segunda-feira, 13 de abril de 2015

Mad Hatter - CHICK COREA


1 The Woods   4:25
2 Tweedle Dee   1:08
3 The Trial   1:39
4 Humpty Dumpty   6:30
5 Prelude To Falling Alice   1:19
6 Falling Alice   8:16
7 Tweedle Dum   2:50
8 Dear Alice   13:07
9 Mad Hatter Rhapsody   10:43    

Editado originalmente em 1978, "The Mad Hatter" é um trabalho concetual inspirado no louco ambiente do célebre conto de Lewis Carrol "Alice no País das Maravilhas". Neste mundo imaginário onde tudo pode acontecer Chick Corea encontra o terreno perfeito para explorar vários percursos e no final o álbum revela-se como um trabalho dinâmico e multifacetado que mais parece uma obra orquestrada com intuito de representação.
Corea inicia a solo a demanda fantasiosa através de uma peça sugestiva que nos introduz na floresta (The Woods). Equipado com a sua maquinaria onde figuram Sintetizadores Moog e um ARP Odissey, o piano acústico e até uma marimba, consegue reproduzir/sugerir os sons ambientais do espaço de ação. De seguida Corea separa as duas personagens inseparáveis do conto, Tweedle Dee e Tweedle Dum, sendo "Tweedle Dee" a primeira personagem a aparecer no alinhamento do álbum com uma intervenção acentuadamente marcante de Corea ao piano acompanhado por um quarteto de cordas numa peça rápida que faz ligação com "The Trial", outra peça curta, onde aparece pela primeira vez a voz de Gayle Moran, aqui em tom operático. Ao quarto tema o be-bop acentua a presença de "Humpty Dumpty" que nos sugere o primeiro grande momento deste registo numa peça vigorosa com quarteto jazz onde figuram para além de Corea, Joe Farrell em sax-tenor, Eddie Gomez no contrabaixo e Steve Gadd na bateria. "Falling Alice" é antecedido de um pequeno prelúdio que nos conduz a outra peça de excelência dominada já por uma formação de orquestra num momento que sugere um Musical com arranjos pop, novamente com Gayle Moran a dar voz ao tema, e entretanto chega a vez do gémeo "Tweedle Dum" fazer a sua aparição, curiosamente na peça mais dramática do álbum. As duas peças finais, em formato de orquestra, são as mais intensas. A progressividade latina de "Dear Alice" atinge ritmos emocionantes com salsa de fundo enquanto "Mad Hatter Rhapsody" proporciona a oportunidade de ouvir Chick Corea e Herbie Hancock a partilhar momentos através de mais uma peça plena de vigor.
"Mad Hatter" incorpora-se no estilo de trabalho que Chick Corea desenvolveu a meio dos anos 70 encontrando bastantes similaridades, na temática fantasiosa e na banda, com o registo "The Leprechaun" editado dois anos antes.

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