domingo, 2 de dezembro de 2012

The Cry Of Love - JIMI HENDRIX

1 Freedom 3:25
2 Drifting 3:48
3 Ezy Ryder 4:10
4 Night Bird Flying 3:50
5 My Friend 4:38
6 Straight Ahead 4:42
7 Astro Man 3:32
8 Angel 4:25
9 In from the Storm 3:41
10 Belly Button Window 3:37

The Cry Of Love, o primeiro album a ser editado após a morte de Jimi Hendrix em Setembro de 1970, parte da recolha de temas que Hendrix andava a trabalhar em estúdio para a edição de um novo trabalho, um Lp duplo. O critério de escolha desta edição póstuma centrou-se nos temas que se encontravam mais perto da sua conclusão e foi desta forma que em 1971 The Cry Of Love chegou ao acesso do público. É por muitos considerado como o quarto álbum de estúdio de Jimi Hendrix, uma afirmação que só peca pelo facto do trabalho não ter sido concluído e editado ainda em vida de Hendrix. Apesar de se tratar de uma recolha de material inédito quase concluído fica ainda a incógnita de se saber como Hendrix teria limado as arestas destes temas. Apesar das circunstâncias The Cry Of Love acaba por fazer parte do legado da curta e incrível carreira de Jimi Hendrix e como tal não desilude pois mais uma vez encontramos um forte set de músicas vigorosas, muito dinâmicas e singulares, que resultam numa riqueza harmoniosa digna da criatividade de um distinto autor como Jimi Hendrix.
É de forma intensa e possante que “Freedom” nos apresenta a edição assim como, “Night Bird Flying”, Straight Ahead”, “Astro Man” e “In From The Storm” são igualmente intensos e bastante conscientes pelo que se nota um trabalho mais elaborado bastante evidenciado na preciosidade de “Drifting” e “Angel”. A genuinidade dos Blues está bem patente em “My Friend” e na naturalidade clássica do estilo em “Belly Button Window” que Hendrix interpreta sozinho. Coloco “Ezy Rider” à parte por pertencer a uma sessão anterior ainda com a Band Of Gypsys (Billy Cox no Baixo e Buddy Miles na Bateria) assim como “My Friend” (Noel Redding no Baixo e Mitch Mitchell na Bateria) que pertence às primeiras sessões de gravação de Electric Ladyland. Todo o restante material foi gravado com Billy Cox no Baixo e Mitch Mitchell na Bateria, a última formação que gravou e tocou com Hendrix.
A curta aparição de Jimi Hendrix no universo mexeu redondamente com os cânones da música popular e acabou por abriu novos e inventivos caminhos para a progressão de um estilo que ainda hoje reconhece o contributo Hendrixiano como fulcral para a evolução do género e da forma de utilizar uma Guitarra Elétrica. The Cry Of Love fica como testemunho dos últimos dias de um génio que provavelmente ainda teria muito para dar…

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