terça-feira, 29 de julho de 2008

Octavarium - DREAM THEATER


1 The Root of All Evil 8:25
2 The Answer Lies Within 5:33
3 These Walls 7:36
4 I Walk Beside You 4:29
5 Panic Attack 8:13
6 Never Enough 6:46
7 Sacrificed Sons 10:42
8 Octavarium 24:00

Numa relação algo tempestuosa que venho a ter com os Dream Theater já à algum tempo, pareço ter encontrado finalmente algo que me agrada ao certo. Apesar de não conhecer a totalidade da obra da banda este foi até agora o trabalho que mais gostei, e mais facilmente me adaptei. Neste album de 2005 encontrei uma banda mais descontraída e acima de tudo encontrei um James La Brie mais interessante.
Um som sintetizado muito semelhante ao que os Pink Floyd usaram em "Welcome To The Machine" introduz-nos na obra, e tambem nos acompanha à saída. Logo aqui é evidente a importância que a banda britânica teve na formação destes talentosos músicos. A longa faixa que encerra o album têm uma introdução de 3:48 que nos remete imediatamente para a sonoridade de "Shine On You Crazy Diamond" e de "Signs Of Life" tambem dos Pink Floyd. Mais evidente não podia ser.
Bastante surpreendido fiquei com o tema "I Walk Beside You", típica canção feita para single que podia perfeitamente ser interpretada pelos U2. Apesar de não ser tão complexa como o que os Dream Theater normalmente compõem é uma canção simples mas bem estruturada com refrão forte e boa interpretação de La Brie.
"Never Enough" fez-me pensar que a banda neste album tentou colocar-se ao nível de bandas mais populares para tentar, provavelmente, conquistar novos fans. Este tema sou-me bastante a Muse. Estranho não é? Mas é isso que soa e tão perfeito.
"Panic Attack" é um tema ao nível da banda em que técnica, velocidade, e dinâmica se evidenciam, óptimo para emoções fortes e à altura de "Phantom Of The Opera" dos Iron Maiden, mais uma referência óbvia.
De referir ainda a balada "The Answer Lies Within" e um bastante interessante "These Walls", que nos consegue remeter a Marillion e Genesis.
As influências são óbvias, nunca foram negadas, e são muito bem utilizadas pela banda. São grandes referências e a banda bebeu desta água desde muito cedo. A diferença aqui está no facto de não ser um album cheio de Metal Progressivo, onde por vezes a guitarra de Petrucci cansa de tanta nota debitada em cascatas de notas. A banda parece ter-se focado, à semelhança do concerto íntimo registado em "Change Of Seasons", nas suas maiores influências e ao contrário do referido concerto, em que interpretam covers, usaram essas influências para criarem novos temas, e que bem que estes saíram.

Sem comentários: