domingo, 22 de setembro de 2019

Interactivist - CANKER


1 Accusations   3:25   
2 Cold Gate   2:34
3 Unstable   3:11
4 Regeneration   5:00   
5 Mirus   4:00
6 Error Is The Man   3:45      
7 The Miscalculation Of The Photophobia   2:41   
8 Marcha Para A Morte   5:58   
9 Dancing With The DBDs   2:19
10 Loko Loko Man   3:54
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Após encerrarem um ciclo como Exomortis em 1997, três membros da formação final da banda de metal de Maceira, Leiria, decidiram no ano seguinte abrir um novo capítulo sob o nome Canker Bit Jesus em demanda de uma estética mais atual em que a voz teria um papel mais evidenciado. A posição de frontman acabou por ser entregue ao peculiar Marciano que encaixou genuinamente na experiente tripulação dos Canker Bit Jesus. A banda entrou num período de atividade que durou cerca de 10 anos, preenchidos com concertos ao vivo, curtas aparições na tv e a edição de autor de dois ep, até que em 2006 conseguem finalmente gravar um álbum completo que seria editado posteriormente, novamente em edição de autor, mas na fase final da banda acabando por ser o canto do cisne dos Canker cujo nome foi abreviado a meio do percurso para evitar algumas confusões. Editado apenas em 2008, Interactivist testemunha que os Canker eram claros herdeiros da sonoridade mais "suja" que caraterizou a década de 90, algures entre o rock mais alternativo e o metal, com músicas preenchidas por vigorosos riffs de guitarra e baixo a que Marciano corresponde de forma instantânea, teatral e por vezes tão sensível como brutal. Os pontos fortes do registo encontram-se em "Regeneration", uma faixa bastante interessante cuja versatilidade nos transporta por densos caminhos que ao longo dos seus cinco minutos vagueiam entre o céu e o inferno, "Mirus", cativante pelo bem conseguido equilíbrio entre a subtileza da harmonia com a magia da sua estrutura e "Marcha Para A Morte", a única música do registo expressa em português, que inicia e encerra em toada folk sendo então reveladora de uma manifesta atitude capaz de antever um hipotético percurso evolutivo para a sonoridade da banda. O registo encerra com "Loko Loko Man" que num mundo perfeito, seja o que for que isso signifique, seria certamente o single a retirar deste álbum.  

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