terça-feira, 25 de janeiro de 2022

The Back Room - EDITORS


1 Lights (Smith/Urbanowicz/Leetch/Lay)   2:30
2 Munich (Smith/Urbanowicz/Leetch/Lay)   3:45
3 Blood (Smith/Urbanowicz/Leetch/Lay)   3:27
4 Fall (Smith/Urbanowicz/Leetch/Lay)   5:04   
5 All Sparks (Smith/Urbanowicz/Leetch/Lay)   3:31   
6 Camera (Smith/Urbanowicz/Leetch/Lay)   5:00
7 Fingers In The Factories (Smith/Urbanowicz/Leetch/Lay)   4:12
8 Bullets (Smith/Urbanowicz/Leetch/Lay)   3:08   
9 Someone Says (Smith/Urbanowicz/Leetch/Lay)   3:10   
10 Open Your Arms (Smith/Urbanowicz/Leetch/Lay)   6:00   
11 Distance (Smith/Urbanowicz/Leetch/Lay)   3:37

Os britânicos Editors estreavam-se nos discos em 2005 com "The Back Room" e expunham assim a sombria atmosfera que envolve as suas incursões nos terrenos de uma pop soturna que procura a sua revitalização num passado com vinte e cinco anos de distância. No dealbar de um novo século, também associado ao começo de um novo milénio, os Editors vivem num mundo superficialmente mais evoluído do que aquele em que viveram os Joy Division e os seus similares mas é a esta época que a banda de Birmigham vai buscar a sua sonoridade, num ato de renovada devoção.

O semblante carregado de uma certa Manchester, UK, de finais da década de 1970 parece assombrar de facto o registo mas os Editors exibem uma postura consciente e de elevada sobriedade, atual e coesa. A base da sua criação estava situada dentro do seu próprio espaço, no figurado quarto das traseiras onde escondiam todos os sentimentos, e onde construíam as estruturas consistentes que sustentam um trabalho inquietante, carregado por uma cerrada nebulosidade, em que também despertam momentos de regozijo, melodia e emoção, sempre com as guitarras sintonizadas em jogos de elétrica cumplicidade perante a sombria presença das teclas.

The Back Room tem início na sequência fulgurante de três músicas excitantes cuja nuance é interrompida pelo sofrível crescendo da bonita melancolia de "Fall". O andamento volta a ser reposto com "All Sparks" que conduz à revelação de "Camera", a peça central do registo e portadora de uma emoção crescente que evolui de forma dramática. A destreza de uma nova sequência de três músicas com algum fulgor começa a ganhar dimensão com o ímpeto de "Fingers In The Factories", a urgência de "Bullets" em reclamar algum do protagonismo do registo e no lance quase-punk de "Someone Says" até à ponderação rítmica de "Open Your Arms" e à candura final de "Distance".

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