domingo, 8 de julho de 2012

Kindred - STEFON HARRIS * JACKY TERRASSON

1 My Foolish Heart (N.Washington/V.Young) 3:18
2 Tank's Tune (C.Henderson) 5:54
3 Summertime (G.Gershwin/D.Heyward) 7:06
4 Déjà (B.Williams) 5:08
5 What Is This Thing Called Love? (C.Porter) 2:49
6 Titi Boom (T.Kinch) 4:43
7 John's Abbey (B.Powell) 4:05
8 Never Let Me Go (J.Livingston/R.Evans) 6:24
9 Rat Entrance (J.Terrasson) 1:28
10 Rat Race (J.Terrasson) 4:21
11 Shané (S.Harris) 6:01
12 Little Niles (J.Hendricks/R.Weston) 4:59
13 Body and Soul (F.Eyton/J.Green/E.Heyman/R.Sour) 6:08

Duas jovens promessas do Jazz com carreiras iniciadas a meio dos anos 90, o Norte-Americano Stefon Harris, Vibrafone e Marimba, e o Pianista de origem Francesa Jacky Terrasson, encontraram-se em Novembro de 1999 para uma sequência de noites ao vivo no Village Vanguard e em função do resultado positivo dessas mesmas noites acabaram por ir para estúdio gravar. As noites do Village Vanguard revelaram dois músicos que interagiram instantaneamente como se já tocassem juntos há muito tempo, no entanto era o seu primeiro encontro. Sentiu-se nessa altura alguma excitação pelo que esta dupla poderia vir a dar e o resultado foi então este Cd, “Kindred”, editado em 2001.
Kindred é assim o registo que testemunha como a dupla volta a interagir de uma forma mágica revelando-se matura, vigorosa e dinâmica, impondo um ritmo jovial a uma sessão onde predominam standards, havendo ainda espaço para duas peças originais, “Rat Race” por Jacky Terrason e “Shané” por Stefon Harris. Em formato de Quarteto são ainda secundados pelo Contra-Baixista Tarus Mateen e pelo activo Baterista Terreon Gully, que acaba por se revelar um elemento dominador. Há ainda a participação do veterano Baterista Idris Muhammad em dois temas, “My Foolish Heart” e “Never Let Me Go”, de uma forma mais comedida e experiente.
O álbum é dominado pelo diálogo constante entre Harris e Terrasson numa execução corrente a quatro mãos em que os solos são partilhados pelos dois músicos de forma imparável sempre apoiados pelo ritmo impaciente de Terreon Gully que parece querer reclamar também um lugar de destaque neste trabalho. Apesar de recheado de Standards é um trabalho vigoroso, atual e cativante pela genialidade e capacidade de improvisação da formação.

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