sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Script For A Jester's Tear - MARILLION


1 Script For A Jester's Tear 8:39
2 He Knows You Know 5:22
3 The Web 8:48
4 Garden Party 7:15
5 Chelsea Monday 8:16
6 Forgotten Sons 8:21

Herdeiros do requinte britânico com que outras bandas nos habituou nos anos 70, nomeadamente os Genesis da fase Peter Gabriel, os Marillion conseguem com este trabalho, o seu primeiro album, editado em 1983, revelar-se como dignos sucessores de um género que em ínicios dos anos 80 parecia já remetido ao passado sem grande influência para as novas bandas, e estilos, que iam surgindo entretanto. Os Marillion assumiam uma postura corajosa dentro de um estilo progressivo que passou a ser considerado complexo, cansativo e inteletual. As audiências entretanto passaram a preferir músicas curtas, mais diretas, e suficientemente ritmadas para dançar enquanto os Marillion se preocupavam em criar música mais elaborada, com vários andamentos e passagens que tornavam as suas músicas muito longas. Em resumo os Marillion tinham gosto em criar música sincera para quem soubesse apreciar e entender o género, sem se preocupar com modas ou com que direção seguir para alcançar um lugar no Top.
É de uma forma bastante delicada, e teatralmente pronunciada, que Fish nos introduz no album com o tema "Script For A Jester's Tear". As sucessivas mudanças de andamento vão ocorrendo ao longo da música concluindo num final ambíguo. "He Knows You Know" tem uma belíssima introdução de Guitarra por Steve Rothery e o tema mergulha num fantástico ambiente suportado pelos Teclados de Mark Kelly, e é um dos pontos mais fortes deste album. No consistente "The Web" encontra-se o momento que melhor demonstra a herança compositiva dos Genesis e no acentuado "Garden Party" nota-se mais uma vez a preponderância dos Teclados de Mark Kelly. Em "Chelsea Monday" é o Baixo de Pete Trewavas que começa por impor o andamento do tema mas logo se percebe ser Steve Rothery quem se apodera dele com a sua Guitarra Elétrica, ora melodiosa, ora gritante. A concluir está "Forgotten Sons" que demonstra ser o fecho perfeito para o trabalho de estreia dos Marillion assumindo-se como uma peça fundamental onde a teatralidade de Fish se volta a evidenciar através deste tema crítico, anti-guerra, e onde todo o trabalho técnico de banda se conjuga na perfeição. Como curiosidade, na introdução deste último tema há uma sintonização de postos de rádio e numa delas ouve-se a passagem do Single de estreia da banda, não incluído no album, "Market Square Heroes". Tambem de referir que este foi o único album da banda com a participação do Baterista Mick Pointer.

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