O blog revela a minha paixão e dedicação à música. Destina-se a ser um mero exercício pessoal não sendo de forma nenhuma um blog de crítica musical. A ideia é descrever, em texto curto, a informação que retiro de cada registo após uma audição atenta e dedicada. Os álbuns pertencem à minha coleção pessoal, não existindo qualquer descriminação de estilos, épocas ou formatos. A informação aqui exposta destina-se simplesmente a funcionar como uma partilha de conhecimento e experiência pessoal.
segunda-feira, 4 de setembro de 2017
AM-FM - THE GIFT - CDAM
AM
1 I Am AM 3:01
2 Are You Near? 5:01
3 Wallpaper 5:24
4 Wake Up 5:45
5 1977 4:41
6 Elisa 2:56
7 Bonita 4:55
8 Guess Why 7:23
Foi desde bastante cedo que os portugueses The Gift fizeram questão de mostrar que não eram apenas mais uma banda a percorrer o brando circuito da música portuguesa. Sempre demonstraram ambição e sempre lutaram por conseguir o que queriam e com quem queriam. Nesse sentido, AM-FM começa por ser mais um grande passo. Editado em formato duplo, no ano de 2004, AM-FM funciona em dicotomia numa alusão ao mundo radiofónico com a vertente AM a ser mais clássica, consciente e íntima enquanto a vertente FM se mostra mais espontânea, aguerrida e dançável. A estrutura geral de AM revela-se muito pormenorizada em pequenos detalhes. É impressionante a paleta de sons utilizados ao longo de todo o registo, inteligentemente integrados de forma a enriquecerem toda a partitura. A peculiar pop eletrónica dos The Gift começa aqui a ganhar, de facto, outra dimensão. O álbum arranca com um manifesto pessoal intitulado "I Am Am". É uma peça instrumental em que Nuno Gonçalves assume toda a componente de composição e execução evocando simultaneamente a sua posição AM. O ambiente club de "Are You Near?" consegue ser excitante e misterioso e conduz à beleza sideral de "Wallpaper" para se concluir no sussurrado "Wake Up". "1977" é a composição que mais se destaca, uma canção pop impecável e autobiográfica. "Elisa" é uma bonita canção de amor "moderno", também de caráter autobiográfico. "Bonita" vive de uma estrutura tímbrica muito rica e "Guess Why" encerra este capítulo da melhor forma. Uma combinação entre o clássico e a pop sustentada por um simples arranjo de metais e a sensibilidade de um harmonioso coro de vozes.
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