sexta-feira, 22 de maio de 2020

True Colours - SPLIT ENZ


Side 1
1 I Got You   3:24
2 Shark Attack   2:52
3 What's The Matter With You   3:02
4 Double Happy   3:15
5 I Wouldn't Dream Of It   3:14
6 I Hope I Never   4:26 
Side 2
1 Nobody Takes Me Seriously   3:24
2 Missing Person   3:32
3 Poor Boy   3:19
4 How Can I Resist Her   3:26
5 The Choral Sea   4:29 

O início dos neo-zelandeses Split Enz remonta a 1972, sob a designação Split Ends, e até ao final dessa mesma década tiveram dificuldade em manter uma base sólida que garantisse estabilidade ao projeto. A constante alteração de elementos na formação levou a que a banda atravessasse diversas fases o que os levou a passar aos poucos do art-rock do período inicial, com longas canções progressivas, até à fase pop/rock, com canções mais curtas e mais acessíveis, no final da década. Apesar das diversas contrariedades iam conseguindo atrair alguns focos de atenção mas seria apenas em 1980, com a edição de True Colours, o seu quarto trabalho original em estúdio, que os Splint Enz conseguiam conquistar finalmente o tão almejado top inglês, e norte-americano, através do single "I Got You". Foi neste ponto que os Split Enz se tornaram embaixadores culturais do seu país. 
O movimento punk ainda mexia mas esta era a época da new wave e é essa a sonoridade que se encontra em True Colours. Canções curtas, eficazes e experientes, cheias de energia desse novo rock. Uma sonoridade atual, preenchida com guitarras ritmo e a presença crucial dos sintetizadores a pontuarem nos momentos chave, como os atrevidos instrumentais "Double Happy" e "The Choral Sea". A hábil estrutura pop/rock demonstrada ao longo de todo o registo é uma clara evidência da maturidade de composição que a banda já detinha e reforça a importância de músicas como "I Wouldn't Dream Of It", "Missing Person", "Poor Boy" e " How Can I Resist Her". Em "Shark Attack" encontra-se a música que mais se aproxima do espírito punk enquanto "I Hope I Never" carrega o peso dramático das baladas ao piano acabando por se destacar como a peça mais séria deste trabalho. 

Sem comentários: