ainda a este trabalho, "Every Turn Of The World" e "Love is Love". Por esta altura Cross abandona a melodia mais soft e agarra uma sonoridade Rock que paira algures entre Bruce Hornsby e um Huey Lewis menos comercial, interessante.
O quarto trabalho, e o último ao cargo da Warner, foi Back Of My Mind" em 1988 e ditou o afastamento da editora em relação a Cross. Neste trabalho encontra-se "Someday", uma bonita faixa que podia encaixar nas melodias dos primeiros albuns.
Christopher Cross não desistiu e continua até hoje a editar os seus trabalhos. Dono de uma bonita voz, e apesar de não mais ter repetido o sucesso inicial, conseguiu manter sempre um trabalho de qualidade na sua obra. Bonitas melodias, bons arranjos, e sempre bem acompanhado por músicos de alto gabarito. Será sempre um prazer ouvi-lo.

sábado, 17 de maio de 2008

2 - LIQUID TENSION EXPERIMENT


1 Acid Rain 6:35
2 Biaxident 7:40
3 914 4:01
4 Another Dimension 9:50
5 When the Water Breaks 16:58
6 Chewbacca 13:35
7 Liquid Dreams 10:48
8 Hourglass 4:26

Projecto paralelo aos Dream Theater com Mike Portnoy na Bateria, John Petrucci nas Guitarras eléctrica e acústica, Jordan Rudess no Piano e Sintetizadores, e o grande senhor que é Tony Levin no Baixo. Em tudo similar ao Metal Progressivo que os Dream Theater tão bem representam aqui apenas Tony Levin é um forasteiro em relação à dita banda. Outro pormenor a marcar diferença em relação aos Dream Theater é que aqui não se canta só se executa, é um projecto totalmente instrumental.
Tal como nos Dream Theater, as comparações são inevitáveis, os temas são longos, complexos e com diversos andamentos, a ideia lógica pressupõe que estes músicos quisessem tirar umas férias do que normalmente fazem com a sua banda, e variassem um pouco, mas não é o que acontece em vez disso temos mais do mesmo, e a única diferença é mesmo Tony Levin, e algum arrojo e audácia de Jordan Rudess que se consegue evidenciar bastante neste registo. Posto isto fica então a ideia de que Portnoy e Petrucci terão simplesmente querido partilhar o prazer de poder tocar com o mestre Levin, que é uma das imagens de marca desse grande, e histórico, grupo de Rock Progressivo que são os King Crimson.
Neste Cd de 1999 estamos perante o que se pode intitular de uma extravagante Jam-Session mas muito bem organizada. Os temas são todos originais e bem elaborados nas suas complexas, e pormenorizadas, estruturas. "914" consegue ser diferente dos outros temas por ter uma abordagem menos Metal, Levin dá aqui o mote e sustenta o tema com um dos seus sons de Baixo mais característicos, Rudess preenche o tema com os seus sons sintetizados. Neste tema Petrucci está ausente. Em "When The Water Breaks" encontra-se o tema mais longo do Cd e tambem o mais elaborado. "Chewbacca" arranca motorizado até entrar num riff à "La Jimmy Page", mais à frente tem paragem interessante e cósmica para voltar a entrar no tema em grande.Em relação a "Liquid Dreams" quase que arrisco a afirmar que este será um tema de Jordan Rudess, o teclista domina o tema por completo fazendo a introdução ao Piano e à medida que a peça vai crescendo a sua improvisação vai ganhando intensidade, entretanto passa para uma harmonia ao som de Vibrafone até voltar a agarrar o tema com um solo de sintetizador.
O resto é autênticamente aquilo que os Dream Theater fazem, com os solos de Petrucci a tomarem conta dos temas. O mesmo Petrucci tem a seu cargo o encerramento do Cd em Guitarra acústica com "Hourglass".
Para devotos do género, e dos músicos em questão.

domingo, 11 de maio de 2008

Origin Of Symetry - MUSE


1 New Born 6:03
2 Bliss 4:12
3 Space Dementia 6:20
4 Hyper Music 3:21
5 Plug in Baby 3:39
6 Citizen Erased 7:19
7 Micro Cuts 3:38
8 Screenager 4:20
9 Darkshines 4:47
10 Feeling Good (Bricusse, Newley) 3:19
11 Megalomania 4:38

Energia a rodos, alimentada por uma imaginação fértil e cientifica, preenchida com alguma creatividade e expressividade, estes são alguns dos conceitos que definem algumas das qualidades dos Muse, trio Britânico que no ano de 2001 editou este "Origin Of Symetry" o seu 2º trabalho.
Mathew Bellamy, o vocalista/guitarrista/teclista/compositor, é o elemento que se destaca, não só pelas diversas tarefas que executa na banda mas tambem pela sua emotividade e entrega aos temas, o seu tom quase operático de cantar dá às músicas uma expressividade dramática e emocional que nos contagia, no entanto há que saber controlar esta emoção pois pode-se tornar monótona. O trio tem uma presença poderosa, tal como outros grandes trios da história do Rock, e consegue dar às músicas alguma dinâmica e elaborar assim temas iguais entre si mas sempre com bastantes pormenores que denotam as diferenças entre eles.
"Bliss" é espacial, e bastante interessante, "Space Dementia" e "Citizen Erased" são progressivos e longos, "Plug In Baby" têm a força toda guardada num refrão muito intenso e forte. "Screenager" é uma das peças que tem algo mais para além do que se ouve, um tema em que a guitarra acústica aparece e o ritmo anda algures entre Tom Waits e exotismo, logo no tema seguinte os Muse adoptam o Tango como o ritmo de "Darkshines" em que a guitarra soa limpa e definida, de ouvir com atenção. "Feeling Good" é a versão deste album para uma melodia e ritmo que fica logo no ouvido, tal foi o número de vezes que este ritmo já serviu de inspiração para outros temas que certamente soará familiar a qualquer um. A terminar, "Megalomania" tenta fechar este trabalho em grande mas só o consegue no imponente som de orgão catedrático que enche o refrão, não vai além disso.
É um dos albuns obrigatórios deste início de século.

