domingo, 7 de abril de 2013

A 25th Anniversary In Show Business Salute To - RAY CHARLES - LP01

Side A
1 It Should Have Been Me (M.Curtis) 2:39
2 Mess Around (A.Nugetre) 2:39
3 Don’t You Know 2:50
4 I’ve Got A Woman 2:48
5 A Fool For You 2:59
6 Hallelujah I Love Her So 2:33
7 Drown In My Own Tears (H.Glover) 3:15
8 Rockhouse 3:54
9 Lonely Avenue (D.Pomus) 2:42
Side B
1 Ain’t That Love 2:50
2 Swanee River Rock (Talkin’ Bout That River) 2:18
3 Night Time Is The Right Time (L.Herman) 3:25
4 Mary Ann 2:45
5 I Believe To My Soul 2:58
6 What’d I Say 6:25
7 Just For A Thrill (L.Armstrong/D.Raye) 3:21
8 Yes Indeed (S.Oliver) 2:14
9 Don’t Let The Sun Catch You Crying (J.Greene) 3:41

Editada originalmente em 1971, esta dupla compilação em vynil visava ser uma retrospetiva, comemorativa, da influente carreira de Ray Charles abrangendo a primeira fase de sucesso e a respetiva evolução até à atualidade, à data da edição. Temos assim a preponderância de uma carreira que cedo se começou a desenhar, fruto do infortúnio de um glaucoma que lhe provocou cegueira aos seis anos de idade, e a perda precoce dos pais na adolescência, pelo que o jovem Ray frequentou, desde cedo, uma escola especial onde desenvolveu os sentidos para execução e composição musical. Na segunda metade dos anos 40 já gravava em estúdios e em 1951 conseguia o seu primeiro Top Ten Hit com "Baby, Let Me Hold Your Hand", curiosamente ausente desta seleção. A influência de Ray Charles no desenvolvimento cultural da música popular através do Rhytm & Blues, a música negra que viria a degenerar no Rock ‘n Roll e depois na Soul, é pois preponderante num estilo que já continha os ingredientes explosivos que viriam a despoletar definitivamente a emancipação da juventude branca Norte-Americana na segunda metade dos anos cinquenta e o começo do despoletar da música comercial “negra” como vencedora de Hits e respetiva credibilidade artística.
Esta edição reúne um total de 36 temas de sucesso na carreira de Ray Charles, e o primeiro Lp centra-se nos anos 50 e dá-nos 18 temas essenciais que se repartem por diversos géneros em que alguns já eram Rock ‘n Roll antes do Rock, caso de “Mess Around”, outros preconizavam a Soul através do espiritualismo Gospel, como “Drown In My Own Tears” ou “Ain’t That Love”, a presença do Jazz em “Rockhouse” e “Just For A Thrill”, e a relevância de temas fundamentais como “I’Ve Got A Woman”, “Hallelujah I Love Her So” e “What I’d Say”.
Um dia chamaram-lhe génio mas Ray não gostou de tal epíteto ao que respondeu “Art Tatum era um génio. E Einstein também. Eu não”. É inegável no entanto, a influência que Ray Charles teve nos trabalhos e correntes posteriores às duas décadas áureas em que vingou como um importante artista, inovador e criativo.

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