1 Priceless (G. Glenn) 4:47
2 Lead Me Into Love (S. Lane & L. Prentiss) 4:44
3 Giving You The Best That I Got (A. Baker/S. Scarborough/R. Holland) 4:18
4 Good Love (G. Taylor) 5:38
5 Rules (M. Ryder/P. Nicholl & G. Lamb) 3:50
6 Good Enough (J. McBride & A. Baker) 4:47
7 Just Because (M. O'Hara/S. McKinney & A. Brown) 5:09
8 You Belong To Me (G. Lyle/T. Britten & B. Livsey) 3:50
Em 1988, Anita Baker editava o seu terceiro trabalho original de estúdio e mantinha a serena abordagem R&B/Soul aveludada e bem produzida que já a caraterizava. Canções bem estruturadas e impregnadas de uma forte temática romântica dominam o registo mas a musicalidade extraída vai muito além da tranquilidade de um trabalho meloso e baladeiro.
O álbum vai-se abrindo à medida que as audições se sucedem e os pormenores começam então a ganhar os devidos contornos e todo o trabalho a fazer sentido, acabando por revelar um registo doce e quente em que se percebe como a impecável conduta de Anita Baker aparece agora mais solta e confiante.
É a partir de "Good Love" que o registo se abre completamente e ganha outra frescura, aproximando-se então de uma sonoridade com requinte soul/pop, sem deixar de passar pela linha jazz de "Good Enough", que conta com uma prestação bem medida de Gerald Albright em sax-tenor. Para trás ficam três momentos mais orgânicos, assim caraterizados por incluírem a prestação de uma banda completa onde se insere o baterista Omar Hakim. Com exceção da já referida "Good Enough", as restantes músicas são reguladas, ritmicamente, pelas máquinas. O registo não fica descaraterizado por esta repartição rítmica mas dá para perceber que o álbum tem duas dinâmicas.
Outra presença fulcral nas músicas mais orgânicas é a fascinante prestação harmónica das segundas vozes, nomeadamente em "Lead Me Into Love"; uma balada que cresce dentro da sua própria dinâmica mas progride para um final caloroso em que Anita Baker "joga" com a prestação vocal das Perri Sisters para uma sequência entusiasmante. Esta música conta também com a prestação do pianista norte americano George Duke.
As maquinais "Good Love", "Just Because" e "You Belong To Me" apresentam as texturas mais orelhudas e cativam facilmente a atenção por serem tão pop enquanto "Rules", que também se insere neste lote, acaba por ser mais discreta mas ganha evidência pelo seu equilíbrio musical.
Anita Baker voltava assim a afirmar-se como uma artista e uma voz a ter em conta perante a cultura musical norte americana.
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