Rivolitz o melhor de Sérgio Godinho ao vivo 2 - SÉRGIO GODINHO


Rivoli
1 Cuidado Com as Imitações 4:13
2 Etelvina 3:52
3 Espalhem a notícia 3:25
4 A Carroça dos Poetas 1:13
5 Os Demónios de Alcacer-Quibir 2:10
6 O Homem dos Sete Instrumentos 2:42
7 Os Conquistadores 3:12
8 Tou bom (S.Godinho/Despe & Siga) 3:28
9 Liberdade 3:35
10 Aguenta Aí 3:51
11 O Porto Aqui Tão Perto 5:08
Ritz
12 Mulher da Erva (Z.Afonso) 2:45
13 O Elixir da Eterna Juventude 3:25
14 Domingo no Mundo 4:34
15 L'Anamour (S.Gainsbourg) 3:42
16 O Homem da Gaita (Z.Afonso) 2:18
17 Rainy Day Women (B.Dylan) 4:52
18 O Charlatão (S.Godinho/José M.Branco) 3:28
19 Lisboa Que Amanhece 5:20

Sérgio Godinho apresenta neste Cd, editado em 1998, dois concertos em locais diferentes, com formações diferentes, demonstrando como as suas canções podem ser interpretadas em ambiências distintas sem perder o fulgor, actualidade e vida que lhes são conferidas por quem as interpreta, independentemente do local onde se toca e de quem está a ouvir.
O primeiro concerto foi captado na cidade do Porto, no renovado Teatro Rivoli em 3 datas de Outubro de 1997, e com uma banda de 10 elementos mais o respectivo autor. Os primeiros 11 temas deste Cd dizem respeito a este espectáculo em que são apresentados alguns dos trabalhos mais conhecidos de Sérgio Godinho. Surgem com novas roupagens, acentuadamente com um som mais actual num ritmo rápido e, tal como Sérgio refere nas anotações do Cd, "a ausência de preocupações perante a fidelidade excessiva às versões originais". Os temas não se descaracterizaram apenas se actualizaram num contexto meramente musical, o seu conteúdo, e mensagem, permanecem fiéis, e actuais.
No segundo concerto temos um espectáculo mais íntimista, uma sala mais pequena, como o é o Ritz Clube em Lisboa, e uma banda reduzida a 3 elementos, essenciais, que acompanham Sérgio Godinho, captado em Março de 1998. Concerto numa estirpe mais acústica, sem o ser totalmente, e com bastante espaço para versões, duas de Zeca Afonso, uma do outro "SG", Serge Gainsbourg e ainda Bob Dylan. Apesar de contextualmente mais pequeno este espectáculo está ao nível qualitativo do apresentado no Rivoli, em termos de banda a maior ausência será a da bateria e dos sopros de Jorge Reis.
Chamar-lhe "o melhor de Sérgio Godinho" é sempre subjectivo, ou seja para que artista for, pois facilmente se encontrará na obra, e a de Sérgio Godinho é bem extensa, um número igual de canções que poderão constituir outro "best of" no entanto encontram-se aqui grandes momentos como, o electrizante "Etelvina", um ambiente bastante alegre em "Aguenta Aí", a interpretação a solo de "O Elixir da Eterna Juventude", o explosivo "Domingo no Mundo", a boa versão de "L'Anamour", o divertidíssimo "O Homem da Gaita" ou o final emotivo de "Lisboa Que Amanhece".

domingo, 4 de maio de 2008

Live: 23-5-00 Estádio do Restelo-Lisbon, Portugal - PEARL JAM - CD02


1 Thin Air 3:55
2 Daughter 6:45
3 Evacuation 3:03
4 Immortality 6:03
5 Betterman 4:52
6 Black 7:20
7 Go 3:50
8 Encore Break 3:30
9 Last Exit 2:49
10 Jeremy 6:24
11 Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town 3:39
12 Alive 10:44
13 Yellow Ledbetter 6:19

É um bom concerto dos Pearl Jam e do público Português. A banda foi-se ambientando e para a parte final a coisa já parece mais consistente, apesar de Eddie voltar a esquecer-se de uma letra, desta vez foi "Immortality", mas o público lá estava pronto para ajudar e aguentou a coisa até Eddie voltar a apanhar a música. Apesar deste contratempo "Immortality" é um grande momento deste concerto.
Pouco mais há a acrescentar, mantêm-se o formidável alinhamento e a questão de se estar perante o arranque da digressão, e isso notar-se nomeadamente nas passagens dos temas uns para os outros. Apesar da circunstância a banda está impecável, segura, sem falhas. Eddie Vedder ao longo do concerto vai-se tornando mais comunicativo e sempre demonstrando grande apreço, e admiração, por Portugal e pelo público Português.
Quem lá esteve adorou certamente, quem ouvir só por esta via vai-se lamentar de não ter estado.