quarta-feira, 17 de abril de 2013

A 25th Anniversary In Show Business Salute To - RAY CHARLES - LP02


Side A
1 Georgia In My Mind (S.Gorrell/H.Carmichael)   3:37
2 Unchain My Heart (A.Jones/F.James)   2:52
3 Hit The Road Jack (P.Mayfield)   1:57
4 One Mint Julep (R.Toombs)   3:04
5 Ruby (M.Parish/H.Roemheld)   3:52
6 I Can’t Stop Lovin’ You (D.Gibson)   4:15
7 You Are My Sunshine (J.Davis/C.Mitchell)   2:52
8 Born To Lose (F.Brown)   3:15
9 Busted (H.Howard)   2:09
Side B
1 Crying Time (B.Owens)   2:54
2 Let’s Go Get Stoned (V.Simpson/N.Ashford/J.Armstead)   2:57
3 Yesterday (J.Lennon/P.McCartney)   2:42
4 Understanding (J.Holiday/R.Charles)   3:08
5 Eleanor Rigby (J.Lennon/P.McCartney)   2:56
6 If You Were Mine   3:47
7 Don’t Change On Me (J.Holiday/E.Reeves)   3:22
8 Booty Butt   4:10
9 Feel So Bad (L.Tample/J.Johnson)   3:41

O segundo Lp desta compilação começa por incidir basicamente nos anos 60, a década em que tudo aconteceu, e fecha com uma interessante visita à transição de Ray Charles para os anos 70, onde se nota que os tempos estavam de facto a mudar. Grandes êxitos como “Unchain My Heart” e “Hit The Road Jack” em 1961, davam o arranque em grande estilo para a década que viu nascer a Soul Music, viu o Rock afirmar-se como um caso sério, viu os Beatles nascer e a Pop nunca mais foi a mesma. No meio de tudo isto Ray Charles continuou a ser "grande" percorrendo variadas formas e estilos. É pois um imparável Ray Charles revelado como um dos principais impulsionadores da Soul, mas que também visitou o Country e utilizou vozes Gospel e grandes orquestrações em temas declaradamente mais Pop onde se incluem versões peculiares de temas dos Beatles, como “Yesterday” e “Eleanor Rigby”. No meio da turbulência desta década Ray Charles foi preso por posse de drogas e esteve ausente dos Tops durante um ano mas o regresso às lides com “Let’s Go Get Stoned” revelou um artista moralizado e pronto a seguir de onde tinha ficado. No final de uma década confusa e colorida, Ray, à semelhança de Elvis Presley, abraça a Pop mais ligeira e é desta forma, com a Guitarra Elétrica e o Baixo a sobressaírem sobre o resto da banda, que entra com alma nos anos 70.
Nas palavras de Ray Charles “Soul is when you can take a song, and make it part of you – a part that’s so true, so real, people think it must have happened to you. I’m not satisfied unless I can make them feel what I feel”. Assim era Ray Charles e esta compilação ajuda a compreender a importância da sua evolução como músico influente nas gerações que lhe sucederam. 

Sem comentários: