terça-feira, 15 de julho de 2008

Unkown Pleasures - JOY DIVISION


1 Disorder 3:36
2 Day of the Lords 4:43
3 Candidate 3:00
4 Insight 4:00
5 New Dawn Fades 4:47
6 She's Lost Control 3:40
7 Shadowplay 3:50
8 Wilderness 2:35
9 Interzone 2:10
10 I Remember Nothing 6:00

Unkown Pleasures, em 1979, é o primeiro de dois álbuns de estúdio que testemunham a curta mas frutífera, discografia dos Joy Division. O suicídio de Ian Curtis em 1980 não deixou perceber até onde a banda podia ter evoluído, os New Order acabaram por ser o legado mas sem Curtis. Teria Curtis enveredado também por esta via? Nunca o saberemos.
É muito importante frisar a presença de Martin Hannett como produtor dos Joy Division, e nomeadamente a sua influência e orientação neste primeiro trabalho da banda de Manchester. Os Joy Division são filhos do Punk e Hannett não só soube trabalhar o som cinzento e áspero da banda mas também soube criar a atmosfera pesada e envolvente que caracteriza o som dos Joy Division. Os ambientes foram criados de uma forma praticamente experimental e sintetizadores foram acrescentados de forma a preencher os espaços. Lindo.
A frágil e decadente figura de Ian Curtis e a sua morte prematura ajudaram a criar o mito. A sua voz, a forma de cantar e de estar em palco, é hipnotizante e deixa-nos a contemplar esta figura esguia que se exprime timidamente mas tão real. O som da banda tornou-se uma influência para gerações que cresceram a ouvi-los ou que os vão ainda descobrindo a pouco e pouco.
Unkown Pleasures é um documento rigoroso em que o som da banda vigora e flui de forma destemida, segura e controlada. Ambiente pesado sem ser asfixiante mas cativante. O som que clamava pela revolta de uma Manchester enclausurada, tão cinzenta e urbana, como suja e petrificada, em finais dos anos setenta.

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