domingo, 7 de outubro de 2018

Golden Heart - MARK KNOPFLER


1 Darling Pretty   4:27
2 Imelda   5:22
3 Golden Heart   4:56
4 No Can Do   4:48
5 Vic And Ray   4:33
6 Don't You Get It   5:11
7 A Night In Summer Long Ago   4:39
8 Cannibals   3:37
9 I'm The Fool   4:22
10 Je Suis Désolé   5:09
11 Rudiger   5:59
12 Nobody's Got The Gun   5:21
13 Done With Bonaparte   5:00
14 Are We In Trouble Now   5:54                               

Considerando que todos os álbuns a solo editados por Mark Knopfler antes de Golden Heart são bandas sonoras, este é na realidade o seu primeiro trabalho original em nome próprio. Dezoito anos depois de ter começado a editar com os Dire Straits, chegava a altura de Mark Knopfler trabalhar as suas ideias a solo sem a preocupação de dar continuidade ao trabalho iniciado com a sua antiga banda. Editado em 1996, "Golden Heart" é um álbum de histórias singulares que Knopfler preparou calmamente, inspirado pela influência de música Irlandesa e Hillbilly, embebendo ordenadamente o registo de músicas cuidadas, preenchidas com a naturalidade e excelência dos seus solos de guitarra, serenos e bem medidos. Em suma, um trabalho de requinte. A música Irlandesa faz parte das influências culturais de Mark Knopfler, frequentemente utilizada nas já referidas bandas sonoras, sendo logo introduzida como uma pequena intro para "Darling Pretty" reaparecendo depois em "A Night In Summer Long Ago" e "Done With Bonaparte". No geral, o registo apresenta-se sob a forma de rock maduro, inspirado nas suas raízes mais tradicionais, sentido-se reminiscências dos Dire Straits em "Imelda" e "Cannibals", que lembra a fórmula usada em "Walk Of Life", e até mesmo a cadência acelerada de "Don't You Get It" pode ser incluída neste grupo de referência. "No Can Do" é a composição que mais se aproxima do contexto musical atual à data de edição e em "Rudiger", inspirado em factos reais, encontra-se um dos momentos chave deste trabalho, não sendo possível contornar a vividez cinematográfica de "Vic And Ray" e o vigor acústico de "Je Suis Désolé" ou algo de Roy Orbison em "Nobody's Got The Gun".  

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