sábado, 26 de fevereiro de 2011

Poulina - ORCHESTRE NATIONAL DE BARBÈS


1 Poulina (Intro) 1:17
2 Poulina 4:04
3 Ourar 4:49
4 Lemouima 4:35
5 Touba 5:38
6 Jabario 5:56
7 Meli Ana 4:13
8 Yahli (Intro) 3:20
9 Yahli 8:04
10 Soudani 6:14
11 Nabina 2:46
12 Mariama 5:51

Provenientes do bairro Parisiense de Barbès, tambem conhecido como "Petite Algerie", este grupo de músicos maioritariamente Argelinos funde neste CD editado em 1999, o segundo por eles editado e o primeiro em estúdio, uma diversidade de estilos que abrange desde o Rai, Ragga, Reggae, Rock, Jazz, Alaoui, Soukous, Zouk entre outros géneros mais. Esta fusão de estilos deve-se tambem à fusão de músicos de diversas nacionalidades (Argelinos, Marroquinos e Franceses) que incorporam o grupo, onde cada um contribui um pouco com a sua cultura e estilo. Todas estas referências contêm os ingredientes necessários para alimentar a nossa curiosidade musical. Num trabalho em que a primeira barreira será a língua resta-nos a musicalidade verbal, os ritmos e, instrumentos e escalas diferentes das que "estamos" habituados, após o que de facto nos resta é, a curiosidade melómana para penetrarmos neste colectivo de músicos e estilos que visitam practicamente todo o norte de África.
Um cheirinho de Reggae abre o album através de "Poulina" e de seguida "Ourar" transporta-nos até a ambiência colorida de uma festa Berbere. "Lemouima" é puro Rai, e é uma interpretação de um tema da artista Cheikha Rimitti, que à data era tambem ela uma habitante do bairro de Barbès. "Touba" remete-nos à Argélia, origem da maior parte dos elementos, através de uma canção popular, e um clássico, do País. As terras de Marrocos são a próxima paragem em "Jabario" e de seguida "Meli Ana" é o tema que mais se aproxima do "nosso" formato de canção, num registo que ronda os meandros mais Rock. Em "Yahli" encontramos, para além do tema mais longo deste registo, o tema mais elaborado através de uma estrutura mais rica. "Soudani" respira África por todos os poros, ao nível Continental, com um cativante ritmo tribal e as vozes ordenadas. Em "Nabina" damos de caras com um tema curto, bastante bonito, em que as vozes dominam lindamente e em que há espaço para um breve momento Jazzístico de Piano e Sax-Soprano. "Mariama" encerra o album de forma mais discreta, sem ritmo.
Uma obra interessante que nos transporta para outras paisagens, cores e cheiros.

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