domingo, 10 de junho de 2007

Registos Magnéticos

Todas as edições até aqui apresentadas eram "registos digitais" ou CDs, daqui para a frente começam a aparecer os LPs, os tais registos magnéticos do titulo deste blog.
Mas afinal o que são registos magnéticos?

O formato de gravação em discos de vinil tem por base a gravação magnética de sons em que um arame era magnetizado por um electroiman que estava ligado a um microfone. Para a reprodução tornava-se a passar o mesmo arame por um electroíman e, por indução magnética, era reproduzido o som. Isto foi o inicio da gravação magnética. Estes registos começaram por ser inicialmente gravados em cilindro até por volta de 1907, ano em que aparece a primeira gravação num disco de duas faces e com 1 cm de espessura. O vinil tal como o conhecemos actualmente só começou a ser usado em 1950, antes os registos eram gravados em goma-laca.
Em 1934 a BASF, mudou o suporte de arame das gravações para uma fita plástica coberta num dos lados por óxido de ferro. A grande inovação era que este tipo de gravação era reutilizável e editável. Nos anos 70 começou a pesquisa da gravação de som em formato digital que veio degenerar em inicios dos anos 80 no formato CD, hoje o mais usado.
Apesar de actualmente o CD ser o formato mais em voga, os puristas do vinil continuam a existir em grande número. O CD trouxe-nos mais conforto, num formato mais pequeno, com mais informação e de fácil arrumação. Tem uma maior durabilidade, e não tem o problema do pó acumular nos sulcos e estragar a audição com "batata frita", no entanto certos entusiastas defendem a superioridade do vinil em relação ao formato digital em geral. O principal argumento utilizado é o de que as gravações em meio digital cortam as frequências sonoras mais altas e baixas, eliminando harmónicos, ecos e batidas graves e "naturalidade" e espacialidade do som. Estas diferenças no entanto são pouco perceptíveis a ouvidos destreinados. Há tambem a destacar a perca do formato, conceito, das capas, em que algumas poderiam ser autênticas obras de arte. No formato cd elas são muita pequenas e perdem muita definição, isto em relação a capas já bem conhecidas uma vez que, o CD entretanto já nos presenteou com inovações de nivel estético e novos conceitos de capa tem surgido. O novo formato obriga à procura de um novo caminho, lá está a evolução de novo a falar mais alto.
Perante isto tudo, cá por casa mantêm-se a colecção do vinil com buscas em feiras de velharias, lojas de usados e ocasiões, e vai-se acompanhando o que vai aparecendo de novo e de velho, pois que cada vez mais há reedições, em CD, cheias de novidades e bonus sempre muito actractivos.

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