sábado, 13 de fevereiro de 2021

Reflections! - TWENTY SIXTY SIX AND THEN


1 At My Home (Studio Live-Version)   7:54
2 Autumn   9:05
3 Butterking   7:10
4 Reflections On The Future   15:45
5 The Way That I Feel Today (Studio Live-Version)   11:09
6 Spring (Duet For Two Hammonds)   13:00
7 I Wanna Stay (The Munich Sessions)   3:56
8 Time Can't Take It Away (The Munich Sessions)   4:40

Em 1972 os alemães Twenty Sixty Six And Then editavam aquele que seria o seu único registo discográfico. A banda extinguiu-se logo de seguida mas deixou um extraordinário testemunho da sua curta existência através do álbum "Reflections On The Future". 

Em 1991, numa tentativa de reedição, foi editado "Reflections On The Past". Um álbum duplo em vinil com três lados, que resulta de uma infrutífera busca pelas masters originais, já perdidas, mas que levou ao encontro de material pré-gravado para o álbum de 72, em versões ligeiramente diferentes mas de boa qualidade.  

Ao invés de se proceder ao tratamento e filtragem de uma das edições originais em vinil para uma reedição em cd, optou-se por aproveitar a boa qualidade do material inédito e daí nasceu a compilação "Reflections!", editada em 1994.

"Reflections!" é a amostra que resta do enorme potencial dos Twenty Sixty Six and Then. A banda explorava uma sonoridade de caráter progressivo bastante intensa, dominada pela destreza dos dois teclistas e pelo timbre rouco da voz de Geff Harrison a que se junta o dinamismo de uma secção rítmica possante e a eficácia do guitarrista Gagey Mrozeck. De uma forma mais generalizada é possível afirmar que os Twenty Sixty Six and Then enquadram-se algures entre a graciosidade dos Procol Harum, o heavy rock dos Deep Purple e a veia mais classicista de Emerson, Lake and Palmer.

As primeiras quatro faixas correspondem a versões similares das músicas incluídas no alinhamento do álbum original com exceção de "At My Home" que aqui aparece numa versão mais longa por ter sido gravada num ensaio em estúdio, tal como sucede com os inéditos "The Way That I Feel Today" e "Spring". As faixas "I Wanna Stay" e "Time Can't Take It Away" correspondem já a uma outra sessão de gravação que teria o intento de gravar músicas para um segundo registo que nunca chegou a acontecer. 

Entre as particularidades mais evidentes desta edição distingue-se a vertente psicadélica de "Butterking", a disputa dos dois orgãos Hammond em "Spring" e a curiosa aparição de Donna Summer nos coros de "Time Can't Take It Away". 

Um registo incontornável, não só pelo virtuosismo patente mas pela sua raridade como testemunho de uma exatidão temporal. Apenas uma perfeita conjugação de elementos pode ter permitido que estas sessões ocorressem por aquela altura, nos locais certos e com as pessoas certas.  

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