1 Love Is The Drug (Ferry/Mackay) 4:05
2 End Of The Line (Ferry) 5:14
3 Sentimental Fool (Ferry/Mackay) 6:11
4 Whirlwind (Ferry/Manzanera) 3:34
Lado B
1 She Sells (Ferry/Jobson) 3:45
2 Could It Happen To Me? (Ferry) 3:37
3 Both Ends Burning (Ferry) 5:12
4 Nightingale (Ferry/Manzanera) 4:05
5 Just Another High (Ferry) 6:28
Qualquer que seja o álbum, ou a época, ouvir Roxy Music tem sido sempre uma experiência fantástica. Há classe, charme e estilo - a que não será alheia a icónica imagem do vocalista Bryan Ferry - há também requinte e exuberância, e um incrível poder de atração ao qual é impossível de resistir depois de se ser por ele apanhado.
De início, nada parece fazer sentido, nada parece estar no devido lugar. A estrutura musical parece desenquadrada, pouco inspirada e nada apelativa, mas no fundo há uma distinta fluidez artística que percorre a energia de um universo rock que não chega a ser rock, tem o doce perfume da pop sem cheirar a pop, e denuncia algum caráter glam sem grandes devaneios que não sejam mesmo a própria música em si. Os Roxy Music são realmente um caso à parte no percurso evolutivo da música popular da década de 1970 e ainda de 1980.
Editado em 1975, 'Siren' corresponde ao quinto álbum de estúdio da influente banda britânica e é revelador da inevitável ascensão de Bryan Ferry como líder absoluto do grupo. É uma obra em que a nobreza vocal de Bryan Ferry se funde ainda com algum resquício da estética primordial dos Roxy Music - sintetizadores arriscados, o pontual saxofone, e oboé, de Mackay e o petulante violino elétrico de Eddie Jobson - mas a presença dominante do romântico Bryan Ferry é bem evidente na acessibilidade desta obra e um claro sinal de apontar a um caminho mais convencional.
O registo inicia com a lucidez de uma elegante sequência de três faixas em que sobressai a irresistível sedução de "Love Is A Drug, a maturidade de "End Of The Line" e o intrigante caráter progressivo de "Sentimental Fool". Com "Whirlwind" dá-se um primeiro abanão no álbum, um indiciante turbilhão, que se estende à segunda parte através da aprazível agilidade de "She Sells" e estimula a evidência bipolar de "Could It Happen To Me?", incita o futurismo latente em "Both Ends Burning, a peculiaridade estética de "Nightingale" e a feição convencional de "Just Another High" para finalizar.
A sereia da capa era a conhecida modelo norte-americana Jerry Hall, companheira de Bryan Ferry à data, que poucos anos depois escorregaria para as mãos de outra estrela rock ... Mick Jagger ...
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