quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Bye Bye Blues - THE BLUES BAND (Live)


Lado A
1 Come On In (Stonebridge/McGuiness/Jones)   2:05
2 Hey, Hey, Little Girl (Stonebridge/McGuiness)   1:55
3 Death Letter (S. House)   4:05
4 Grits Ain't Groceries (T. Turner)   3:34
5 Flat Foot Sam (Wills/Lewis)   4:51
6 Don't You Lie To Me (C. Berry)   3:45
7 Can't Hold On (P. Jones)   5:09
Lado B
1 It Might As Well Be Me (Stonebridge/McGuiness)   3:58
2 Nadine (C. Berry)   4:22
3 Big Boss Man (Smith)   3:44
4 Maggie's Farm (B. Dylan)   7:14
5 Treat Her Right (R. Head)   5:44

Os The Blues Band nascem casualmente de um convite de Paul Jones (voz e harmónica) a Tom McGuiness (guitarrista). Ambos são ex-membros das formações iniciais da banda de Manfred Mann, a que se juntaram músicos com vasto historial de bandas desde 1962 até 1979. A contra-capa da edição em vinil deste álbum contêm uma árvore genealógica que explica os diversos cruzamentos das bandas envolvidas no percurso dos seis elementos, e outros que mais, que integraram a The Blues Band nesta primeira fase. O longo historial destes elementos permite perceber que as raízes da banda se estendem até às origens do rhythm and blues em solo britânico.

Formados em 1979 como uma banda part-time para preencher algumas datas, os britânicos The Blues Band acabaram por se tornar num caso sério. Nos três anos seguintes, viriam a gravar três álbuns de estúdio e a fazer cerca de seiscentas datas ao vivo, Portugal incluído, mas em cima do natal de 1982 encerravam a sua atividade com este registo ao vivo, como um alegre testemunho da sua despedida. A banda renasceu na segunda metade da década de 80 e tem-se mantido ativa até aos dias de hoje. 

Bye Bye Blues foi gravado ao vivo em dezembro de 1982 no clube londrino The Venue, que era, na altura, propriedade da Virgin Records. O registo retrata aquela que seria a última aparição da Blues Band após um curto período de existência que superou as expetativas da banda e das audiências. O repertório é rico em material de blues, rock 'n' roll clássico e alguns originais da Blues Band, sendo executado em ambiente de festa com participação de alguns músicos convidados, entre eles o pianista Ian Stewart, mais conhecido como o "sexto" Rolling Stone. 

A experiente formação da Blues Band era totalmente devota à alma e energia do blues/rock pelo que a sua entrega em palco é genuína e intensa. Paul Jones detém uma liderança exemplar pela sua postura, como voz principal e como um excelente tocador de harmónica. A fluidez das guitarras de Tom McGuiness e Dave Kelly é sedutora e cativante, e Kelly é um exímio utilizador do slide. A secção rítmica, Gary Fletcher no baixo e Rob Townsend na bateria, assegura o andamento de palco e complementa a excelência da formação. O saxofonista John "Irish" Earle e o trompetista Dick Hanson juntam-se à Blues Band nesta atuação, para participação em algumas músicas.

Apesar de ser um concerto de despedida vive-se um ambiente de festa. O que se pretendia era uma celebração, não só de uma banda mas de um estilo de música que se alimenta desta energia. O entusiasmo e a participação do público presente demonstra que assim foi.

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