domingo, 27 de janeiro de 2013

Mutantes - OS MUTANTES

1 Panis et Circenses  (G.Gil/C.Veloso)  3:37
2 A Minha Menina (J.Ben)  4:41
3 O Relógio  3:29
4 Adeus Maria Fulô (Sivuca/H.Teixeira)  3:04
5 Baby (C.Veloso)  3:00
6 Senhor F   2:33
7 Bat Macumba (G.Gil/C.Veloso)  3:09
8 Premier Bonheur du Jour (F.Gérald/Jean M.Renard)  3:35
9 Trem Fantasma (Os Mutantes/C.Veloso)  3:15
10 Tempo No Tempo  1:47
11 Ave Genghis Khan   3:46

Ora aqui está um herdeiro direto da revolução cultural que se centrou fundamentalmente em Londres e São Francisco no louco final do anos 60 e que pretendia mudar o Mundo. Mudar não mudou mas ajudou a despertar muitas consciências e parece ter inspirado fortemente os Mutantes no seu primeiro álbum de originais editado em 1968. Em época do movimento Tropicalista no Brasil, os jovens Arnaldo Baptista (Baixo, Teclado e Vozes), Rita Lee (Voz) e Sérgio Dias (Guitarra, Baixo e Vozes) escolheram o Rock pela via mais louca e experimental e fizeram oficialmente a sua estreia através deste registo tão psicadélico e experimental quanto os icónicos “Sgt.Peppers Lonely Hearts Club Band” dos Beatles e “Their Satanic Majesties Request” dos Rolling Stones. Mostrando estarem atentos ao que se passava no Mundo, os Mutantes aliaram a criatividade à liberdade de experimentar contando ainda com os apoios de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Jorge Ben num trabalho que denota uma grande influência Europeia, inclui até uma versão do clássico Francês “Premier Bonheur du Jour”. Aqui se encontra também o clássico “Panis et Circenses” oferecido pela parelha Gil/Veloso, “A Minha Menina” por Jorge Ben, “Baby” de Caetano Veloso e “Trem Fantasma” uma parceria Mutantes/Veloso.
Apesar da grande fusão de estilos e géneros os Mutantes conseguem manter a identidade Brasileira mostrando aptidão para assumir o Rock e o Psicadelismo como estandarte, tudo isto colmatado ainda pela igualmente interessante variedade de instrumentos utilizados. Todos estes valores fazem com que este trabalho valha como único testemunho de uma época, no país do Samba e da Bossa Nova. Um trabalho que deu certamente imenso gonzo a compor, tocar e gravar, sob a supervisão atenta de Rogério Duprat.

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