segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020
Brilliant Corners - THELONIOUS MONK
1 Brilliant Corners 7:42
2 Ba-Lue Bolivar Ba-Lues-Are 13:08
3 Pannonica 8:50
4 I Surrender, Dear (G. Clifford / H. Barris) 5:25
5 Bemsha Swing 7:42
O pianista norte americano Thelonious Monk será sempre uma personagem ímpar na história do jazz, seja pela sua excentricidade ou pela forma como encarava a estrutura do género. Revelou-se como um músico ousado, independente e criativo, o que lhe transmitia alguma originalidade ao nível de composição e também na interpretação de música de outros autores. Em Brilliant Corners, editado em 1957, Monk joga de várias formas com a estrutura melódica das peças imprimindo-lhes uma notável singularidade, fruto de uma utilização peculiar dos espaços e dinâmicas. Um trabalho impressionante que se manifesta em cinco peças distintas e exigentes, executadas por um quinteto exemplar em que o baterista Max Roach apresenta uma performance notável por conseguir, tal como Monk, imprimir um cunho próprio na forma como aborda o seu instrumento.
O registo arranca com "Brilliant Corners", uma peça irrequieta que se move sucessivamente sobre o balançao de dois andamentos díspares. Segue-se o sugestivo humor fonético do título e do correspondente riff de "Ba-Lue Bolivar Ba-Lues-Are", com Monk a oferecer aqui outro momento peculiar através da execução de um solo titubeante mas que encaixa perfeitamente na estrutura da peça. Em "Pannonnica" Monk divide-se simultâneamente entre o piano e uma celesta, uma balada escrita por Monk para a sua grande amiga Nica, a famosa baronesa que um dia abandonou a família, para ficar em Nova Iorque, porque se apaixonou pelo ... jazz. Em "I Surrender, Dear" encontra-se Monk a solo para uma interpretação magistral que impressiona pela irregularidade mas ainda assim tão melódica. O registo fecha com "Bemsha Swing", outro daqueles momentos a que não se consegue ficar indiferente. Uma estrutura musical forte e coesa, com Max Roach dividido entre a bateria e um set de tímpanos. Das cinco peças do álbum esta é a única que apresenta variação na formação com o trompetista Clark Terry e o contrabaixista Paul Chambers a ocuparem os lugares de Henry e Petitford por indisponibilidade dos mesmos para a sessão final.
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