sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Broadway The Hard Way -FRANK ZAPPA


1 Elvis Has Just Left the Building 2:24
2 Planet of the Baritone Women 2:48
3 Any Kind of Pain 5:42
4 Dickie's Such an Asshole 5:45
5 When the Lie's So Big 3:38
6 Rhymin' Man 3:50
7 Promiscuous 2:02
8 The Untouchables (Riddle) 2:26
9 Why Don't You Like Me? 2:57
10 Bacon Fat (Brown, Williams) 1:29
11 Stolen Moments (Nelson) 2:57
12 Murder by Numbers (Sting, Summers) 5:37
13 Jezebel Boy 2:27
14 Outside Now 7:49
15 Hot Plate Heaven at the Green Hotel 6:40
16 What Kind of Girl? 3:17
17 Jesus Thinks You're a Jerk 9:15

Este é o primeiro Cd da "trilogia" que documenta a digressão mundial de Zappa em 1988. Neste Cd, que não é duplo ao contrário dos outros dois, Zappa deu mais atenção às canções, maioritariamente novas. É uma excelente oportunidade para perceber como este homem funcionava ao vivo e conduzia uma banda que estava muito bem ensaiada e da qual podia sacar o que pretendesse no momento, e só mesmo uma banda nestas condições pode fazer as mudanças, consecutivas, de andamentos que chegam a parecer impossíveis. Há muito humor, muita crítica, muito divertimento e grandiosos momentos musicais, que até parece que é fácil participar nesta festa de palco.
Zappa sempre usou a música como forma de protesto, nomeadamente político e Ronald Reagan, e os Replubicanos, eram nesta altura os mais visados. Jimmy Swaggart, um pregador da igreja Pentecostal e conhecido Tele-evangelista da televisão americana, estava em voga na altura devido a um escândalo sexual, e tambem não escapou nesta digressão à atitude contestadora de Zappa, por acaso neste Cd é Sting, sim esse mesmo Sting, que sobe ao palco para interpretar o tema "Murder by Numbers" mas que antes denuncia Swaggart por este ter acusado este mesmo tema de ter sido escrito pelo Diabo e tocado pelos filhos do Diabo. Michael Jackson é outra das vítimas por aqui visada, no tema "Why Don't You Like Me?".
É mais uma excelente obra deste magnífico compositor que nos deixa aqui mais um legado de canções muito bem estruturadas, com letras carregadas de humor do mais negro. "Any Kind of Pain" é uma das canções mais exemplares do grande gosto deste homem em compôr música e depois há sempre os solos de guitarra, únicos e inconfundíveis, de Zappa.
Impressionante é o numero de obras conhecidas, dos mais diversos géneros, que Zappa utiliza nos concertos em pequenos excertos, uma audição atenta revela imensos pormenores, isto numa obra sem um género definido uma vez que quase todos os estilos passam por aqui, pois é de música que se trata e da melhor estirpe.

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