sexta-feira, 21 de setembro de 2012

KEITH JARRETT At The Blue Note: The Complete Recordings - CD II


Cd 02
1 I'm Old Fashioned (J.Kern/J.Mercer) 10:36
2 Everything Happens to Me (T.Adair/M.Dennis) 11:49
3 If I Were a Bell (F.Loesser) 11:26
4 In the Wee Small Hours of the Morning (B.Hilliard/D.Mann) 8:45
5 Oleo (S.Rollins) 8:03
6 Alone Together (H.Dietz/A.Schwartz) 11:20
7 Skylark (H.Carmichael/J.Mercer) 6:36
8 Things Ain't What They Used to Be (M.Ellington/T.Persons) 7:53

No segundo de seis Cds desta edição sente-se o virtuosismo de Keith Jarrett aliado à forte presença de Gary Peacock ambos secundados por um compassado Jack de Johnette, indícios de um Trio cuja cumplicidade vai sendo evidente na naturalidade com que os temas são interpretados e no modo coeso como a sessão se vai prolongando. O ambiente conseguido é bastante rico em harmonias apesar da quantidade de notas debitadas e momentos que se estendem para lá do tolerável, perfeitamente aceitável tal é a envolvência dos músicos.
Com Keith Jarrett a arrancar sempre as introduções, “I’m Old Fashioned” inicia o segundo Cd noutro bom momento em que o Solo de Gary Peacock se volta a destacar e Jack de Johnette, que neste segundo Cd parece andar mais à vontade, tem direito a solo com frases curtas. A bonita balada “Everything Happens To Me” é mais uma ocasião de destaque pela cristalina interpretação de Keith Jarrett e um sensibilizado Solo de Gary Peacock. Em “If I Were A Bell” parece haver um despertar, estimulado por um tema com swing, em que o Trio “brinca”, praticamente, com as notas sendo inclusive o momento até aqui em que Jack de Johnette mais se manifesta. “In The Wee Small Hours Of The Morning” é uma peça bastante calma que acaba por funcionar como momento refletivo. No ritmado “Oleo” sugere-se um momento dançável com Jack de Johnette em evidência, no Solo. “Alone Together” é uma daquelas peças que permitem explorar o tema e nesse aspeto Keith Jarrett não se faz rogado. A melodia de “Skylark” é das mais conhecidas e rivaliza neste Cd com a interpretação cristalina de “Everything Happens To Me”. A fechar, a vividez de “Things Ain’t What They Used To Be” preenche o final da sessão de forma alegre e descontraída.

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