sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Code Violations - GARY THOMAS AND SEVENTH QUADRANT


1 Maxthink   8:24
2 Traf   3:06
3 Zylog   3:40
4 The Dawning Crescent   2:52
5 Code Violations   5:53
6 Pads   5:46
7 Absolute Images   6:23
8 Sybase   6:49
9 Adax   4:14
   Bónus Tracks
10 Trapezoid   2:01
11 Odysseus   5:53

Em Code Violations, o segundo registo de estúdio do saxofonista norte americano Gary Thomas com a formação Seventh Quadrant, editado em 1988, percebe-se uma clara determinação para renovar havendo simultaneamente um manifesto interesse em manter a essência natural do jazz. A quebra de algumas das regras mais tradicionais como a inserção de instrumentos eletrónicos, nomeadamente os sintetizadores e a utilização de um controlador midi, nada que não tivesse já sido feito, revela-se aqui benéfica, com Gary Thomas a conseguir transmitir alguma frescura ao género através de um registo atual em que a inteligente utilização de "novas" tecnologias ajuda a criar novas sonoridades sem que de facto se percam as suas caraterísticas originais, nomeadamente através do processamento midi, não exagerado, da sonoridade do saxofone e do contrabaixo. A versatilidade das onze peças que compõem o alinhamento deste álbum vai sendo exposta ao longo da sua audição, considerando que as duas últimas músicas são bónus não incluído na edição em vinil, mantendo o registo estimulante ao ponto de nem dar para apontar pontos de desinteresse. Gary Thomas exibe um fraseado expressivo, dinâmico e bastante seguro, que se divide entre a execução do sax-tenor e da flauta, surgindo em formato de duo por três vezes e revelando uma forte cumplicidade com o o baterista Dennis Chambers em "Traf" e com o guitarrista Paul Bollenback em "The Dawning Crescent" e "Trapezoid". Nas restantes faixas a banda mantêm uma estrutura forte e sedutora, transmitido um balanço rítmico firme e cativante que prende a atenção pelo seu atrevimento, entrega e acessibilidade.

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