sábado, 18 de julho de 2009

Live: A Fortnight In France - PATRICIA BARBER


1 Gotcha 6:14
2 Dansons la Gigue! 5:13
3 Crash 7:28
4 Laura (Mercer, Raksin) 5:27
5 Pieces 6:47
6 Blue Prelude (Bishop, Jenkins) 5:53
7 Witchcraft (Coleman, Leigh) 6:28
8 Norwegian Wood (This Bird Has Flown) (Lennon, McCartney) 7:10
9 Whiteworld 6:08
10 Call Me (Fields, Gasso) 6:34

Patricia Barber é dona de um estilo muito próprio de compôr, e interpretar, dentro do imenso mundo da música, sendo o Jazz o género que mais se associa ao seu perfil. Sem a tornar um caso único, ou mesmo original, acaba por ser uma artista facilmente identificável e é sempre de aguardar com alguma curiosidade o que dela pode sair.
O Cd foi captado em três espectáculos em França no ano de 2004 e proporciona-nos, deliciosamente, alguns desses momentos. Acompanhada por três músicos habituais, Michael Arnopol, no Contrabaixo, Neal Alger, em Guitarra eléctrica e Clássica, e Eric Montzka, na Bateria, Patricia Barber, Piano e Voz, apresenta um concerto cativante que prende facilmente quem estiver a ouvir. O repertório aqui apresentado, divide-se por cinco peças originais sendo uma delas inédita, e por outras cinco versões, é uma das força motivadoras do interesse deste trabalho, os originais são muito interessantes e as interpretações das versões são intensas, sinta-se a força da banda em "Norwegian Wood" ou a emotividade das baladas "Laura" e "Blue Prelude", ou ainda o quente desempenho de "Witchcraft", mas de facto os originais, "Crash", "Pieces" e "Whiteworld" são os melhores momentos deste Cd. A grande força contudo centra-se numa banda habituada a partilhar o palco e à qual é dada liberdade para se exprimir. Eric Montzka distingue-se na Bateria, não só por estar sempre presente ritmicamente, ausente somente nas baladas, mas por ser um músico bastante criativo e que consegue empregar bastante força e emotividade à banda, por sua vez o Guitarrista Neal Alger é tambem um membro em constante progressão que se empenha em alguns dos melhores momentos empregando solos bastante intensos. O Contrabaixista Michael Arnopol é o músico que acompanha Patricia à mais tempo e é entre todos o que lhe transmite mais segurança mantendo a constância da banda.
Dentro das intérpretes de Jazz actuais que por aí tem andado Patricia Barber consegue ser das poucas, senão a única, que me tem cativado pela sua sonoridade tão própria e fora do Jazz mais convencional.

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